Moda, Arte e Viagem por Naura Cox
A Trajetória da Estilista Diane Von Furstenberg
a Criadora do “Wrap Dress”(Vestido Envelope)
Considerada a mulher mais famosa e comercial da moda desde Coco Chanel, sua jornada tomou proporções estratosféricas com a criação de uma peça icônica, “O vestido Wrap”.
Diane Simone Michelle Halfin, nasceu em Bruxelas, 31 de dezembro de 1946 (79 anos). Seus pais imigrantes judeus, ele veio da Romênia e ela da Grécia. Sua mãe, Lilly uma sobrevivente do Holocausto, passou mais de um ano em Auschwitz.
A adolescência foi passada em colégios internos; ingressando na faculdade primeiro em Madri para cursar espanhol e depois transferida para a a Universidade de Genebra onde cursou economia.
Foi numa festa, durante os anos de estudante, que um encontro mudaria para sempre sua vida.
Conto de Fadas Atualizado
Diane conheceu o príncipe Egon Von Furstenberg em Genebra e rapidamente tornaram-se um casal. O Príncipe tinha o título devido à família da Alta Nobreza Germânica.Antes de oficializar a União ela procurou trabalhar como estagiária na fábrica de tecido de algodão de Ângelo Ferretti.
O casamento ocorreu em 1969 com a noiva grávida de 3 meses a bordo de um vestido Dior. Logo depois se mudaram para Nova Iorque. E depois passaram uma temporada na Itália
O Sonho Americano
Encontro organizado por seu marido com a lendária Editora de Moda Diana Vreeland, que daria o início na carreira como estilista de roupas femininas.
Munida de uma mala cheia de vestidos estampados confeccionados em seu período na Itália, a agora princesa apresentou suas peças a Vreeland.
O Final Do Casamento
Príncipe e Princesa Von Fuerstenberg tiveram dois filhos, Alexandre e Tatiana mas o casamento terminaria uma década depois. Apesar disso a amizade continuou até o falecimento de Egon no início dos anos 2000.
O vestido Que Mudaria Tudo
A marca Diane Von Furstenberg foi lançada em 1970, mas foi um acontecimento em 1974 que mudaria a vida de Diane e o guarda-roupa feminino: A criação do vestido envelope ou Wrap Dress.
O Modelo
O modelo absolutamente atemporal, é uma peça democrática que cai bem em todos. Os biotipos e idades, originalmente feito em Jersey, tecido confortável, maleável, que esculpe as formas e ainda tinha a vantagem de não amassar e ser perfeito para carregar na mala de viagem.
Concebido a partir de um top e uma saia diz Diana Von Furstenberg o top foi inspirado nas blusas que as bailarinas usam sobre seus tutus.
“Eu queria um vestidinho simples que valorizasse o corpo de uma mulher, então combinei o Wrap e a saia.
O vestido envelope (wrap) agradava mulheres de gosto e estilo de vida variados, indo do escritório à pista de dança, além de tudo, o preço acessível, em torno de 80 dólares, o tornou imbatível. Em 1976 25 mil unidades eram vendidas semanalmente.
Com o slogan “Feel like a woman, wear a dress“ - “Sinta-se mulher use um vestido”
O vestido envelope tornou-se um símbolo de uma mulher poderosa e bem sucedida.
Metropolitan Museum of Art
O vestido hoje faz parte da coleção Permanente do Metropolitan Museu of Art de NY.
Kate Middleton com um vestido envelope (wrap dress) de Diana Von Furstenberg.
A grife hoje
A designer vendeu seu negócio em 1984. Mas nos 90 decidiu ressuscitar o vestido envelope assim como sua carreira.
“O renascimento foi realmente algo pessoal para mim” disse Diana
Agradecimento:
A estilista Patrícia Juca minha querida amiga por ter sugerido o tema do meu post.
Íris Apfel
A História Por Trás Do Estilo Irreverente
Íris Apfel uma verdadeira lenda da moda, transcende as fronteiras convencionais do estilo e da expressão individual. Seu nome se tornou sinônimo de ousadia, criatividade e originalidade no mundo da moda.
Era conhecida por suas roupas e acessórios excêntricos mas também por seu profundo envolvimento no design de interiores, filantropia e influência cultural que ecoa através das décadas.
História
1-Nascimento
Nasceu em 29 de agosto de 1921 em New York. Sua mãe possuía uma boutique e seu pai um negócio de importação.
2- Formação em Arte
Antes de se tornar uma figura de moda, Íris estudou arte na Universidade de Wisconsin e na Universidade de New York. E formou-se em Designs de Interiores.
3- Criação da Marca Old World Weavers
Casou -se com Carl Apfel e juntos se tornaram designers de interiores de sucesso. A Old World Weavers era uma empresa focada em emular tecidos de séculos passados (17,18,19) e era uma das empresas têxteis de luxo mais respeitadas do mundo.
4-Trabalho no Interior da Casa Branca
Íris trabalhou na Casa Branca durante nove administrações presidenciais dos EUA. Ela foi contratada para auxiliar na preservação de móveis Históricos e Tecidos dentro da residência oficial da Presidência da República.
5-Exposição no Metropolitan de New York em 2005.
O Metropolitan já havia exposto peças de coleções de estilistas, mas nunca guarda-roupas de uma pessoa.
O Instituto de Costume do Metropolitan de New York organiza uma retrospectiva com 82 looks e 300 acessórios.
A Exposição “ Rara Avis“ torna-se um emblema do mundo da moda a nível mundial.
6-Aos 84 anos torna-se modelo
Desde que seu apelo hipnótico foi descoberto com uma Exposição de suas roupas no Metropolitan de New York em 2005 - Revistas e marcas de moda colocaram os olhos nela.
E tudo isso se materializou em campanhas para a M.A.C, Gucci, Dior e outros.
7- Contratada pela mesma Agência de Gisele Bündchen
8- Citações
“De repente me tornei uma estrela geriátrica, mas eu não estou fazendo nada diferente do que tenho feito nos últimos anos”
“Uma mulher pode ser bonita em qualquer idade. A mulher de hoje não quer parecer mais jovem, quer parecer o que é.”
“A aposentadoria é um destino pior que a morte”
“ O estilo é curiosidade e senso de humor”
“ O importante não é a festa , mas se vestir para ela”
8- Sua Morte
A dama da Alta Sociedade Nova-Iorquina e designer de interiores que nos últimos anos de vida impactou o mundo um estilo ousado que misturava Hippie, Vintage e Alta Costura e que encontrou tesouros nos mercados de pulgas e se deliciou com contradições, morreu em março deste ano em Palm Beach, Florida.
Ela tinha 102 anos !
Tendencias do Outono/Inverno
Europeu 2024/25
Acessórios
Cores
Xadrez
Vermelho/ vinho
Animal Print
Estampa de zebra e de onça
Monocromático
Estilo Romântico
Na última temporada fomos inundados com laços, pérolas, tricôs e outras peças que remetem a uma estética ultra-romântica e feminino.Os laços continuam e as pérolas com uma linguagem mais moderna.
Saias A-line ao estilo anos 50
O “A-line” surgiu em 1955 quando Christian Dior apresentou a sua coleção para primavera. Foi na época, considerada a “silhueta“ mais procurada em Paris e, neste outono/inverno o efeito se repete ao redor do mundo.
Vestidos Retos
Vitrines de Londres
“A Trajetória de Tom Ford, o Estilista que
Revolucionou o Mercado de Luxo”
Biografia de Tom Ford
Tom Ford nasceu em 1962 em Austin , Texas.
Ele ingressou na Universidade de Nova York para estudar História da Arte e Atuação, mas depois de um ano foi transferido para a “Parsons School of Design“ onde estudou Arquitetura. Antes de se formar estagiou na área de comunicações da Chloe, em Paris.
Enfim, se decidiu pela carreira Fashion. Ele concluiu que a Arquitetura era séria demais e que a Moda tinha o equilíbrio ideal entre a Arte e o Comercial.
Tom Ford / Gucci
Em 1990, Ford passou a viver na Itália: começava ali a sua carreira na “GUCCI”. Ele foi contratado pela então diretora criativa Dawn Melo como designer de Prêt-à-Porter feminino da Gucci.
Crise na Gucci
A Gucci vivia um momento complicado por conta de brigas internas de administração. O polêmico assassinato de seu herdeiro e dificuldades em acompanhar as tendencias do mercado. Em 4 anos ele era o diretor criativo da marca.
Foi Tom Ford quem promoveu a extraordinária virada responsável por recuperar a relevância da marca, substituindo o minimalismo do início dos anos 1990 por looks retrô atualizados, que exalavam “SEX APPEAL”
TODOS QUERIAM VESTIR GUCCI NOVAMENTE.
Madonna vestiu Gucci no MTV Vídeo Awards de 1995 - E seu look não poderia parecer mais atualizado naquele momento.
No mesmo ano, 1995 Tom Ford recebeu o primeiro prêmio (de um total de cinco ao longo do tempo) do CFDA, o Council of Fashion Designers of America.
Tom Ford ainda expandiu a Empresa para uma série de novos empreendimentos - incluindo roupas esportivas, looks formais, sapatos e artigos de decoração.
Gucci / Yves Saint Laurent
Sob a liderança de Tom Ford, o Grupo Gucci adquiriu a Yves Saint Laurent e ele passou a atuar como diretor de criação e de comunicação da admirável grife francesa em paralelo com seu trabalho na Gucci.
Sergio Rossi, Bottega Vendeta, Balenciaga
Saída do Grupo Gucci
Depois que a multinacional francesa PINAULT PRINTEMPS REDOUTE (agora Kering) comprou a GUCCI em 2004, Ford pediu demissão por desavenças - juntamente com o CEO Domenico de Sole. A Gucci naquele momento já era avaliada em 10 milhões de dólares.
A Abertura da Tom Ford
É claro que a essa altura Tom Ford já era uma lenda do mercado de luxo - e não ficou muito tempo afastado. Em abril de 2005, anunciou a criação da Marca Tom Ford.
Domenico de Sole, ex-CEO da Gucci, assumiu o posto de Presidente.
No mesmo ano, desenvolveu uma linha de óculos em parceria com o Grupo Marcolin e lançou a Tom Ford Beauty, apresentando uma fragrância com o Grupo Estee Lauder.
Em 2006 fechou parceria com a Ermenegildo Zegna para desenvolver a sua primeira coleção masculina de luxo, incluindo Ternos, Sapatos e Acessórios.
Tom Ford passou a desenhar terno para os Filmes de Daniel Craig OO7, iniciando uma associação da marca e filme que levou seu nome para fora dos círculos da moda.
Tom Ford Cineasta
Em 2008, ele decidiu embarcar em uma nova aventura artística, estreando como diretor de cinema com o filme “Singer Man”.
Depois de comprar os direitos do Romance “Um Homem Só” de Christopher Isherwood entre outubro e novembro de 2008. O filme foi apresentado em competição no 66 Festival Internacional de Cinema de Veneza, onde foi bem
recebido.
A vida privada
Em 1986, ele começou um relacionamento com o jornalista inglês Richard Buckley, doze anos mais velho, que começou uma batalha contra o câncer em 1989.
Em setembro de 2012 eles anunciaram o nascimento do primeiro filho Alexander John Buckley Ford.
Buckley morreu em 2021 em Lós Angeles, aos 71 anos.
Frases
“Odeio ser copiado pela Zara” o design “egoista” por ser roubado pela High Street
“Londres é um lugar onde a excentricidade e a individualidade nas roupas são admiradas e respeitados… Os americanos tem o estilo”.
Farah Diba. O Estilo é a Arte
da Última Imperatriz do Irã
por Naura Cox
Ícone de sua época, sofisticada, moderna, ocidentalizada, Farah Pahlavi, a terceira mulher de Mohammad Reza Pahlavi, o último Xá do Irã, 19 anos mais nova, simbolizava a emancipação da mulher do mundo Islâmico.
Era culta, independente. Tinha estudado arquitetura em Paris, coisa rara para uma mulher daquela época.
Quando casaram, em 1959, tinha então Farah Diba acabado de fazer 21 anos, desde logo a sua imagem foi copiada por mulheres do mundo inteiro e as fotografias do casal Pahlavi, sempre presentes no movimento do jet set internacional, encheram as páginas das revistas sociais do mundo, como uma reverência cosmopolitana e contemporânea da nova face do Irã.
A Coroação de Farah Diba
Em 1967 Farah foi a primeira Imperatriz do Irã coroada nos tempos modernos. “Quando ele me coroou, todas as mulheres do oriente Médio foram coroadas também, diz ela.
A Coroa
A coroa é considerada a mais espetacular da História: encomendada à Joalheria Van Cleef & Arpels pesa certa de dois quilos e tem 1.468 diamantes,36 esmeraldas, 36 rubis, 105 pérolas e, no centro uma esmeralda de 150 quilates. Está hoje no protegidissimo cofre do Banco Central do Irã, assim como a maioria das joias imperiais.
Durante os 23 anos que durou o seu reinado ao lado de Reza Pahlavi-que a coroou Imperatriz e lhe deu o título de Shahbanu-participou ativamente nas reformas estruturais e na Construção do progresso e da modernização de um país de tradições ancestrais, que vivia ainda num sistema quase feudal.
Durante as décadas de 60 e 70 do século XX, as mulheres tiveram pela primeira vez o direito de votar e de poder exercer cargos políticos e nas cidades elas ocuparam cargos públicos, sem véu e de mini-saia, como as jovens ocidentais.
O Exilio
Após a revolução islâmica liderada pelo aiatolá KHOMEINI em janeiro de 1979, a família PAHLAVI teve que partir para o exílio. Farah acompanhou o Xá no exílio em Marrocos, Bahamas, México e Egito, onde foram acolhidos pelo Presidente Anwar em-Sad e onde finalmente morreu de câncer em 27 de julho de 1980.
O Legado Artísticos e Cultural de Farah Diba
A parte mais valiosa são mais de 200 pinturas e esculturas modernistas e impressionistas que foi escondido durante muito tempo da República Islâmica com o valor de milhões de dólares são mostrados agora no museu de Arte Contemporânea de Teheran.
O museu de Arte Contemporânea de Teerã é um dos museus mais importantes do Irã. Foi inaugurado em 1977, a partir do acervo adquirido pela Imperatriz Farah Diba Pahlavi pouco antes da queda da monarquia.
A maestria de MarcelDuchamp, Andy Warhol, Mark Rothko, Paul Gauguin, Fernand Leger, Pablo Picasso, entres outros, que agora pode ser admirada.
Obras proibidas
algumas obras foram proibidas os nus de Renoir e Francis Baco.
“Pensei que devíamos ter um museu onde os jovens artistas iranianos pudessem expor, mas depois pensei: Porque não ter também arte estrangeira e não apenas arte iraniana?“
Farah Diba
A arte inspira a moda, ou é a
moda que inspira a arte?
por Naura Cox
Os pontos de vista associam e dissociam as duas áreas e contrapõem opiniões. Mas, sem dúvida, a moda é fortemente inspirada pela arte. Em algumas coleções isso é inegável.
Mas, o que pouco consideramos é o outro lado da moeda. É isso que o trabalho da artista Carol Milne mostra. Sim, a arte se inspira na moda.
O que parece ser pequenos pedaços de tricô são, na verdade pequenas esculturas de cristal.
Quando Yves Saint Laurent em 1965 estampou seus vestidos com telas de Piet Mondrian ficou explícito que a inspiração na arte chegava, para ali iniciar um longa e promissora história de grandes colaborações.
Elza Schiaparelli uma das figuras de moda mais proeminentes,se inspirou no gênio Salvador Dali (vestido lagosta 1937) veio da obra o telefone e a lagosta.
(foto Jeff Kins e Alicia Vikander musa da Campanha da Louis Vuitton)
A Louis Vuitton se juntou com o artista americano Jeff Kons. Kons é conhecido por transformar objetos e “fantasias” do cotidiano em peças de arte, sendo visto como artista controverso, intrigante e provocador (melhores qualidades) como seus antecessores Marcel Duchamp e Andy Warhol.
Karl Lagerfeld é a arquiteta Zaha Hadad que se inspirou na bolsa matelassê de KL para seu projeto de arquitetura.
Quando falamos do artista japonês Takashi Murakami já nos imaginamos automaticamente entre os milhões de olhos de animais, flores sorridentes e muitas, muitas cores. E foi isto que chamou a atenção e fez com que uma das marcas mais luxuosa do planeta virasse suas antenas para o trabalho de Murakami. Certeza que também se deve a Louis Vuitton ter em seu comando criativo nesta época Marc Jacob.
“Moda não é algo que existe apenas em roupas. Moda está no céu, nas ruas, tem a ver com ideias, com o modo como vivemos e com o que está acontecendo“
Coco Chanel (1883-1971)
Naomi in
Fashion
por Naura Cox
A Exposição “Naomi In Fashion” explora a carreira inigualável de 40 anos de carreira da modelo e ícone cultural Naomi Campbell.
Produzida pelo museu Victoria & Alberto de Londres (V&A) em colaboração com Campbell é a primeira e exposição a celebrar a habilidade e a contribuição de uma modelo individual para a indústria da moda.
A Exposição se baseia no próprio guarda-roupa extenso de Campbell de Alta Costura e Pret-à-Porter chave de sua carreira, juntamente com empréstimos de arquivo de designers e objetos das coleções do V&A.
Becoming Naomi (Tornando-se Naomi)
A exposição abre os clipes de alto impacto de Campbell na passarela, ilustrando sua lendária “caminhada”.
A primeira secção “Tornando-se Naomi explora a infância de Campbell e fundamenta seu sucesso posterior em seu treinamento inicial de dança.
Nascida em 1970 no sul de Londres, ela aspirava a uma carreira de palco e se apresentou em videoclipes dos anos 1980 para artistas como Bob Marley e Culture Club.
Sua vida mudou, aos 15 anos foi descoberta pela agente de modelos Beth Boldt enquanto fazia compras com colegas de escola em Convent Garden .
Dois anos depois, ela estaria na Capa da Vogue e desfilaria para designers acalmados em Londres, Paris, Milão e Nova York.
Naomi se tornou a primeira mulher negra a aparecer na capa da Vogue Paris, em agosto de 1988.
Supermodel
Naomi Campbell entrou no campo da modelagem de moda quando estava à beira da mudança. No início dos anos 1990, o termo Super Modelo ou Modelo que virou Celebridade Internacional - era amplamente usado em referencia direta a Noami Campbell e um pequeno grupo de colegas.
Detalhes da Exposição no V&A
Ativista
O ativismo de Campbell está presente em todo seu estilo, tendo defendido a Igualdade desde cedo, juntando-se à Black Girls Coalition em 1989, e liderando “A Black Issue“ da Vogue Italia em 2007, pedindo diversidade nas
Na passarela (o público desfila)
Uma passarela montada na exposição onde Naomi (em vídeo) ensina a desfilar.
Exposição fica no museu V&A de 22 junho de 2024 a 06 de abril de 2025
£18
Experiência de Arte Imersiva:
Frameless
por Naura Cox
Frameless está redificando o mundo da arte experiencia e imersiva. É a maior experiência multissensorial permanente multissensorial do Reino Unido.
Frameless apresenta quatro galerias e mostra algumas das maiores obras de arte do mundo, apresentadas se formas nunca vistas. Onde a arte se liberta.
Se você sempre quis entrar em uma pintura esta é sua chance.
42 obras primas de 29 artistas diferentes.
As obras de arte vão do surrealismo à era pós-impressionista, muitas das quais com conteúdo simbólico e qualidades abstratas.
Algumas das obras expostas na galeria
“ O Grito” de Edvard Munch
É uma obra-prima icônica de angústia e existencial e profundidade emocional. Com cores vivas e simbolismo assustador, esta pintura convida você a confrontar a intensidade crua da emoção humana e as complexidades da psique.
“Noite Estrelada Sobre O Rodano” de Vicent Van Gogh de 1888.
Esta pintura é o melhor exemplo do uso de cores vibrantes e pinceladas giratórias por Gogh para transmitir movimento e emoção, revelando seu fascínio pela captura de efeitos noturnos e os reflexos iluminados ao longo do Rio Rodano, em Arles.
“A Árvore da Vida”, Gustav Klimt (1862-1918)
“The Fireside Angel”(O anjo da lareira), Max Ernst (1891-1976)
42 Obras-Primas dos maiores pintores do mundo
Queridas amigas do Brasil me fizeram companhia no Frameless
Kayve Machado e Fátima Câmara !
Como eu amam a Arte!
Frameless endereço: 6,marble Arch, London W1H 7AP
Valor £ 27
Rose Bertin a Modista
de Maria Antonieta
por Naura Cox
Rose Bertin nasceu Marie -Jeanne Bertin (1747-1813) em Abbeville uma cidade têxtil na França. Sua família não era rica e então ela foi aprendiz de uma comerciante de moda, ainda jovem. Em 1772 ela chegou à exclusiva rue Saint Honore em Paris, onde abriu sua própria loja sob o nome de “Le Grand Mongol”.
Bertin rapidamente ganhou o patrocínio de várias cortesãs influentes (damas que viviam na corte, incluindo a duquesa de Chartres, que apresentou Bertin a recém-coroada rainha Maria Antonieta, no verão de 1774.
Maria Antonieta a Rainha da França rapidamente se tornou a cliente mais famosa de Bertin.
Duas vezes por semana, logo após a coroação de Luiz XVI, Bertin apresentava as suas mais recentes criações criações à jovem rainha e passa e passava horas discutindo-as. A rainha adorava seu guarda-roupa e era apaixonada por cada detalhe e Bertin, como sua modista tornou-se sua confidente e amiga.
Além de Maria Antonieta, Bertin vestiu as rainhas da Espanha, Suécia e Portugal, a gran duquesa Maria Fëdorovna da Rússia e muitas aristocratas europeias.
Na verdade Rose Bertin foi a primeira “Estilista” a se tornar celebridade por mérito próprio. Ela é amplamente considerada por ter trazido a moda e a alta costura para a vanguarda da cultura popular.
Maria Antonieta compraria quase 300 vestidos anualmente (nem todos da Bertin, é claro) e nunca usava duas vezes.
Para satisfazer suas demandas extravagantes, havia também seu cabeleireiro pessoal Leonardo Autiè, (perluquero). A modista Bertin se encarregou de criar “Atuendos” excêntricos para a soberana que era a mulher mais bela e elegante do país.
As bonecas da Moda de Bertin (Pandores)
Maria Antonieta também pediu a Bertin que vestisse bonecas com modelos da última moda para ela presentear suas irmãs e sua mãe a Imperatriz Maria Teresa da Áustria
As bonecas da moda de Bertin eram chamadas de “Pandores” e eram feitas de cera sobre armaduras articuladas de madeira ou porcelana.
Havia as pequenas, do tamanho da boneca de brinquedo comum,ou as grandes do tamanho ou metade de uma pessoa real, as petites pandoras e as grandes pandoras.
Quando “as marchandes démodés de Paris foram in ou em 1776, Bertin foi eleita a primeira amante da guilda.Neste posto, ela conquistou o direito de vestir a boneca fashion em tamanho real que percorreu os centros mercantis da Europa divulgando a moda francesa.
Em 1778, Bertin tornou-se tão poderosa que a imprensa a apelidou de “Ministre des Modes”da França. O título não oficial sublinhava a posição de Bertin como conselheira real de confiança, bem como representante perante outras nações.
A influência de Bertin nos Estilistas Atuais
Vivienne Westwood
Christian Lacroix
Dior
Christian Lacroix
Thierry Mugler
Rochas
Exposição da Dolce & Gabbana
“Dal Cuore Alle Mani”
por Naura Cox
A D&G foi fundada em 1985 por Domenico Dolce e Stefano Gabbana é uma das marcas de luxo mais conhecidas do mundo da Moda. Para celebrar quase quatro décadas de História, a Maison italiana fez sua primeira exposição, que é totalmente dedicada a sua História e essência.
Com mais de 200 peças de alta costura meticulosamente selecionadas, a exposição oferece uma exploração fascinante do processo criativo e do artesanato incomparável da marca.
Suas criações tem uma característica marcante de possuírem um DNA definitivo com influência italiana além de serem coloridas, com estampas vibrantes e até mesmo excêntricas e possuírem um estilo mais sexy e sensual.
As amplas fontes de inspiração da D&G se revelam diante de você conforma você passa de sala em sala, cada espaço uma homenagem a uma faceta da cultura italiana que moldou seu trabalho.
Abrangendo a arte à arquitetura, a topografia das cidades, à música, o balé, a ópera, cada tema está simultaneamente enraizado no amor permanente dos dois fundadores pelo artesanato tradicional na sua herança italiana e no paixão pela dolce vita.
Barroco Branco
O aspecto escultórico das roupas e o trabalho evocado neste espaço, a decoração de interiores e moda unem-se num elogio ao Barroco Branco.
Fascinados pela arte de Giacomo Serpotta (1656-1732), os estilistas visitaram as decorações muito populares na Sicília nos séculos XVII e XVIII.Adotam a tensão dramática, que surge da aparente contradição entre a simplicidade do branco e a suntuosa opulência das composições, repletas de figuras em poses complexas e cortinas flutuantes numa profusão de querubins, volutas, pilares, nichos, cariátides.
Atelier
Esta viagem imersiva pelos bastidores da casa inclui uma visita exclusiva a uma das suas oficinas de Alta Moda r Alta Sartorial, recriadas para a ocasião, onde artesãos e costureiros, cortam e bordam meticulosamente, dando vida as visões dos Estilistas.
A Exposição ficará até dia 31 de julho!
Foi uma das exposições mais bonita que vi em 40 anos de profissão!
“Exposição de Arte no
Barbican Center, Londres
por Naura Cox
“O Poder e a Politica dos Têxteis na Arte”.
Utilizando têxteis, fibras e fios, 50 artistas internacionais desafiaram estruturas de poder e reinventaram o mundo nesta grande exposição coletiva.
Na exposição os artistas usam têxteis para comunicar ideias vitais sobre poder,resistência e sobrevivência.
Como meio artístico , os têxteis podem falar das alegrias e dores do ser humano, bem como das estruturas e sistemas maiores que moldam o nosso mundo.
Bordados
Aqui o artista utiliza têxteis que tiveram uma vida anterior como vestuários. Na foto acima o fardamento militar transformado em cactus.
Os artistas utilizam têxteis e processos têxteis para refletir suas próprias experiências.
O artista usa colchas antigas para explorar como elas podem ter sido a chave da liberdade das pessoas escravizadas.
Uma artista Brasileira na exposição: Solange Pessoa
Nasceu em 1961 em Ferros, Estado de Minas Gerais.
Nome da criação : A Rede
Material: Fio, tecido, Argila e Algodão.
A rede foi criada em resposta à terra Minas Gerais, Brasil onde ela nasceu.
Sacos de tecido, manchados com a terra laranja que os preenche, assemelham-se as formas corporais volumosas e lúcidas que evocam órgãos internos e externos, bem como a vida e a morte.
No Brasil os cadáveres são frequentemente transportados em redes.
Pessoa vê seu trabalho como vivo,expressando polaridades a existência.
Ela procura expressar a perplexidade da vida.
30 Anos Sem
Jackie Kennedy Onassis
por Naura Cox
Curiosidades sobre Jackie Kennedy Onassis
1- A primeira “Primeira-Dama do USA a nascer no século XX.
Jackie nasceu em 28 de julho de 1929, em Southampton NY. Ela tinha 31 anos quando se tornou primeira-dama.
2- Ela era poliglota
Ela passou seu primeiro ano estudando francês em Paris, antes de se transferir para universidade George Washington para seu último ano, onde obteve um bacharelado em literatura francesa em 1951.
Além de estudar francês na Faculdade, Jackie era fluente em espanhol e italiano.
3- Sua irmã mais nova era da Realeza Polonesa
A irmã mais nova de Jackie, Lee Radziwill, cujo nome de nascimento é Caroline Lee Bouvier, foi casada com o aristocrata polonês Príncipe Stanislaw Albrecht Radziwill.
4-Era repórter e fotógrafa
Jackie teve uma carreira de sucesso como repórter e fotografa para o “Washington Times Herald” antes de se tornar primeira-dama dos EUA.
Durante seu tempo na publicação, ela entrevistou o futuro oponente presidencial de JFK, Richard Nixon.
5-Ela cobriu a coroação da Rainha Elizabeth II
Antes de se tornar primeira-dama ela cobriu a coroação da Rainha Elizabeth II em 02 de junho de 1953.
Jackie e JFK Mai’s tarde conheceram Rainha e o Príncipe Philip durante uma visita oficial ao Palácio de Buckingham em junho de 1961.
6-Ela foi noiva de outra pessoa antes de casar com JFK
Ela tinha 22 anos quando ficou noiva de um banqueiro de Wall Street chamado John Husted mas Cancelou o noivado. Pouco tempo depois ela começou a namorar o Kennedy .
7- Abriu uma escola na Casa Branca
Para manter os filhos fora dos Holofotes, ela acabou transformando o terceiro andar da Casa Branca em uma Escola para seus filhos e algumas crianças da equipe da Administração Kennedy.
8-Ajudou a Restaurar a Casa Branca
Durante seu tempo de primeira-dama Jackie trabalhou duro para restaurar o caráter histórico da Casa Branca, além de iniciar um “Projeto de Lei” do Congresso que considerava que todos os móveis da Casa Branca seriam da Smithsonian Institutions, ela também estabeleceu à Associação Histórica da Casa, o comitê para a preservação da Casa Branca, o cargo de Curador Permanente da Casa Branca , o White House Endowment Trust, e o White House Trust.
9-Ela ganhou um Emmy
Após as reformas da Casa Branca Jackie organizou uma turnê televisionada pela Casa Branca com Charles Collingwood da CBS News.
O filme foi assistido por 56 milhões de espectadores nos Estados Unidos, e, eventualmente lhe rendeu um prêmio especial da Academia de Artes e Ciências da Televisão nos Emmys em 1962.
10-0 Último Papel de Jackie
Depois de enterrar o segundo marido em 1975 e ver sua imagem de heroína nacional ser transformada em “caçadora de heranças”, a viúva de John Fitzgerald Kennedy e Aristoteles Onassis, aos 46 anos Jacqueline Kennedy Onassis sentia-se à beira de uma depressão.
Apaixonada por livros e bem relacionada, deu início à carreira de Editora que até o final de seus dias lhe garantiu um novo sentido para sua vida.
Jacqueline Kennedy Onassis – Um ícone de Estilo
30 Anos Sem
Jackie Kennedy Onassis
por Naura Cox
Verão Europeu 2024
Vitrines e Tendências
por Naura Cox
Por essa, ninguém esperava: Os tons neutros serão os protagonistas do verão 2024. Nesta lista pode incluir o Branco, Off White, o Bege. O Preto que nunca é associado ao verão vem com muita força junto com o marrom e o Marinho.
Alfaiataria
Desta vez a alfaiataria vem em tecidos mais leves como linho, seda , além da pegada oversized, ombreiras e detalhes transpassados.
Bermudas com blaisers
Risca de giz , shorts com blaisers
Uso de detalhes como renda, passamanaria.
Crochê, bordado inglês, detalhes artesanais.
Cores fortes
O Azul no Vera
O Legado da Chanel
para a Moda
por Naura Cox
1- Tailleur de Tweed
Foram as viagens para Escócia com o duque de Westminster que a fizeram conhecer o Tweed em meados do século XIX, ele era usado apenas para o vestuário masculino.
Tudo começou a mudar quando em 1954 Coco Chanel utilizou no lançamento de ternos feminino em sua coleção.
2- Calças para Mulheres
Na realidade as mulheres passaram a usar calças durante a Primeira Guerra Mundial quando começaram a trabalhar em fábricas
para substituir os homens. Chanel transformou as calças em indumentária chic para as mulheres.
3- Visual Navy (Mariniere)
A blusa listrada já existia desde o século XVIII, Coco Chanel transformou a peça utilitária em item da moda, ao produzir e vender blusas de inspiração Navy em sua loja de Deauville cidade praiana. Audrey e Brigitte ajudaram a popularizar ao longo dos anos.
4-Pretinho Básico
Em 1926 Coco Chanel teve publicada na Revista Vogue um vestido simples de Jersey. Para Chanel a roupa deveria se moldar ao corpo e não o oposto, e a cor preta seria ideal para isto.
Hoje em dia é banal, mas há quase um século atrás foi inovador, visto que antes da década de 20 era incomum o uso de preto, pois era uma cor associada ao luto.
5- Pérola
É célebre a frase atribuída a Chanel que diz “Uma mulher precisa de voltas e voltas de pérolas“
Segundo a história a estilista ganhou de presente de Dmitri Pavlovich um colar de 6 voltas, isso no início do século 1920.
Ela popularizou a pérolas e as usava no dia a dia.
6-Bolsa a Tiracolo feminina
Depois de fechar seu atelier em 1939 por conta da guerra e reabri-la 15 anos depois em 1954, aos 71 anos, Chanel lançou em fevereiro de 1955, a bolsa chamada 2.55, que faz referencia ao mês e ao ano de lançamento da peça.
O modelo mate lassado veio com um detalhe até então inexistente nos acessórios: AS ALÇAS.
As bolsas eram levadas na mão, mas Chanel colocou a famosa alça de corrente dourada exatamente para ter os braços e as mãos livres.
7- Sapato Bicolor
Em 1957 Mademoiselle Chanel criou o sapato bicolor em preto e Bege. Ela criou o efeito gráfico: o bege alongou a perna, enquanto o preto encurtou o pé.
8- Perfume Chanel Número 5
Foi desenvolvido pelo célebre perfumista Ernest Beaux que tinha trabalhado para a família real russa. Depois de vários meses a aperfeiçoar a nova fragrância, acabou por chegar a 10 amostras numeradas de 1 a 5 e de 20 a 24. Ela escolheu a amostra de número 5 por ser o seu número da sorte.
Em 05 de maio de 2021 a icônica fragrância da Maison Chanel número 5 comemorou 100 anos de sucesso e a Maison criou uma joia com inspirada no frasco do perfume.
Coco Chanel, revolucionou ao apenas a moda, mas também a liberdade das mulheres do século XX, desafiando convenções e criando um legado atemporal de elegância e empoderamento.
“A simplicidade é a chave de toda verdadeira elegância“ - Coco Chanel
"Gabrielle Coco Chanel"
Parte II
por Naura Cox
1- O Lado Negro da Chanel
Chanel e o Nazismo
Oportunista diante do caos que se instalou na França, além da sua paixão na idade madura pelo Barão Hans Günter von Dinklage, diplomata germânico 10 anos mais jovem que ela, que a levou a se envolver com o regime Nazista na França ocupada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.
O Romance se mostrou providencial, pois na verdade o Barão, também conhecido como Spatz, era um agente da Gestapo - A polícia secreta do Nazismo-e foi por meio dele que Chanel primeiramente libertou seu sobrinho, o soldado André Palasse, que havia sido capturado como Prisioneiro de Guerra.
Sobre o sobrinho André Palasse:
Ele era filho da irmã mais velha Júlia Berthe que suicidou-se quando ele tinha 6 anos.Chanel o criou como se fosse seu próprio filho. Mais tarde deixou toda sua herança para ele e seus filhos.
Agente 7124: Westminster
Sua principal função como agente era fornecer seus contatos pessoais ao Regime.Era identificada pelo número F-7124 (cognome Westminster) pelo ABWER ( serviço de inteligência alemão)
Modelhut
Uma das missões em que atuou como mediadora foi a Operação Modelhut (em alemão chapéu da Moda) uma frustada tentativa de paz entre Hitler e Winston Churchill.
Chanel numero 5 e a Guerra
No entanto além da soltura do sobrinho, tinham seus interesses em relação aos diretos do Perfume Chanel número 5.
Os investidores da sua fragrância e detentores majoritários na “Perfumaria Chanel” a família WERTHEIMER, de origem judaica, não agia como ela gostaria e Chanel abusa de sua situação como ariana junto à administração Nazista em território francês para requisitar o controle total da Empresa Perfumes Chanel .
Mas ela sofre um revés, pois descobre que é outro francês cristão quem oficialmente está à frente do empreendimento: um verdadeiro acordo de cavalheiro entre a família WERTHEIMER e o amigo FELIZ AMIOT que manteve as ações da Perfume Chanel em seu nome durante a ocupação Nazista e, depois da Guerra, devolveu a empresa aos irmãos Pierre e Paul Wertheimer.
O Exílio da Chanel na Suíça
Apos a liberação de Paris em 1944,ela se mudou para a Suíça para escapar dos processos criminais de colaboração com os nazistas, e fica lá por 10 anos.
O Retorno de Chanel
Em 1954 aos 71 anos ela voltou para Paris e reabriu sua casa de Alta Costura. Apresentando sua primeira coleção de retorno.
Morte de Chanel
Morreu em 10 de janeiro de 1971, aos 87 anos no Hotel Ritz, onde ela morou por mais de 30 anos.
Depois de sua morte, assistentes continuaram a desenhar as coleções até 1983, quando Karl Lagerfeld assumiu a criação da Chanel, onde permaneceu até morrer em 2019.
Sepultamento na Suíça
Chanel quis ser enterrada em Lausanne e ela mesmo criou o túmulo!
Vejam no próximo post “ O legado da Chanel para a moda” parte final
"Gabrielle Coco Chanel"
Parte I
por Naura Cox
1- Origem Humilde
Nasceu em 19 de agosto de 1883 em Samur na França.
Pais:
Filha de uma lavadeira chamada Eugene Jeanne Devolle e Albert Chanel um vendedor ambulante que comercializava peças de roupa. O casal teve 6 filhos.
O Orfanato em Aubazine
Aos 12 anos , Chanel perdeu sua mãe (turbeculose) aos 31 anos. O pai mandou os meninos para trabalhar como agricultores na roça, enquanto as meninas foram deixadas em um orfanato comandado por freiras em Aubazine.
Chanel viveu toda Pré-Adolescência sob regime vigoroso que exigia disciplina. Porém esse foi um marco importante para ela pois foi no Orfanato que a futura estilista aprendeu a costurar.
Pensão em Moulins
Aos 18 anos Chanel decidiu que era hora de criar independência. Mudou-se para uma pensão de meninas católicas na cidade de Moulins.
La encontrou a sua tia Adrienne irmã caçula de sua mãe. As duas tinham a mesma idade foram trabalhar na Maison Grampayre um atelier de enxovais e a noite Chanel cantava em um Cabaré da Cidade de Moulins.
Os homens que transformaram a vida de Coco Chanel
Etienne Balsan
Em uma das noites em que cantava no Café Concerto que ela conhece Etienne Balsan, um jovem militar muito rico, herdeiro de uma fábrica de tecido que fabricava uniformes para o exército. Balsan a leva para seu castelo ela se torna sua amante. Ele a introduzir na alta sociedade francesa.
No apartamento emprestado de Balsan em Paris que ela começa a comercializar seus chapéus.
Arthur Chapel
Eis que Chanel conhece o grande amor da sua vida, o milionário inglês Arthur “Boy” Chapel. Foi ele quem a ajudou a criar sua primeira loja de chapéus e quem patrocinou o início de carreira. Mantiveram um relacionamento de 10 anos como amantes até que Boy morreu em um acidente de carro .
O início da carreira e os chapéus Coco Chanel
Em vez de “Fruteiras na Cabeça” como dizia Coco Chanel ela preferia acompanhar o amante ao hipódromo com um chapeuzinho de palha com um alfinete. Foi em Paris no Studio de Etienne e com o dinheiro de Boy Capel, que abriria seu primeiro negócio: uma chapelaria em 1909.
Abriria uma loja em Deville.Assim ela se tornaria a preferida pelos seus chapéus personalizados.
Em Paris seus chapeuzinhos de palha conhecidos como CANOTIERS, fizeram sucesso a ponto de estamparem uma página inteira da influente publicação de moda Les Modes.
Pouco depois de assinar o penteado e os chapéus da atriz Gabrielle Dorziat para a peça Bel Ami, foi o bastante para Coco Chanel abrir a primeira das duas lojas que teria em apenas 2 anos.
Ambas na rue Cambon 21, e depois 31. E é lá na RUE Cambon 31 paralela a Faubourg Saint Hanore que até hoje funciona a sede histórica da marca.
Patrona
“Foram os artistas que me ensinaram o rigor” uma patrona, musa e as vezes pigmaleoa real; figurinista de teatro, balé e cinema, apaixonada pela arte barroca e bizantina e pela cultura eslava, Gabrielle Chanel construiu amizades profundas com muitos artistas.
Chanel e o Balé Russo
Chanel e o Balé Russo teve início com as apresentações promovidas por Sergey Diaghilev no início do século 20. “Apollo” escrito por Igor Stravinsky e encenado pelo jovem George Balanchine em 1928.
Os figurinos desenhados por Coco Chanel que apoiava ativamente Diaghilev. A estilista chegou inclusive a pagar pelo funeral do empresário em 1929.
Chanel e Picasso
Pablo Picasso e Chanel trabalharam juntos em duas ocasiões: com Jean Cocteau no Antigono (1922) e com Sergeu Diaglev’s em Le Train Bleu (1924)
Parte 2 no proximo post!
Joias Ramanov que estão no
Fundo de Diamantes do Kremlin
por Naura Cox
A maioria das joias imperiais foi retirada do país ou vendidas em leilões após a Revolução Bolchevique mas algumas delas ainda podem ser vistas em exibição em Moscou.
1- O Broche da Fonte e os Brincos Petrovna
Elizaveta Petrovna (1709-1761) filha de Pedro,O Grande, amava broches e tinha muitos deles feitos para ela.
A peça acima na forma de uma fonte de safiras com gotas de diamantes é chamada de Aigrette e foi usada em um chapéu ou grampo de cabelo. O Aigrette vem em um conjunto de fontes maciços.
2-Os Broches do Grande Buquê e do Pequeno Buquê
Elizaveta Petrovna usou estes dois itens em seu vesti o cerimonial. Diamantes brasileiros e Esmeraldas colombianas compõe as preciosas flores de íris, narcisos. No centro do grande bouquê há um raro diamante lilás de 15.5 quilates.
3-0 Diamante Agraffe
Uma Agraffe é um fecho semelhante a um broche que era popular no século XVII.
Elizaveta Petrovna usava este enorme fecho em forma de lanço de diamante em seu manto de arminho.
O broche tem 25 cm de comprimento e 11 cm de largura. A Agraffe é decorada com 805 diamantes de várias formas e cortes.
4- Pingente de Rubi de César de Catarina, a Grande.
Está grande pedra Carmesin é chamada de rubelita. É uma variedade rara de Turmalina Rosa Escura, que por muito tempo foi considerada um rubi.
Em 1777, a pedra foi um presente a Catarina, a Grande (1729-1796) pelo Rei da Suécia para marcar o 15 ano de aniversário de seu reinado.
Catarina não queria estraga-lo cortando-o, então os joalheiros da corte simplesmente o poliram e o decoraram com folhas de esmalte.
5- Arco Esclavage de Diamante de Catarina, a Grande e Brincos Girandole.
O esclavage é uma joia usada em uma larga renda ou fita de veludo como colar.Ele foi feito para Catarina II.
Ele é decorado com diamantes e espinhelas espalhados, minerais raros em tons de vermelho e rosa. Combina com enormes brincos de girândola (como eram chamados os brincos em forma de candelabro)
A última proprietária deste conjunto foi a Imperatriz Maria Fiodorovna (1847-1928) mulher de Alexandre III.
Ele foi encontrado no Palácio Anitchkov em São Petersburgo (ela conseguiu escapar da Rússia após a Revolução).
6- Diadema de Casamento dos Romanov
Este lindo diadema da Imperatriz Maria Fiódorovna (1759-1828)mulher de Paulo I foi feito no início do século XIX no formato de “Kokochnik” com um enorme diamante rosa no centro.
A tiara é decorada com 175 diamantes indianos grandes e 1200 diamantes pequenos de lapidação redonda.
Ela é a única diadema original dos Romanov que permaneceu na Rússia.
7- Brincos Cereja
Junto com a tiara de Maria Fiódorvna estes brincos de diamantes criados para Catarina II faziam parte do vestido das noivas da família imperial.
“Estes brincos eram tão pesados que, no meio do banquete, eu os tirei e, para diversão do Imperador pendurei-os na beirada do copo d’água“ lembrou Maria Pavlovna (1890-1958) sobre o dia do seu casamento.
8-Broche de Safira do Ceilão
A Imperatriz Maria Aleksandrovna (1824-1880) mulher de Alexandre II era conhecida pelas suas joias requintadas.
É um broche de Safira oval do Ceilão de 260.37 quilates cercado de diamantes.
Alexandre II adquiriu a pedra em uma exposição em Londres e presenteou a mulher. Mais tarde os joalheiros a inseriram no broche.
9-Broche de Esmeralda “ Rainha Verde”
A Esmeralda de 136 quilates batizada de “Rainha Verde” é considerada um dos itens mais valiosos do Fundo de Diamantes.
Segundo especialistas ela foi encontrada no século XVI na Colômbia, e colocada em uma engaste de diamantes pequenos e grandes em vários formatos em meados do século XIV.
Pertenceu a grã-duquesa Alessandra Iossifivna (1830-1911) mulher do grão-duque Konstantin Nikolaievitch (irmão mais novo do Imperador Alexandre II).
10-Bracelete com Diamante de Retrato
O Fundo de diamantes tem em sua coleção uma pulseira incomum de ouro do século XIX com um diamante polido indiano muito raro - O maior desse tipo.
Diamantes como esses também são conhecidos como diamante “de retrato”, já que eram usados para retratos em miniatura colorido. Neste caso um retrato do Imperador Alexandre I (1777-1825).
Quarenta Anos do
London Fashion Week
por Naura Cox
O evento semestral, originalmente uma ideia da guru de relações públicas ”Lynne Franks”.
Ela pressionou uma Semana de Moda por frustração “Não estávamos no calendário Internacional como as outras capitais da Moda como Nova York, Milão,Paris e Tóquio. Então eu pensei, se eles podem fazer isto, Por que nós não podemos?
O Início da LFW
Em 1984, em uma tenda instalada em frente ao antigo Commonwealth Institute no oeste de Londres, aconteceu a primeira edição da Semana da Moda Britânica.
A primeira edição da Semana de Moda de Londres não foi levada em grande consideração no início, mas decolou graças a estilistas legendários e rebeldes como John Galliano e Vivienne Westwood que colocaram Londres no mapa da moda.
Cool Brittania
(Bretanha legal)
No final dos anos 1990 chegou a era “Cool Brittania” período de euforia cultural que Stella McCartney e Williamson vestiram Kate Moss e Naomi Campbell.
0 London Fashion Week continua a ser uma plataforma para novos talentos e a consolidação das marcas mais emblemáticas do setor.
Memoráveis Momentos do London Fashion
Shalom Harlow (1999)
Em um dos momentos mais visualmente impressionantes em meio à miríade de desfiles de McQueen, dois robôs pintaram um vestido usado pela modelo Shalom Harlow.
Quarenta Anos do
London Fashion Week
por Naura Cox
Rainha Elizabeth II na primeira fila com Anna Wintour no desfile do designer britânico Richard Quinn’s 2018
Alexander McQueen dança na passarela em 1997. O falecido estilista iluminou o London Fashion Week( LFW) inúmeras vezes com sua criatividade, mas em 1997 desfrutou do seu próprio momento raro na passarela.
Hussein Chalayan’s com o vestido de mesa de café (coffee table dress) 2000. Hussein é famoso por seus projetos experimentais, mas nenhum capturou a imaginação global, como seu vestido de mesa de café.
Prince se pavoneia com seu staff em 2007 no desfile de Matthew Williamson apenas para cantar para sua namorada uma modelo que por acaso era fã do designer.
Período de crise
Essa edição de quarenta anos do LFW aconteceu de 14 a 19 de fevereiro em um contexto de crise da Moda Britânica. Após o Brexit que atingiu em cheio o Comércio da Europa, o Reino Unido atravessa dura crise de poder aquisitivo há 2 anos trazendo dificuldades para as marcas jovens.
Essa indústria emprega cerca de 900.000 pessoas no Reino Unido e contribui com 21 bilhões de libras (26.3 bilhões de dólares) segundo o British council (BFC), que organiza o evento.
História e Origem
do Carnaval
por Naura Cox
A História do Carnaval é muito mais antiga do que a celebração do evento no País.
O Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 520 a 600 AC. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento pela fertilidade do soli e pela produção.
Celebração semelhante ocorria no Império Romano, na Saturnália, quando as pessoas se mascaravam e passavam dias a brincar.
Como os portugueses trouxeram o carnaval para o Brasil?
O carnaval foi trazido para o Brasil pelos colonizadores portugueses entre os séculos XVI e XVII .
O carnaval no Brasil começou em 1723, quando os portugueses chegaram das ilhas dos Açores, da Madeira e Cabo Verde. Na época a principal piada consistia em jogar água uns nos outros. Era conhecida como Entrudo.
O Entrudo era praticado também pelos escravos. Estes saíam com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas.
O Baile de Mascaras
Quando a família real se mudou para o Rio de Janeiro (1807) trouxe uma forma sofisticada de celebrar o carnaval com bailes de máscaras ao estilo das cortes francesas e italianas
Quem introduziu o samba no Carnaval
Os escravos africanos se divertiam nestes dias de carnaval ao som de batuques e ritmos trazidos da África e que se mesclaram com os gêneros musicais portugueses.
Essa mistura seria a origem da marchinha de carnaval e do samba entre outros ritmos musicais.
Quem foi Carmen Miranda e qual sua importância para o Carnaval?
De origem portuguesa, mas com alma brasileira, pois migrou para o Brasil antes de completar 1 ano, ela divulgou o carnaval brasileiro para o mundo.
Ela foi cantora, atriz e dançarina mundialmente conhecida como Brazilian Bombshell e pequena notável (1909-1955)
Escola de Samba
A primeira Agremiação que surgiu no Brasil se chamava “Deixa Falar” hoje Estácio de Sá“em 1927.
Em 1928, o compositor Ismael Silva reuniu os principais sambistas do bairro carioca do Estácio. Eles formavam uma roda de samba em frente à antiga Escola Normal. Foi por isso que o grupo se auto-denominou “escola de samba”.
“Quem não gosta de samba
bom sujeito não é
É ruim da cabeça
ou doente do pé“
Dorival Caymmi
“Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.“
Clarice Lispector
“Audrey Hepburn: ícone de moda até hoje
mesmo após a sua morte há 28 anos”
por Naura Cox
A diva Hollywoodiana morreu em 20 de janeiro de 1993. Mesmo depois de tanto tempo, a atriz continua influenciando o estilo de muitas mulheres. Selecionamos algumas razões para isso!
Por ser alta, a atriz usava muita sapatilha, transformando o sapato em tendência. O designer de sapatos Salvatore Ferragamo criou uma em sua homenagem em 1950.
Ela popularizou a calça Capri.
O seu cabelo curto de franja, sobrancelhas grossas são cópia dos até hoje!
Lenços no Cabelo, óculos enormes e luvas eram usados por ela como símbolos de elegância!
Audrey adorava o modelo “Express” da Louis Vuitton, mais sentia que precisava de uma bolsa menor e mais prática para o seu dia a dia. Poderosa, fez o pedido pessoalmente a Henri Louis Vuitton que prontamente atendeu o seu desejo é criou a Bolsa Speed 25 em 1965.
“Audrey e Givenchy: uma das histórias de amor platônico mais famosas do mundo da moda"
Audrey foi a Paris decidida a convidar o estilista Givenchy para fazer o figurino do seu novo filme Sabrina. Ainda era desconhecida e foi anunciada como Sra Hepburn. O estilista pensou se tratar da famosa atriz Katherine Hepburn. Ao se deparar com Audrey falou que não poderia fazer. Audrey persistente o convidou para jantar! No final do jantar, Givenchy encantado, propôs que ela voltasse no dia seguinte à Maison de couture. “ Ela me persuadiu e, como fui sábio de aceitar” disse Givenchy.
Assinar o figurino em filmes como Sabrina e Bonequinha de Luxo foi decisivo na carreira do estilista francês! Assinou todos os outros filmes!
Sabrina em 1954
Breakfast at Tiffany’s 1961
Oscar de melhor atriz em Roman Holiday!
Seguiram 40 anos de amizade Inspiração uma relação que definiu sua obra
Ambos apaixonados por linhas puras e pela simplicidade!
Aroma criado por Givenchy, só para ela em 1957 “L’Interdit
Nos 40 anos da Grife, Hubert Givenchy faz uma homenagem a Audrey com a Exposição “To Audrey with love”
“Ele fez as únicas roupas na qual eu sou eu. Ele é muito mais que um costureiro, ele é um criador de personalidade” - Audrey Hepburn
“A mulher mais elegante que já viveu” Mary Quant
“Não tenha medo de envelhecer, não tente impedir ou desacelerar. Deixe as rugas virem e deixe a natureza e seu propósito na vida assumir o controle” Audrey Hepburn
Nos últimos anos de vida, Audrey se dedicou à causa das crianças em situação de vulnerabilidade e, nesse período a UNICEF duplicou de tamanho!
Conheça a História da Editora de Moda
Mais Famosa do Mundo: Anne Wintour
por Naura Cox
Tão reconhecida por rumores de seu comportamento frio, com seu comportamento frio, por seu corte de cabelo marcante (o mesmo há 20 anos) e seus inseparáveis óculos escuros, Anna Wintour é uma das mais emblemáticas da moda contemporânea Editora Chefe da Vogue Americana desde 1988.
Os rumores e mistérios que circundam Anna Wintour foram responsáveis para inspirar o icônico filme “O Diabo Veste Prada”, servindo igualmente como inspiração e medo para muitas pessoas.
Biografia
Anna Wintour nasceu em Hampstead Londres em 3 de novembro de 1949. Filha de Charles Wintour, lendário editor do Jornal Britânico Evening Standard, ela sempre esteve em contato com o universo do jornalismo.
Seu primeiro emprego foi em uma boutique de moda aos 15 anos, trabalhou também nas lojas Biba e depois na Harrods.
Anna Wintour preside a chamada “Bíblia da Moda” há 35 anos sua celebridade e influência aumentando apenas que o poder das revistas e da marca Vogue diminuíram. Em 2020 ela foi promovida a diretora editorial global da vogue da Condé Nast, um cargo que lhe deu supervisão sobre todas as revistas Nast em 32 Mercados.
Em 1983 como a primeira diretora criativa da revista - um cargo que não existia antes e com funções vagamente definidas. 2 anos depois se tornou em 1985, Anna Wintour se tornou editora chefe.
A primeira capa de Wintou em novembro de 1988 estabeleceu um novo tom para a Vogue - e também mais amplamente para a moda. A modelo Michaela Bercu foi fotografada na rua, sorrindo e natural com os olhos meio fechados, vestindo uma blusa de Christian Lacroix e suas próprias calças jeans em uma combinação que viria a ser conhecida como ALTO/BAIXO. Foi uma partida das capas artificiais e fotógrafadas em estúdio das Vogues passadas.
Excentricidades de Anna Wintour
1-Entre suas excentricidades, está o fato de sempre vestir um agasalho Prada (rosa ou roxo) dependendo do “Humor” para jogar tênis.
2- Nunca sorrir em eventos públicos;
3-Assim como no filme, ela é ruim de lembrar nomes, e por editar uma revista de moda sempre com gente badalada, precisa estar com um assistente a tiracolo para lhe salvar a memória.
4- Poucas pessoas viram quebrar a imagem de “gelo”. O já falecido André Leon Talley seu colega de 30 anos, testemunhou como Wintour deixou o Met Gala em enxurrada de lágrimas de rímel em 1999, depois de brigar com um namorado.
5- Se hospeda na “Suite Coco Chanel“ no Hotel Ritz quando vai para “Paris Fashion Week”
1-Louis Vuitton
Foi fundada por Louis Vuitton em 1854, na França. Ao longo dos séculos, a Maison se tornou um grande sucesso e uma das marcas referências em bolsas e malas de luxo, com criações que são quesitos de desejo ao redor do mundo.
A bolsa Speedy um dos modelos de mais sucesso da Louis Vuitton.
Outra de grande sucesso é a Neverfull
2- Gucci
A marca Gucci foi fundada pelo Italiano Guccio Gucci em Florença em 1921.
Um dos modelos mais bem sucedidos da marca é a Bamboo Bag
Outro modelo e um dos maiores sucesso da marca é a Soho Disco Bag
3- Chanel
A Maison Chanel foi fundada por Gabrielle Bonheur Chanel em 1910. Além das roupas, a Chanel se tornou muito conhecida por suas bolsas clássicas e sofisticadas.
Um dos modelos mais icônicos e de maior sucesso da marca é a Chanel Classic Flap
Outro modelo icônico da Maison é a Chanel Boy. O modelo que foi lançado na coleção pre-Fall 2012, se tornou um dos mais icônicos e bem sucedidos.
4- Christian Dior
A marca Dior foi fundada pelo francês Christian Dior em 1946.
A icônica bolsa Lady Dior da Maison está eternamente ligada a Princesa Diana .Em setembro de 1995 enquanto participava da abertura da restrospectiva de Paul Cezanne no Grand Palais em Paris , a Primeira-Dama da França presenteou-a com uma bolsa então chamada “Chouchou” .
Durante uma visita oficial a Argentina em novembro do mesmo ano, a princesa apareceu usando a bolsa. A cena foi imortalizadas em uma foto agora icônica que circulou o mundo.
Em 1996 a bolsa Chouchou foi renomeada com o nome “Lady Dior” em homenagem a Princesa Diana
Outro modelo da Dior sucesso em vendas é a Saddle bag
5- Prada
A Prada foi fundada por Mário e Martina Prada com o nome Fratelli Prada (Irmãos Prada) em 1913 em Milão.
Bolsa Prada Gallera a mais icônica da Marca
6-Fendi
A marca Fendi foi fundada em 1925 por Adele Casagrande em Roma
Em 1965 Karl Lagerfeld entrou como diretor criativo da Fendi , posto que ocupou por 54 anos até sua morte,
Um dos grandes ícones da marca é a bolsa Perkaboo lançada em 2009.Grande sucesso de vendas da marca.
Outro modelo de sucesso da Fendi é a Fendi2Jours
7- Hermès7- Hermès
A Marca Hermès foi fundada por Thierry Hermès em 1837 na França.
Um dos modelos de mais sucesso e conhecido da marca é a bolsa Kelly criada em 1935 tinha um formato de trapézio e ficou mundialmente conhecida pois a princesa Grace Kelly do Monaco a usava frequentemente.
Em 1956 a bolsa foi modificada em homenagem a Grace Kelly
Outro grande sucesso da marca e talvez um de seus produtos mais conhecidas é a bolsa Birkin.
Em um vôo em 1984 se viu sentada ao lado do Presidente da Hermès, Jean-Louis Dumas a atriz Jane Birkin. Eles iniciaram uma conversa na qual ela disse que queria uma bolsa espaçosa com a metade do tamanho de uma mala. Ele disse desenhe para mim a sua ideia.
Depois que a Hermès produziu a bolsa , Dumas se ofereceu para batiza-la com o nome dela Birkin.
Dizem que ela doava os royalties todos os anos para Instituições de caridade.
Prêmios de
Moda Britânica
por Naura Cox
Os prêmios de Moda Britânica completaram a sua missão de amplificar os líderes das mudanças, celebrar a excelência na criatividade e apoiar a próxima geração de talentos criativos,quando o British Fashion Council, estendeu o tapete vermelho no Royal Albert Hall, no dia 04 de dezembro.
Paloma Elsesser é primeira mulher com curvas a ganhar o prêmio de melhor manequim.
A apresentadora Maya Jama (vestiu Dolce&Gabanna) e Kijey Radical.
Edward Enninful ganhador do Trailblazer (pioneiro) e Sarah Burton ganhou o Special Recognition award (reconhecimento especial)
Cantora Charli XCX usou um vestido amarelo e vermelho by Jean Paul Gauthier.
Andreas Kronthaler e a neta da estilista Vivienne Westwood, Cora Corré.
O Cantor Sam Smith que levou para casa o prêmio Cultural Innovator Award,na hora de receber o prêmio usou um vestido de Vivienne Westwood.
A modelo Jourdan Dunn, a empresária Britânica do ramo de cosméticos, Charlotte Tilbury e o icon fashion Kate Moss.
Atriz Canadense Talylor Russel by Lowe
Cantora e compositora Rita Ora usou um vestido da Primark.
As elegantes
Gwyneth Paltrow vestiu um Valentino Couture outono/ inverno de 1965. O estilista italiano Valentino foi homenageado com o excelente prêmio de conquista do ano.
Anne Hathaway com um look maravilhoso vintage (spaghetti chic) do Valentino.
Kate Moss
A Extraordinária Vida
Do Mestre Da Alta Costura
por Naura Cox
Valentino Garavani, criou uma das Marcas de Moda mais desejáveis do Mundo, a Maison Valentino, sinônimo de elegância, sofisticação e luxo das suas criações, sempre na medida certa!
confira no nosso post a vida é a obra do estilista, um capítulo imperdível da História da Moda.
Início
Valentino Clemente Ludovic Garavani nasceu em 11 de maio de 1932, em Voghera, na Região da Lombardia, no Norte da Itália.
Ele sempre demonstrou interesse pelas Artes,Pintura, Escultura e se mostrou exímio desenhista. Contam que Valentino brincava com retalhos de tecidos na loja de armarinho da sua tia Rosa, em Voghera, que o estimulou a se tornar aprendiz.
Ele teve que lutar para convencer a sua família de que a Moda não era sinônimo de frivolidade. No inicio da década de cinquenta, Valentino foi para Milão estudar Estilismo no Instituto di Figurinismo di Moda Santa Marta, e francês no Berlioz French Course.
Ao final do curso , com menos de 18 anos, ele foi completar sua formação em Paris, na Ecole des Beaux-Arts e na Chambre Syndicale de Haute Coutu
La Valentino venceu um Concurso da Chambre Syndicale, o mesmo que Yves Saint Laurent e Karl Lagerfeld ganharam nos anos seguintes.
Com o fim do curso ele foi trabalhar na Maison Jean da Dessès, ateliê de nome e prestígio , onde permaneceu como assistente por 05 anos.
Em 1957, Guy Laroche, ilustrador de Jean da Desses, decidiu montar sua Própria Casa de Moda e Valentino foi trabalhar com ele, como estilista. Contam que no trabalho com Laroche, Valentino se encantou com os tecidos leves e fluidos, uma presença marcante nas suas criações.
A Criação da Maison Valentino
No final da década de 50, quando o estilista voltou à Itália, ele cria seu próprio Atelier, com o apoio financeiro do seu pai; A Maison Valentino na Via del Condotti no centro Histórico de Roma, em um endereço que se tornaria famoso.
Em 1960, Valentino realiza seu primeiro desfile, mas sem grande repercussão. Ele era criativo e não homem de negócios. Gerenciar tudo sozinho era uma tarefa complexa para o jovem estilista.
Então Valentino conhece Giancarlo Giammetti, um jovem estudante de Arquitetura, que se tornou seu companheiro de vida por mais de 10 anos e, sócio pela vida inteira até a grife ser vendida.
As cores Valentino (Red Valentino)
Contam que nos tempos de estudante durante uma apresentação da Ópera Carmen de Georges Bizet, em Barcelona ele não conseguia tirar os olhos de um vestido de veludo vermelho. Então ele pensou “Se algum dia chegar a ser um bom estilista quero que o vermelho seja a minha cor”. É a cor que combina com todo mundo.”
Citações do estilista sobre a cor vermelha:
“Quando uma mulher aparece de vermelho torna-se o centro das atenções“
“Mulher vestida de vermelho transmite contentamento e alegria”
“Não sou um homem de gostar de cores fortes, o vermelho é exceção“
O Estilista e as Celebridades
Entre as celebridades que ele vestiu Jacqueline Kennedy Onassis era sua cliente e amiga.
Após o assassinato de Kennedy ela na sua transição de saída do período de luto usou a marca Valentino.
Para o segundo casamento de Jackie com Aristotle Onassis em outubro de 1968 ela usou uma criação do amigo Valentino.
Aposentadoria de Valentino
Em janeiro de 2008, aos 75 anos de trabalho na moda, Valentino realizou seu último desfile no Museu Rodin de Paris.
Valentino e Giammeti já haviam vendido a marca em 1998, mas Valentino permaneceu à frente da “Direção Criativa” Maison até 2008.
Era a despedida do “Último Imperador“ da Moda.
Hoje aos 91 anos vive numa mansão nos arredores de Roma cercado de arte, adquiridas em suas viagens pelo mundo
Quem é o Atual dono da Valentino?
A marca Valentino hoje pertence a Familial Real do Qatar e foi comprada em 12 de julho de 2012 por 700 milhões de euros. A família Real do Qatar também é proprietária da loja de departamento “Harrods” de Londres.
O Rei Luís XIV
E Seu Legado Na Moda - Parte Final
por Naura Cox
A Moda que Luís XIV introduziu era colorida, volumosa e ornamental, a completa antítese do estilo espanhol austero. Seu auto retrato idealizado aparecia nas gravuras de moda da época.
O Propulsor Do Luxo
Uma das inovações mais eficazes e de longo alcance de Jean Baptiste Colbert (ministro das finanças) era de que novos têxteis fossem ançados sazonalmente duas vezes por ano, incentivando as pessoas comprar mais deles, em uma programação previsível.
Gravuras de Moda foram muitas vezes rotuladas de “Hiver”- inverno ou “Été” verão.
Sedas leves foram reservadas para o verão; veludo e cetim para o inverno.
Não foi só a indústria da moda enriquecida pela constante atualização de guarda-roupa, mas os franceses tendiam a se cansar se a tendência durasse muito tempo.
Como o economista Jacques de Savory observou em seu tratado em 1675 “Le Parfait Negociante” os franceses são naturalmente mutáveis e a Moda como conhecemos hoje é um reflexo do caráter Nacional convenientemente alinhado com os objetivos do Rei.
O Rei Sol era fascinado por sapatos e essa paixão impulsionou a fabricaçao de calçados na França.
Os sapatos de “Saltos Vermelhos”
Talon Rouge que na França significavam um sinal de nobreza, indicavam elevado status social e combinavam com os laços de tamanho exagerado, adornados com fivelas de diamantes.
Christian Laboutin
Reportando os dias atuais Christian Laboutin utiliza como referencial de seus produtos as solas vermelhas, que se tornou o referencial da sua marca!
Existe controvérsia sobre se foi inspirado no talon rouge do Rei Sol e se foi ao ver sua secretaria pintando as unhas de vermelho. Eu acredito na primeira versão!
Moda das Perucas
Acometido por uma doença, que fez com que ele perdesse um volume considerável de cabelo, o Rei Louis XIV começou a aparecer com perucas, difundindo o costume da nobreza.
As perucas também ajudavam a construção de uma imagem maior do monarca, dando ao Rei a altura extra que precisava para impressionar.
Conclusão
Mais importante ainda, o legado de Luís XIV é evidente na atitude moderna da França em direção a Moda; não é uma indústria frívola ou trivial mas uma indústria totalmente séria, inseparável da saúde econômica do país e da identidade Nacional.
Viva o Rei Louis XIV “Rei Sol” que transformou a França na “ Terra do Luxo e Glamour”
O padrão exuberante de vida e o programa intricado de étiqueta que o Rei Sol introduziu continuou a definir a monarquia francesa até a Revolução Francesa em 1789.
Espero vocês no nosso próximo Post onde falaremos sempre sobre Arte&Moda. Gostaram? Compartilhem com seus grupos!
O Rei Luís XIV E Seu
Legado Na Moda - Parte 01
por Naura Cox
Foi um plano de estímulo econômico imbatível. É daí que surgiu o famoso estilo de móveis Luís XIV.
Espero que tenham gostado da parte I ! Impossível escrever sobre O Rei Sol de uma só vez !
Nada que pudesse ser fabricado na França foi autorizado a importação. Luís XIV uma vez ordenou que seu próprio filho queimasse seu casaco porque foi feito de tecido estrangeiro.
O Reinado de Luís XIV transformou cerca de um terço dos habitantes de Paris em assalariados no comércio do vestuário e têxteis e seu ministro das financias Jean Baptista organizou estes profissionais, garantindo controle de qualidade ajudando-os a competir contra as importações estrangeiras.
Luis XIV resolveu mudar isto e, ao seu longo reinado ele consegui de forma brilhante. luxo era o novo ideal do Rei Sol: Os móveis, Tecidos, Roupas e indústria de joias que ele estabeleceu, não só segurava o emprego de seus súditos, mas fez da França a líder mundial em gosto e tecnologia.
O Nascimento da Alta Costura como as pessoas conhecem hoje com suas tendências sazonais, empresas , midia e acima de tudo francesa.
Tudo usado na França era importado: moda da Espanha , tapeçarias em Bruxelas, espelhos em Veneza.
A França na tinha muita escolha pois simplesmente não estava produzindo bens de luxo de qualidade e não tinha influência, econômica ou cultural para ditar moda para os outros países.Isso até o Rei Sol entrar em cena com suas perucas e salto alto.
Quando Luis XIV subiu ao trono em 1643, Capital da Moda do mundo não era Paris, mas MADRI.
A Moda tende a seguir o poder, e durante os últimos dois séculos a Espanha vinha desfrutando de sua idade de ouro.
O estilo espanhol era estreito e rígido, tanto fisicamente e figurativamente e a cor era predominantemente o preto.
Construiu o Palácio de Versalhes.
Como Luís XIV Transformou Paris na Capital da Moda
Não só o preto era considerado sóbrio e digno pela firma monarquia Católica dos Habsburg, mas a tintura preta de alta qualidade era extremamente cara, e os espanhóis exibiam a sua riqueza usando tanto dele como possível .
Eles anunciavam suas ambições imperiais assim, e a Espanha importava corantes de suas colônias no México.
O Rei da Alta Costura
O Rei Luís XIV construiu para si mesmo a imagem de que ele era o Sol e tudo deveria rodea-lo.
Centralização do poder, fronteiras que não mudaram desde o século XVI.
A célebre frase “L’état c’est moi“ (“O Estado Sou Eu”) atribuída a ele, não foi dotada por ele e sim pelos seus adversários que critico a centralização do poder nas mãos do Soberano.
O apelido de “Rei Sol“ foi Rei da França e Navarra de 1643 até sua morte.
Seu Reinado de 72 anos é o mais longo de toda a história da Europa.
“8 Curiosidades Do
Mundo Da Moda”
por Naura Cox
1- O Vestido de Noiva Branco
Em muitos países o branco era considerado luto.
Mas no dia 10 de fevereiro de 1840 a Rainha Vitória da Inglaterra casa com o Príncipe Alberto, e usa um vestido branco. A partir deste evento a cor tornou-se padrão universal.
Ela foi a primeira soberana a ter o previlégio de escolher seu marido e também que casou-se por Amor.
2- O Espartilho
O espartilho é uma peça de lingerie que causava problemas sérios para as mulheres dos séculos XV ao XIX,época em que foi popular .
Para ostentar aquela cinturinha fina, as mulheres eram obrigadas a apertar os seios para cima com os cordões da peça.
De acordo com os médicos, a utilização da peça trazia como resultado:
Risco de compressão vascular e, como consequência, varizes internas e nas pernas, além de dor na coluna, deformidades de vértebras, mudanças de órgãos do lugar.
3- O Surgimento da Bermuda
A criação da peça aconteceu no final do século XIX , a partir de uma necessidade do Exército Britânico de se adaptar ao calor dos Postos Avançados em clima quente, assim, cortaram suas calças na altura do joelho.
Contudo o nome “ BERMUDA “ surgiu somente no período da Segunda Guerra Mundial, devido a escassez de tecidos no Arquipélago das Bermudas os Gerentes Gerais dos Bancos da ilha resolveram contratar um alfaiate para fazer um modelo inspirado nos Militares Britânicos do século XIX.
Na época, a Bermuda era considerada elegante, sendo usada até com Blaiser e gravata borboleta.
4- Chanel Número 5
O Chanel número 05 foi o primeiro perfume lançado pela estilista Gabrielle Coco Chane. Formula olfativa da fragrância (jasmim, rosa,sândalo e baunilha) foi composta pelo químico franco-russo Ernesto Beaux além disso foi na tampa do perfume em que os dois C’s entrelaçados apareceram pela primeira vez.
Acima a primeira publicidade do perfume.
Origem do Nome do Perfume
O químico é perfumista Ernest Beaux apresentou a estilista Chanel 10 amostras numeradas de 01 a 05 e de 20 a 24.
Chanel escolheu a amostra número 05 por ser seu nome da sorte
Marilyn Monroe eternizou o uso do Chanel número 5 ao declarar que dormia despida com apenas duas gotas do perfume.
Estima-se que um vidro do perfume é vendido a cada 55 segundos ao redor do mundo, além disso, ele está no mercado há mais de 100 anos.
Em 2021 nas comemorações dos 100 anos do perfume, a Maison Chanel apresentou uma coleção de alta joalheria e o frasco foi reinterpretado no colar acima. A peça traz um diamante de 55.55 quilates-em alusão ao número da sorte da estilista que era o 5.
5- Quem Foi O Pai Da Alta Costura?
Frederick Worth , um renomado estilista britânico (1825-1895) é considerado o “Pai da Alta Costura”.
Na década de 1840 mudou-se para Paris por achar que teria um solo fértil para suas ideias e fundou a “Casa Worth”.
Ele também foi o primeiro a colocar uma etiqueta com o próprio nome nas peças, além de iniciar a tradição de coleções por estações.
6- O Vestido Preto da Chanel Que Revolucionou a Moda
Quando Chanel desenhou o “little Black Dress” o pequeno vestido preto em 1926, ela criava um vestido diferente de tudo que se usava até então, e em um momento em que outros estilistas contemporâneos dela abraçavam cores e padronagens.
O preto era usado em funeral ou em Uniformes.
O vestido ganhou a capa da Revista Vogue em 1926 que o comparou com o “FORD MODELO T “um clássico na época .
7-A Criação do Biquíni
Em 05 de julho de 1946 , o designer francês Louis Recard revela um ousado traje de banho de duas peças. Recard cognominou de “Bikini” inspirado nas notícias de um novo teste atômico dos Estados Unidos realizado no “Atol de Bikini” no Oceano Pacífico.
Nos anos 1970 , a atriz Leila Diniz desfilou por Ipanema quando estava grávida de 8 meses.
A imagem icônica foi um grande símbolo para s libertação feminina na época.
8-A Origem Das Solas Vermelhas Dos Sapatos De Christian Louboutin
Christian Louboutin antes de colocar sua marcar trabalhou na Charles Jourdan e depois como free lancer para Chanel, Yves Saint Laurent .
Em 1992 abri sua primeira loja em Paris. Ele queria fazer um sapato diferente e se inspirou na Obra Pop “ As Flores” de Andy Warhol.
O Protótipo era um salto rosa ornado com uma flor de tecido.
Mas o desenho não era ainda marcante.
Ele viu então sua assistente pintando as unhas de vermelho. O estilista então pegou o esmalte e passou no solado de vermelho.
Então pensou: “Este é o design”
A novidade entrou na coleção de 1993 e nunca mais saiu de moda.
Assim surgiu os icônicos solados vermelhos que são objetos de desejo de todas as mulheres do mundo.
“A Influência Da Indumentária Rococó
Nos Estilistas Contemporâneos “
Moda na era Rococó (1730-1789)
O estilo era inspirado nos prazeres da vida mundana , com temas sobre nobreza, tons pastel, sensibilidade, alegria, frivolidade e exuberância são características deste estilo quando conectado com a moda.O requinte era acentuado pelos tecidos que eram normalmente cetim, brocados e rendas.
A Moda Feminina
Até os meados do século XVIII um dos trajes típicos do Rococó era chamado do “Vestido à Francesa” que era composto por uma saia, uma sobre saia e um pedaço de tecido triangular que cobria o peito e o estômago e era encaixado numa abertura frontal do vestido o busto podia ser adornado com fitas.
Essas peças iam por cima de um corset e a saia possuía armação lateral.
Os vestidos eram enfeitados com babados, amarrações, fitas e flores artificiais, tudo muito excessivo, porém harmonioso, sofisticado e delicado.
Em 1760 , os cabelos femininos que era penteado baixos , começaram a se elevar ,chegando até 1 metro de altura.
A partir de 1770, começou-se uma anglomania na França, incorporaram-se certos costumes ingleses como o de passear pelo campo e desfrutar o ar livre.
Maria Antonieta Rainha da França foi uma das precursoras do estilo que iria refletir este tema “Natureza tentando escapar dos rigores da corte, a jovem Rainha começou a vestir-se com simples vestido de algodão e grande chapéu de palha.
Na corte penteados eram adornados com carroças, animais, barcos, todo tipo de fantasia escapista incorporada pelo conceito de Jean Jacques Rousseau de “Retorno a Natureza “
Arte & Moda (estilistas que se inspiraram no Rococó)
Chanel ( Karl Lagerfeld) Dior ( John Galliano) Viviane Westwood, Christian Lacroix
Vivienne ( se veste de Rococó para a foto)
Marc Bohan
A Historia Do Estilista Que Revolucionou A Dior
Durante 28 anos (1961-1989) foi estilista da Christian Dior, e foi o diretor de arte que ficou mais tempo no cargo entre os seis que sucederam o fundador da Marca ao longo de mais de sete décadas.
Bohan tem um pedigree de design meticuloso: ele trabalhou na Jean Patou em 1945, Robert Piquet em 1946 e Edward Molyneux em 1950, retornando a Patou em 1953.
Bohan trabalhava na Dior em Londres quando o diretor criativo da Dior, Yves Saint Laurent foi convocado para o Serviço Militar.
Ele então foi chamado a Paris e assumiu a Direção de Arte da Christian Dior.
Em 1960 , após sua nomeação como Diretor Artístico da Christian Dior ele voltou a Paris. De 1960 a 1989 foi o criador chefe da Maison Dior e sua criatividade consistente atraiu acordos de licenciamento de acessórios e outras mercadorias que geraram 80% das receitas da Dior.
A Primeira Coleção Para A Dior
A primeira coleção batizada de “Slim Dress” o primeiro desfile em 1961, com formas fluidas e retas foi aclamada pela crítica e clientes, incluindo a Duquesa de Windsor que liderou os aplausos.
A primeira linha de prêt-a-porter da Dior
Com designs mais acessíveis supervisionados pelo seu assistente Phillips Guibouge.
Lançamento da Dior Baby
O lançamento da Dior Baby (inspirado na sua filha Marie-Anne na foto com ele) teve como patrona a Princesa Grace Kelly de Mônaco.
A icônica estampa “ Obliqúe” que debutou em uma das bolsas.
Dior Monsieur
Em 1970 foi a vez da estreia da Dior Monsieur divisão masculina da Maison que 4 anos depois de sua fundação, ganhou uma boutique repaginada e coberta na padronagem Obliqúe.
As clientes: Realeza e Celebridades
Elizabeth Taylor era sua fã, inesquecível seu vestido “SOIREE A RIO” em homenagem ao Rio de Janeiro.
“Par de vasos”
Fotos de Gina Lollobrigida e Elizabeth Taylor. Elizabeth Taylor compareceu ao Festival de Cinema de Moscou em 1961 com o vestido MISS DIOR uma criação do estilista e amigo da atriz Marc Bohan. Gina Lollobrigida compareceu ao mesmo festival com uma cópia falsificada do Miss Dior.
Suas criações
Marc Bohan com seus sucessores nas comemorações dos 50 anos da Dior em 1996
Marc Bohan, Gianfranco Ferré e John Galliano.
Sua Morte
Marc Bohan morreu aos 97 anos, dia 06/09/2023, foi o último sobrevivente da Era Clássica da Alta Costura Francesa
“Faço roupas para mulheres reais - não para mim, nem para manequins, nem para revistas de moda”
Marc Bohan
A Historia da
Renda Renascença
A Renda Renascença é de origem italiana (Veneza) nome dado em referência ao momento histórico no qual estava localizado o seu surgimento, o Renascimento.
A Renda Renascença surgiu entre os séculos XV e XVI tendo consagrado-se como símbolo artesanal italiano e com destaque nos trajes masculinos. Henrique II rei da Inglaterra e da França, a usou excessivamente na composição do rufo (um colarinho rígido e normalmente plissado) para ocultar uma cicatriz no pescoço
Foi por conta disso que a renda conquistou a realeza e difundiu-se amplamente na época.
Renascença no Brasil
No século XIX, com a ocupação do Convento Santa Tereza por religiosas francesas, a renda Renascença chegou ao Nordeste do Brasil . A Renascença Brasileira é uma variedade de Veneza, mas de simples execução. Se difere de outros tipos de renda de agulha pelo uso do lacê (uma espécie de fita que serve de base).
Maria Pastora
Na década de 1930 chegam a Vila de Porção ainda pertencente à Pesqueira, dois pontos que iriam tecer sentidos na vida do vilarejo: a luz elétrica e a visita de Maria Pastora e com ela a chegada da Renda Renascença. Maria Pastora que alguns diziam ser interna do Colégio Santa Teresa em Olinda. As freiras ensinavam a alunas internas e damas da sociedade a fazer a renda Renascença.
Impacto na Região
A produção de Renda Renascença foi responsável pela inserção das mulheres da região no mercado de trabalho .Está atividade artesanal da Renda Renascença representa a única fonte de receita para um expressivo número de famílias.
Cidades pioneiras em Renascença:
No Agreste Pernambuco ( Poção e Pesqueira) e no Cariri Paraibano.
D. Odete Cavalcanti Maciel uma das Pioneiras no Agreste Pernambucano na cidade de Poçao.
História:
Faz quase 70 anos que se dedica a arte minuciosa da Renda Renascença.Foi condecorada como Mestre-Artesã de Pernambuco , é a única Aprendiz viva da primeira turma de mulheres que fazem essa atividade manual em Poção .
Poção se tornou a maior cidade produtora de Renascença.
Renda Renascença é Patrimônio Cultural do Brasil
Estilistas e suas criações com a Renda Renascença :
Martha Medeiros
É uma estilista Alagoana que fez da renda feita à mão sua matéria prima primordial. Ela levou a renda nordestina para o mundo. É considerada uma das melhores estilistas com criações de Renascença do Brasil
Fernanda Franco
Estilista cearense pós graduada na Esmod de Paris, Fernanda Franco adora valorizar o artesanato nordestino e a Renascença muitas vezes foi utilizada na sua alta costura e no casual.
Exposição no Palácio de Kensington em Londres:
“Crown to Couture“
A exposição no Kensington Palace faz um paralelo entre a moda no período Georgiano do século XVIII e início do século X IX( sob os Reis George I, II, III e IV).
A exposição se realiza no Kensington State Apartamentos , apresenta mais de 200 trajes e objetos decorativos contemporâneos e de época.
Sala Georgiana
Os Georgianos eram obcecados pelo status e eles usaram a moda , cabelos elaborados , maquiagem e joias para ter acesso à corte real britânica do século XVIII.
Sala O Espetáculo
No mesmo espaço onde os convidados do século XVIII se misturavam na corte, um carpete vermelho serve de pano de fundo para uma linha de looks icônicos de celebridades.
Ha vestidos históricos brilhando com fios prateados destinados a brilhar à luz de velas, e brilhando-os .É o vestido dourado de Peter Dundas , que Beyoncé usou no Grammy Awords de 2017.
O vestido de lustre iluminado criado por Moschino que Katy Perry usou no Met
Vestido de Beyonce
A Exposição também levanta constantemente questões sobre a natureza da celebridade - quanto se deve à aparência, quanto ao talento, incluindo o dramático vestido recortado de Lizzo com espartilho completo com flauta dourada, um lembrete de que ela também é uma flautista clássica.
A Maca de veludo , onde Billy Porter’s foi levado para o Met Gala em 2019.
Ao lado a cadeira sedan da Rainha Charlotte.
Sala das joias
Em meio a seleção deslumbrante está um anel especial de Thelma Black chamado Rebel Black que foi usado por Rihanna no Met Gala em 2021.
Sala “Política, Moda e Poder”
Dedicado a looks que se transformaram em declarações além do estilo.
Lena Waithe vestindo uma capa de arco-íris de Wes Gordon para Carolina Herrera no Met Gala 2018.
“Esta noite, esta capa não é imaginária ela está representando minha comunidade e quero que todos saibam que você pode ser o que você quer…” Lena Waithe
Pizza para Billboard Music Awards 2020 . Usou o vestido algumas semanas antes das eleições americanas.
Sala Depois da Festa
Uma série de talentos da moda compõe a coleção no espaço final da exposição.Os curadores se concentraram em designers cujo trabalho faz referência direta aos vestidos do século XVIII, incluindo Erdem Moralioglu, Simone Rocha, Vivienne Westwood, Jean Paul Gauthier, Kenneth Nicholson, Jeremy Scott e Richard Quinn.
A Exposição continuará até o dia 29 de outubro e a entrada ( compra antecipada no site) custa £25.
A História de Toto Koopmann a Modelo que virou
Espiã na Segunda Guerra Mundial
Catharina “Toto” Koopman (28 de outubro de 1908) era holandesa-Javanesa (nasceu em Java). Ela se chamava Catharina, mas preferia ser chamada “Toto” apelido de infância dado pelo seu pai em homenagem ao seu cavalo favorito.
Koopman deixou Java em 1920 para frequentar um internato na Holanda, onde desenvolveu um talento para idiomas e tornou-se fluente em Inglês, Francês, Alemão e Italiano.
Como era padrão para as meninas de famílias ricas, Koopman frequentou a escola de acabamento na Inglaterra. Aos 19 anos (1928) foi para Paris e por ser elegante, lábios exuberantes amados pela estética dos anos 1920, ela rapidamente foi chamada para ser modelo da Chanel.
Em Paris ela trabalhou para Coco Chanel, Rochas,Mainbocher e Madeleine Vionnet. Ela aparecia constantemente na Vogue Paris, e teve uma pequena aparição no filme “The Private Life of Don Juan”
A primeira Cover Girl Conhecida
Foto para a Vogue USA em set 1933.
Nos primeiros anos da publicação da Vogue não eram creditadas pela revista o nome da modelo fotografado.
Tudo mudou em 1933 quando o aclamado fotógrafo George Hoyningen colocou o nome da modelo na capa.
Entre os seus amantes estava o Magnata do Jornal Lord Beaverbrook dono do Daily Express da Inglaterra, do Evening Standard e do Sunday Express, um homem 30 anos mais velho que ela.
Foi através e para Beaverbrook que Koopman começou a reunir informações sobre a ocupação facista e Nazista da Europa a partir de 1934.
Foi espiã Nazista
Visitando amigos em Florença em 1939, se apaixonou pelo líder da Resistência Italiana. Ela vendia suas peles e joias para apoiar seus esforços antifascista.
Trabalhando para os aliados, ela espionou reuniões reuniões da Ala Paramilitar do Partido Facista Italiano “Os Camisas Negras” e relatou suas informações para a Inglaterra.
Há rumores que para conseguir informações teve um Adair com o genro do Mussolini.
Depois de 2 anos a polícia italiana a pegou e a enviou para prisões e campos de detenção, das quais escapou com sucesso .
Campo de Concentração de Ravensbrück
Em 1944, ela seria descoberta, presa e enviada para o campo de concentração de Ravensbrück. Era um campo de concentração para mulheres. Koopman sobreviveu ao acampamento com sua inteligência, mentindo para os guardas de Ravensbrück em um alemão perfeito, dizendo-lhes que era enfermeira treinada.
Parte do campo foi liberado quando o Vice-Presidente da Cruz vermelha sueca, convenceu o comandante chefe nazista Heinrich Himmler a libertar 7.500 mulheres.
Koopman foi uma delas, corpo esguio, enrugado, cabeça raspada, o corpo devastado pela experiência médica.
Com a ajuda de Randolph Churchill, que também lhe daria uma peruca, Koopman consegiu se estabelecer em Ascona, no Lago Maggiore , na Suíça. La em 1945, ela conheceria Érika Brausen, uma galerista Londrina que, também havia se envolvido na Resistência.
Patrona das Artes
Érika e Toto começaram a viver juntas e abriram a agora icônica Hannover Gallery em Londres, que foi uma das mais importante e influente na Europa nos anos 50.
Até a sua morte Koopman permaneceu um espírito selvagem, alguém que vivia em seu próprio prazer e código moral, alguém que as prisões literais e metafóricas da da sociedade podiam conter.
Mais tarde se tornou arqueologista.
Morreu em 27 de agosto de 1991, aos 83 anos.
“Diva” uma Exposição
no V&A Museu em Londres
A Exposição “DIVA” no Victoria e Albert Museu de Londres (V&A) apresenta uma visão envolvente e cativante do mundo das divas , revelando a influência cultural e artística que estas mulheres tiveram ao longo dos anos.
Além disso , a exposição destaca a importância das DIVAS como ícones de moda e estilo,apresentando figurinos deslumbrantes usados por essas artistas em performances lendárias.
Sao 250 objetos em exposição retirados da coleção do V&A e empréstimos de todo o mundo.Isso inclui 60 looks de diva que raramente foram vistos antes. Esses incluem:
1-O visual icônico de Sir Elton John , inspirado em Louis XIV, que ele usou no seu aniversário de 50 anos , criado pela figurinista Sande Powell vencedora de Oscar em 1997.
2- O vestido preto usado por Marilyn Monroe como Sugar “Kane” Kowalczyk no filme “Some like it hot” em 1959.
3-Um conjunto de palco usado por Maria Callas como NORMA na produção de Norma da Convent Garden Opera Company 1952.
4-Trajes icônicos desenhados pelo estilista para estrelas Bob Mackie , incluindo looks usados por Tina Turner.
A amostra redefine o conceito de Diva e explora como este termo foi subvertido ou abraçado em difere formas de expressão, como opera, teatro, música popular
Os visitantes têm oportunidade de apreciar de perto peças de alta costura e acessórios deslumbrantes ,que refletem o glamour e a exuberância associados às Divas.
Lady Gaga
Vestido que Adele usou para a capa da Vogue.
Liza Minnelli
Cher
A Exposição DIVA no V&A em Londres ficará até o dia 07 de fevereiro de 2024.
Valor da Entrada £20 (vinte libras)
Agende com antecedência !
A minha amiga Kayve Machado foi minha convidada na exposição DIVA em sua passagem por Londres!
Lino Villaventura
Sua Moda É Pura Arte
Lino Villaventura nascido Antonio Marques dos Santos é natural de Belém estado do Pará. Este paraense brilhante construiu sua carreira em Fortaleza, onde morou parte de sua vida.
Sempre foi apaixonado por artes plásticas, cinema e arquitetura.No mundo da moda, começou como uma grande brincadeira, seria arquitetando moda.
“iniciei fazendo algumas peças e percebi que as pessoas gostavam e acabei me dedicando a esse mundo” (Lino em entrevista para “Lançamentos”).
Começou a carreira em 1978 e em 1982 lança em Fortaleza a marca “LINO VILLAVENTURA“ em parceria com Inez Villaventura. Em 1987 participa de eventos nacionais e internacionais.
Em 1996 participa do Morumbi Fashion que depois viria a ser São Paulo Fashion Week.
Suas criações são verdadeiras obras de arte! Um dos seus trunfos é a arte de tinturar e transformar tecidos. Instigante utiliza materiais que fogem do óbvio para criar texturas, nervuras e inconfundíveis patchworks
Origem do Nome da Marca
Lino começou a chamar a atenção da Sociedade de Fortaleza pelas suas lindas criações e o Jornalista Lúcio Brasileiro, o rebatizou (sem o estilista pedir, nem ser consultado) de “Lino Villaventura“.
Uma referência à Vila Ventura, onde Lino morava na capital cearense na época.
Lino Figurinista
Outra faceta do trabalho do estilista é como figurinista de cinema e teatro. Entre outros fez os figurinos do filme “Bocage, o Triunfo do Amor” a peça teatral “Doroteia, uma farsa irresponsável em Três Atos” de Nelson Rodrigues que lhe valeu uma indicação ao Prêmio Shell de Teatro em 1996.
Fez o figurino do musical “Nine-um musical Felliano”.
Foi um dos primeiros estilistas a voltar os olhos para o mercado internacional. Em 1989 foi convidado pelo Itamaraty para representar o Brasil em uma feira internacional em Osaka, no Japão a “World Trade Fashion“.
A Arte de Lino Nos Museus
Em 1988, o Stedelijk Museum, de Amsterdã arrematou um vídeo com o registro das criações do estilista. Em 1996 seus trabalhos integraram a exposição “Art do Wear - Lunst Als, Kleidung“, na Alemanha.
Participou, ainda da Exposição “A Arte do Brasil“ e Beirute no museu SURSOAK no Líbano
Mais de 40 anos depois, durante os Lockdowns, Lino se viu encarando um acervo imenso e resolveu entrega-los as mãos especializadas. Parte foi para a “Casa Zuzu Angel“ no Rio de Janeiro. Outras 100 peças agora fazem parte da coleção de moda do “Museu de Arte Brasileira“ da Faap em São Paulo.
Moda Masculina
Apesar do seu público predominante feminino, veste o público masculino com a mesma arte e perfeição.
Lino Villaventura sempre segue um conceito parecido com suas coleções, trazendo uma moda conceitual e artística. Seu trabalho tem um toque que se diferencia dos demais.
Moda e Arte
Inspiração na arte barroca neste belíssimo vestido de Carmem Mayrink Veiga.
“Eu não escolhi a moda, ela me escolheu”
Lino Villaventura
Fontes de pesquisa: vogue, Lilian Pacce, Oresumodamoda.com.br, Adriana Chiari Magazine, L’officiel.Blogger, FashionNetwork.com
Relembre a Moda
através das décadas
Parte 2 (1960/1970)
Anos 60-anos dourados
A grande protagonista dos anos 60 foi sem dúvida a “Mini Saia”. A inglesa Mary Quant divide com o frances André Courreges sua criação.
Pop Art anos 60
Em 1965 Yves Saint Laurent se inspira no quadro “Azul, Vermelho, Amarelo e Preto” do pintor holandês Píer Mondrian para criar seu tubinho que também foi muito usado nos anos 60.
-As peças curtas chegam com tudo no armário feminino dos anos 60.Estampas de bolas, floral, geométricas e psicodélicos, listras e looks unissex (peças que antes eram usadas por homens passam a ser usadas por mulheres), como os smokings.
-vestidos corte retos ou largos.
Vestidos e botas de plástico
Exposição da Mary Quant no V&A
Óculos grandes, Lenços e Chapéus
Óculos grandes com armações coloridas faziam parte do figurino psicodélico no final dos anos 60.
Festival Woodstock
O festival de Woodstock em 1969 da o tom da moda dos anos 70. O movimento hippie se iniciou no final dos anos 60 e deu o tom nos anos 70
O estilista Alysson Aragao e a moda dos anos 60
Um vestido inspirado nas criações da estilista inglesa Mary Quant (anos 60)
A arquiteta Camila Fiúza com uma túnica inspirada no Mondrian de Yves Saint Laurent!
Anos 70-Faça Amor Não faça Guerra
Os anos 70 abre espaço para a era hippie, devido à influência do festival Woodstock. O psicodelismo é visto nas roupas, na forma de desenhos, cores, em tingimentos Tie Dye. Os coletes predominam os tecidos Jeans, como couro.
Tie Dye nos anos 70
Tunicas
Saias
Calças boca de sino
-as túnicas , mini-saias e saia longas,são peças que se tornaram essenciais, calças jeans boca de si o bem surradas e com enfeites.
Psicodélico de Emílio Pucci
Óculos redondos pequenos ou grandes viraram febre, inspirados na cantora Janis Joplin.
Lenços na cabeça, sapatos plataforma.
Acessórios: com símbolo de paz e amor, pulseiras e brincos coloridos
A Era Disco
É um gênero de dança e música e uma subcultura que surgiu no final dos anos 70 na cena da vida noturna dos Estados Únidos particularmente no Studio 54 de New York.
Tina Turner
Grace Jones
Olívia Newton Jones e John Travolta
No Brasíl a novela Dancing Days introduziu a Era Disco.
Aguardem a parte 3- final
Viagem no tempo
Relembre a Moda através das décadas
Parte 1 (de 1920 a 1950)
A moda vai e vem , e muitas tendências de décadas se fazem presente mesmo após 50 anos.Olhar para o passado pode ser uma grande fonte de inspiração de moda.
Anos 20 -Era do Jazz
A silhueta dos anos 20 era tubular com vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda deixando braços e costas à amostra, o que facilitava o movimento do corpo.
Chapeu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o “CLOCHE “enterrado até os olhos que podia ser usado com cabelos curtíssimos “ Le garçonne” como era chamado
Corte de cabelo curto e maquiagem se torna popular com lábios vermelhos e olhos pretos bem esfumaçados.
Anos 30 -Tempos de crise e glamour
Com a crise em 1929, a ousadia dos anos 20 deixa de fazer parte da composição dos looks.
As curvas voltam a aparecer, as saias ficam mais longas.A seda é substituída por materiais mais baratos passam a ser usados em vestidos de noite.
Diferente dos anos 20 em que o tornozelo ganha destaque , nos anos 30 as costas femininas são valorizadas com decotes enviesados e de corte profundo.
Diferente dos penteados “loucos dos anos 20” que era lambido “ as mulheres abusam do volume, ondas e cachos mais soltos e mais longo.
Apesar da calça ter sido introduzido no final dos ano 20 por Coco Chanel ela ganhou notoriedade nos anos 30.
Mulheres começaram a usar calças para o trabalho industrial , para cavalgar e andar de bicicleta.
Anos 40- Guerra e racionamento
Nos anos 40 com a guerra, o setor de roupas foi atingido e com isso precisou passar por mudanças.
Escassez de materia -prima fez com que as pessoas reciclassem roupas e confeccionassem em casa.O guarda roupa se tornou minimalista, e as pessoas passaram a buscar por peças mais versáteis.
O vestuário feminino dos anos 40 era composto por ombros arredondados e cintura marca
Nos acessórios os chapéus são substituídos por tamanho menores , além de uso de lenços , turbantes e redes.
Os cabelos com trunfas e ondas.
Dior e a volta do glamour no final da década de 40.
A “Bar Jaqueta “ foi apresentada no primeiro desfile da grife francesa em 12 de fevereiro de 1947.
Havia criado o NEW LOOK .
Reza a lenda que Pierre Cardin , que na época aos 21 anos era assistente de Monsieur Dior, teve que sair que sair do atelier para comprar enchimentos de algodão e lã para fazer a silhueta delgada da modelo Tânia parecer mais volumosa.
A saia preta de pregas gode duplo -volumosa chamada Carolle , em uma época em que o consumo de tecido ainda era restrito foi outro desafio.
Anos 50-Predominancia do estilo americano
Com o fim da guerra e do racionamento de tecidos , a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina.
Cores e volumes é a marca dos anos 50, saias e vestidos volumosos repletos de anáguas, estampas de listra, Xadrez, abstratas e florais. O comprimento na metade da panturrilha.
Os cintos ganham destaque para compor a cintura marcada.
Surge em 1952 o estilo Sereia e as saias em diversos estilos como: godê, plissados, pregueadas e franzidas.
“E aí com qual década vocês se identificaram?”
Próximo Post continuaremos com as décadas de 60 a 2000
Halston
O Criador do Casual-Chique.
O estilista Halston teve grande influência sobre a moda americana entre os agitados anos 70 e 80, que então ganhava cada vez mais projeção internacional.
Além disto, o estilista americano deu origem ao estilo “DISCO” típico dos anos 80 e esteve nos círculos mais badalados de New York.
Fez a Escola do Instituto de Arte de Chicago onde paralelamente começou a produzir Chapéus. Tal como Coco Chanel e Jeanne Lanvin iniciou a sua carreira dentro da Chapelaria.
Em 1958 se mudou para Nova Iorque e passou a trabalhar para “Lily Dache”uma proeminente fábrica de chapéus.
Em 1959, Halston passou-se trabalhar para Bergdorf Goodman. Segundo o estilista foi lá que ele aprendeu tudo sobre moda. Afinal à época a Bergdorf era um dos principais pontos de referência da alta-costura europeia nos Estados Unidos.
Em 1961 foi responsável por desenhar o modelo usado por Jackie Kennedy na posse John Fitzgerald Kennedy como Presidente dos Estados Unidos. Como era especialista em chapéu resgatou o modelo Pillbox que foi inventado em 1930. Ao ser usado por Jackie Kennedy ele ganhou notoriedade e também se tornou o queridinho da elegante primeira dama.
Em 1966 , considerando que os chapéus então estavam em desuso, ele decidiu evoluir para roupas primeiramente assinando coleções para Bergdorf Goodman, até que em 1968, lançou sua própria marca, dando início ao novo e decisivo capítulo de sua história.
Um dos hits iniciais, tinha o design inspirado em camisa masculina e se destacou pelo material uma espécie de camurça sintética que podia ser lavado à máquina, fácil e versátil, capturando as necessidades da mulher moderna, inaugurando o estilo CASUAL CHIQUE.
Criou o estilo DISCO
Halston foi o cara dos anos 70
O designer viveu em meio a festas intermináveis no Clube Studio 54 um símbolo do hedonismo . Ao seu lado seus amigos o artista plástico Andy Warhol, Marisa Berenson, Lisa Minnelli, Bianca e Mike Jagger, Yves Saint Laurent. Rachel Welch, Elizabeth Taylor, entre outros.
A Derrocada
Halston vendeu a sua marca para Norton Simon por 16 milhões de dólares no final da década de 70 - sob a promessa que continuaria com total controle criativo das criações.
Em 1983 a Norton Simon foi adquirido por outra empresa a Esmarck que não honrou o contrato com Halston e o design foi afastado em 1984.
Ewan McGregor (foto do ator que fez Halston na Netflix
Proibido de criar para sua própria marcar se afundou nas drogas e gastando todo seu dinheiro.
Em 1988, Halston descobriu que havia contraído AIDS e voltou para São Francisco para terminar seus dias com a família, onde morreu com 57 anos.
Quem é
Carolina Herrera?
O verdadeiro nome Maria Carolina Josefina Pacanis Y Niño, nasceu em 8 de janeiro de 1939 em Caracas na Venezuela. A estilista vem de uma linhagem aristocrata de Caracas. Aos 13 anos, foi apresentada ao mundo da moda pelas mãos da avô que a levou a Paris para assistir a um desfile do estilista espanhol Cristobal Balenciaga.
Em 1957 com a idade de 18 anos casou com Guilhermo Behrens Tello um latifundiário venezuelano e teve 2 filhas. Em 1968 se divorciou em Caracas.
No mesmo ano ( 1968 ) casou com Reinado Herrera Guevara que havia herdado o título espanhol de quinto Marques de Torre Casa em 1962 após a morte do seu pai .Portanto , por casamento Carolina detinha o título de Marquesa Consorte da Torre Casa pois Ronaldo não tinha gerado filhos.
O marido é editor da Vanity Fair e tem duas filhas. Em 2009 Reinado Herrera naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos
Carolina Herrera e a Moda
Carolina Herrera era amiga de Mick e Bianca Jagger, Andy Warhol e frequentava o Studio 54 de New York. Era uma mulher muito elegante e apareceu pela primeira vez na Internacional Best Dressed List (lista internacional da mais bem vestida) em 1972, depois foi eleita para o Hall da Fame em 1980.
Em 1980 sua amiga Diana Vreeland editora chefe da Vogue, sugeriu que Carolina Criasse uma linha de roupas. Ela o fez mandando fazer amostras em Caracas, e as mostrou no apartamento de uma amiga em New York.
Uma conhecida boutique de Park Avenue Martha’s concordou em exibir suas criações em suas vitrines.
Após o sucesso inicial ela voltou para Caracas e levantou capital para financiar um lançamento formal. Seu primeiro desfile em 1980 foi um sucesso.
Somente aos 40 anos , a partir dos anos 1980 , Carolina Herrera passou de consumidora de moda a criadora.
A criação do primeiro perfume
Passeando através dos convidados em um evento, a estilista passou perto do diretor da empresa de perfumaria espanhola o Don Mariano Puig, que sentiu um cheiro diferente e quis saber a sua origem.
Carolina Herrera contou que não era nenhum perfume, apenas uma soma experimental de óleo e essências de cravo e jasmim que são aromas que fizeram parte de sua vida na Venezuela. Isso ocorreu no ano de 1988 quando a Antonio Puig , uma conhecida empresa espanhola de perfumaria desenvolveu o Primeiro perfume da marca nomeado Carolina Herrera.
O perfume 212
Um dos lançamentos de maior sucesso de Carolina Herrera foi inspirado no estilo de vida vanguardista Nova Iorquino foi apresentado ao mundo em 1997- e até hoje é record de vendas da marca.
A musa dos perfumes hoje , é a filha da estilista venezuelana, Carolina Adriana Herrera, que deu início ao seu trabalho ao lado da sua mãe em 1997 depois que se formou em biologia e bioquímica em Nw York.
Opiniões de Carolina:
Camisa branca
O que não pode faltar no guarda-roupa de uma mulher , é uma camisa branca.Carolina prova que uma camisa branca e joias é uma chic combinação.
Devemos sempre seguir a moda?
Há mulheres que compram sem pensar se a roupa vai lhes cair bem.Por isso digo que o acessório mais importante da mulher é um espelho de corpo inteiro, para avaliar o que realmente fica bem.
Como as mulheres mais velhas devem ser vestir?
A mulher deve envelhecer graciosamente e não tentar ter uma idade que não tem pois pode aparecer ridícula. Vejo muitas mulheres que querem se vestir como suas filhas para aparentar mais jovens , ledo engano ficariam mais jovens usando roupas mais adequadas para a idade.
Atualmente , a marca Carolina Herrera pertence a PUIG a marca espanhola que também é proprietária das grifes renomadas, como Jean Paul Gauthier, Paco Rabanne e Nina Ricci.
Carolina Herrera aos 84 anos continua casada e contribui com a marca dando seus sábios palpites mas agora em um lugar de descanso merecido em sua aposentadoria.