PERFIL SEMANAL
Arquitetura com arte
e com a cara do cliente
Por Kelly Garcia
Neste domingo, vamos conhecer melhor o trabalho da arquiteta Julia Pompeu. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Unifor (Universidade de Fortaleza), durante a faculdade sempre focou no mercado de trabalho e marcou esse percurso pela passagem em vários escritórios de arquitetos renomados, afim de aprender com esses e ter um impacto na carreira, futuramente. Nesse período, percorreu várias áreas da arquitetura; desde a construção civil, paisagismo até os interiores.
Sempre foi apaixonada pelas artes, inicialmente quis fazer museologia e trabalhar exclusivamente com a curadoria de museus, mas foi na Arquitetura que encontrou a possibilidade de alinhar o amor às artes com transformar o cotidiano das pessoas. Logo, nos projetos sempre tem o cuidado com os mínimos detalhes, afim de transformá-los em únicos, com a identidade do cliente e a visão de que a Arquitetura também é uma forma de arte.
Desde o início, teve o desejo de montar seu próprio escritório, conheceu a Carolina, de quem hoje é sócia, no começo da faculdade e de sempre foram muito alinhadas no sonho do que hoje é a PIPO. Em 2023, abriram o escritório, a PIPO - Pinheiro Pompeu Arquitetura, onde elaboram projetos para todo o Brasil, sempre com muito cuidado e carinho.
Confira na nossa entrevista!
O que fez com que você optasse pela arquiteta?
Sempre gostei de artes, quando criança quis ser pintora e então curadora de museus. Já um pouco mais velha, me interessei pela arquitetura como uma forma de arte também.
Em um tempo cheio de conexão e modernidade, quais são os principais desafios que se interpoem em sua área profissional?
Valorizar o processo criativo e, principalmente, o desenho. Isso, porque com a rapidez da informação, a modernidade e tecnologia, as vezes nos é tentador ser mais técnico e pratico, mas é com criatividade e atenção que trazemos diferenciais pro projeto.
Quem são as suas inspirações na arquitetura?
Admiro vário arquitetos como artistas e também empresários, atualmente um dos que mais admiro é o Norman Foster.
Você atua em São Paulo e em Fortaleza. Quais são as principais diferenças que você identifica nos dois mercados?
Acredito que em São Paulo o publico é mais imediatista e amplo. Em Fortaleza, as pessoas ainda são mais conservadoras quanto à arquitetura.
O que não pode faltar em um bom projeto de arquitetura?
Refletir a personalidade e responder as necessidades do cliente.
Qual o diferencial da sua empresa de arquitetura?
Acredito que nosso acompanhamento durante todas as fases da obra é nosso principal diferencial. Temos um grande controle de qualidade e atenção aos detalhes.
Quais os seus hobbies?
Adoro ir ao cinema! Assisto muitas series em casa e gosto de praticar esportes.
Nos indique uma série, um filme e um livro.
Das ultimas que assisti gostei muito da serie Disclaimer, com a Cate Blanchett. Filme, indico Segredos de um Escândalo e livro, A Redoma de Vidro da Sylvia Plath.
Vocação para liderar
e empreender no Turismo
Vale a pena ver de novo
Por Kelly Garcia
Graduada em Ciências Sociais pela Universidade de Fortaleza, Enid Câmara é a nossa entrevistada da semana. Nova presidente da Abeoc Brasil, é uma profissional especializada em organização de eventos, com destaque em sua carreira desde 1993, tem formação adicional no Programa de Desenvolvimento Gerencial – PDG Turismo pela Universidade Fluminense-RJ, Enid é reconhecida no setor de Turismo e Eventos com prêmios como Mulher Empreendedora pelo SEBRAE Nacional e Destaque Empresarial 2005 de Melhor Organização de Eventos no Ceará.
Ao longo de sua carreira, foi homenageada por entidades renomadas e ocupou cargos de destaque, incluindo a presidência da ABEOC Ceará (Gestão 2018-2023) e tornou-se a primeira mulher nordestina e cearense a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Eventos e Turismo em 2011.
Enid é a atual presidente eleita da Associação Brasileira das Empresas de Eventos - ABEOC Brasil. Como CEO da Prática Eventos, Enid organizou mais de 1.600 eventos, consolidando sua trajetória marcada pela maestria e dedicação. Confira uma conversa sobre eventos, profissionalismo e realizações.
Você tem uma história com o turismo cearense e o mercado de eventos. Nos conte como os seus caminhos se cruzaram com esses setores. Você já fazia eventos na adolescência?
Tudo iniciou em março de 1993, quando entrei como estagiária na Prática Empresarial, que era gerida pela mente brilhante e visionária do Roberto Matoso (In memoriam). Eu nunca tinha organizado eventos antes e estou há 28 anos nesse setor, são mais de 1.600 eventos promovidos/organizados, quem entra nesse universo fantástico dos eventos costuma gostar e permanecer por muito tempo.
Como surgiu a ideia de empreender com a Prática Eventos? Qual o trabalho mais desafiador que vocês já pegaram?
Em janeiro de 1997, transformamos a área de eventos da Prática Empresarial em uma empresa focada somente na promoção e organização de eventos (Prática Eventos) da qual me tornei sócia minoritária.
Sobre o trabalho mais desafiador, todos os eventos são únicos e tem em si particularidades e desafios próprios, mas acredito que o mais desafiador foi organizar um evento que precisaria de no mínimo 6 meses para sua produção, e o cliente nos contratou para organiza-lo com o prazo de uma semana e com um feriado no meio, e graças ao empenho de toda uma equipe envolvida ele aconteceu com sucesso e nos trouxe inúmeros aprendizados.
Você foi escolhida para a grande missão de presidir a Abeoc Brasil. Como você reagiu à essa boa notícia?
Por indicação e a convite da presidente Fátima Facuri, grande empresária do Rio de Janeiro, que implementou vários projetos nacionais, fui eleita por unanimidade, como a primeira representante do Ceará na liderança da Abeoc Brasil. Minha posse está marcada para o dia 8 de janeiro.
Quais são seus hobbies?
Trabalhar e ajudar as pessoas é minha melhor e maior diversão. Quando não estou trabalhando, estou com minha família ou contribuindo com as causas do associativismo e do voluntariado.
Um sonho profissional e pessoal ainda não realizado.
Profissional: investir em novos nichos de mercado; Pessoal: morar um tempo fora do país.
É de qual país a sua gastronomia preferida?
Italiana.
Pra você, família é...
A base de tudo, meu porto seguro.
A escrita como refúgio e
fonte de autoconhecimento
Por Kelly Garcia
Neste domingo, trazemos um pouco da trajetória da escritora cearense Carla Paiva. Tendo como referências Clarice Lispector e a Nobel Annie Ernaux, a autora lançou neste sábado seu terceiro livro, "O Canto da Estrela Dalva", seu primeiro romance, publicado pela editora Patuá.
O enredo tem como cenário a cidade de Iracema no ano de 1922, marco de uma grande seca. A história nasceu a partir de um causo contato por alguém que ouviu de seu pai uma história que aconteceu em Iracema e deixou rastros de mistérios pelos anos. Como maneira de usar a literatura para eternizar o que foi dito, este romance envolve assim como nos faz refletir sobre a força avassaladora de nossas escolhas.
Venha conhecer mais sobre ela no nosso perfil.
Desde quando você se percebeu como escritora?
Ainda muito cedo. Comecei a ler aos seis anos e, junto com a leitura, veio a escrita. Gosto de pensar que, na verdade, a escrita nasceu comigo, no dia em que meus olhos despertaram para o mundo.
Eu escrevia inicialmente cartas e diários, era uma escrita tímida e pouco lida. Aos dez, lembro de escrever pequenas histórias fantásticas, que giravam em torno dos livros de lendas que eu lia na escola. Os meninos da vizinhança adoravam ouvir meus textos, e em muitas das nossas brincadeiras, as minhas histórias faziam parte do nosso imaginário.
Teve mais dor ou prazer nesse processo de assumir sua escrita?
Dor. A minha timidez vendou meus olhos por muitos anos para que eu pudesse vir a me assumir escritora. Eu sempre escrevi e a escrita é o refúgio que busco quando o mundo está pesado demais ou quando eu própria não consigo me auto compreender. Ainda assim, tornar-me escritora e sair da bolha não foi um processo fácil, embora tenha sido catártico em minha vida.
Você escreve poesia e outros formatos de textos poéticos. No entanto, O Canto da Estrela Dalva é o seu primeiro romance. Como foi o processo de escrita? E como surgiu a ideia?
Gosto de afirmar aos meus amigos escritores e leitores que “O canto da Estrela Dalva” é minha obra poética mais longa, porque mesmo em prosa, há traços fortes de poesia que eu, quando poeta, jamais poderia abandonar.
A história surgiu através de uma conversa entre familiares. Sempre gostei de ouvir sobre causos, principalmente quando se trata do sertão; e, naquela noite, ouvi sobre uma história que tinha ocorrido em meados dos anos de 1922, na cidade de Iracema, interior do Ceará.
A história dizia o seguinte: Em um certo dia, ao abrirem uma vala comum para enterrar uma senhora que morrera na véspera, o coveiro da cidade se deparou com um corpo identificável, e que, no meio de seu crânio havia um prego caibral. A cidade, dizem, entrou em total assombro, pois ninguém sabia quem era o morto e quem havia feito tal coisa. Isso foi o suficiente para aguçar minha curiosidade de escritora e, por alguns meses, pesquisei na cidade e seus arredores sobre essa história, descobrindo outras muito semelhantes. Assim, nasceu O canto da Estrela Dalva, que, julgo importante dizer, não limita-se apenas a esta história, mas que vai afundo em questões do nosso próprio ser.
O que os seus leitores devem esperar dessa nova obra?
Um compilado de fortes emoções. Na obra O canto da Estrela Dalva, conheceremos Aparecida, uma jovem sertaneja que vivencia a seca com olhos esperançosos. Julgo esta uma história essencial para conhecermos não somente o sertão-lugar, mas o nosso próprio que por vezes é árido, mas que sempre há esperança de inverno.
Você já autopublicou algum de seus livros? Como é se reconhecer como autora independente? Quais os desafios?
Todos os meus livros foram publicados por editora, mas sim, conheço algumas das minhas colegas escritoras que fazem publicações independentes de suas obras. Ser escritor nos dias atuais é mesclar com outras demandas, algumas delas bem exaustivas, e confesso que admiro muito quem se propõe a publicar independente.
Como você se inspira para criar?
Não há objeto de maior inspiração do que a vida. Vivo constantemente observando suas nuances, trazendo pequenos fragmentos, sensações, percepções. O que escrevo, de certa forma, é a extensão do que já viveu em mim por anos e anos de maturação.
Quais são suas referências na literatura?
Para os clássicos: Clarice Lispector, Silvya Plath, Dostoiévski, Annie Ernaux, Florbela Espanca, dentre tantos outros que falta espaço para ser citado.
Na contemporaneidade, leio: Naiana Iris, Léo Prudêncio, Renato Pessoa, Karine Vasconcelos, Lisiane Forte, Carla Guerson, Luciana Braga e outros mais que infelizmente falta espaço para citá-los.
Nos indique um filme, um livro e uma série.
Uma série: Friends
Um filme: A trilogia Before
Um livro: O acontecimento, Annie Ernaux.
Fisioterapia e cuidado para
recuperar a auto estima dos pacientes.
Por Kelly Garcia
Trazemos essa semana o perfil de Olavo Ximenes Júnior, com mais de três décadas de atuação na recuperação de lesões em tecidos. Na sua rica experiência, atendeu a pacientes queimados e se apaixonou por cuidar e transformar em belo o que não estava tão aparente, para enfrentar o convívio social.
Também trabalhou com reabilitação em geral, hospital, cardiorespiratório e traumaortopédica. Depois, começou a atuar em reparação, traumas faciais e excessos de tratamentos estéticos. Também é acupunturista, fisioterapeuta dermatofuncional, palestrante em congressos nacionais e internacionais e membro acadêmico do maior congresso de estética do Brasil ( estética In ).
De certa forma, os caminhos da família lhe encaminharam para os cuidados com a pele, mesmo na fisioterapia. Sua mãe, Sirliane Ramos, apesar de ter sido estilista, coordena grupo na Cosmetologia. O médico cirurgião plástico Erfon Ramos foi outro dos grandes encorajadores para que Olavo Ximenes Júnior seguisse para ministrar palestras em sua área específica.
Hoje, Olavo Júnior também atua na área acadêmica, onde está há 25 anos, lecionando na graduação e pós-graduação na área da fisioterapia e terapia ocupacional, onde também coordena esses cursos.
O que o levou a escolher a sua área de atuação?
Eu despertei para a área ao sofrer um acidente na adolescência. Tive várias fraturas em uma das pernas por conta disso. Depois, na época da Universidade, me encontrei, ao levar alívio para os pacientes com queimaduras e traumas faciais diversos.
Qual foi (ou é) o maior desafio que encontrou ao longo dos anos na sua carreira?
Os desafios encontrados foram verdadeiros estimulantes para vencê-los, com muito compromisso e profissionalismo, pois trabalho nos três turnos, mas sempre atendo com disposição e carinho aos meus pacientes.
Qual é a maior busca dos seus pacientes?
Atualmente, sou bastante procurado para dar uma melhor funcionalidade à face e ao corpo, assim como deixá-los mais jovens e com uma aparência mais harmônica. Muitos tratamentos reparadores também proporcionam um melhor convívio social ao paciente, já que ele se sente mais à vontade, estando com uma aparência mais jovial e com mais autoestima.
Como você lida com as expectativas e medos dos seus pacientes? Qual é a sensação de conseguir chegar a um resultado esperado por eles?
Lido com os medos e expectativas dos pacientes não entregando tratamentos fantasiosos e sim pautados na ética profissional; tenho amor ao que faço, mas também o cuidado de não pensar apenas em vender tratamentos. Minha missão é cuidar do paciente de forma integra e consciente.
Quais os procedimentos que estão em alta?
Após a pandemia, ocorreu muito envelhecimento facial de várias formas. Por isso, hoje todos querem se cuidar e rejuvenescer a face, assim como cuidar das alterações corporais, melhorar o semblante facial (a calma). Enfim, cuidar do corpo, mente e espírito.
Você falou que, infelizmente, muitos procedimentos estéticos tem gerado problemas permanentes nos pacientes. Quais seriam esses problemas? No que a fisioterapia dermatofuncional pode ajudar?
São procedimentos estéticos que não tiveram o resultado esperado. São os famosos “exageros”, que estão oferecendo aos clientes. Sinto-me grato ao estabelecer esta reabilitação dos que estão aflitos com resultados inesperados. Dessa forma, meu mundo de cuidados se ampliou para os cuidados estéticos, como uma maneira de melhorar tudo o que o paciente acredita não estar bem na sua face e corpo, mas de forma não agressiva. Infelizmente, as pessoas estão esquecendo do limite e este precisa ser respeitado para não gerar deformações, principalmente faciais, as quais nem mesmo o mais próximo ao paciente terá coragem de falar. Faço aqui um alerta sobre o uso de toxina botulínica para pessoas jovens sem marcas estáveis, asssim como os preenchimentos labiais, os quais levam a um envelhecimento mais rápido, devido ao vai e volta do volume (hoje, temos com tratar).
No que a sua experiência como professor universitário e coordenador do curso de Fisioterapia da UniNassau tem mudado a sua forma de ver o mundo?
Minha experiência como professor e coordenador me ajuda a saber lidar com várias pessoas e emoções diferentes. Hoje, sou um ser humano bem mais compreensivo.
Como você atua no pós-operatório de cirurgias plásticas?
Fui pioneiro no Ceará nos pós-operatório em cirurgias plásticas, estéticas e reparadoras. O cuidado - uma palavra que sempre coloco em primeiro plano e deve ser continua em nossa vida profissional.
O pós operatório em cirurgia plástica deve ser cuidado, respeitando os dias iniciais em que a pele está sofrendo um processo inflamatório, para que, em média de 8 a 10 dias, a sua reabilitação possa ser iniciada de forma segura e sempre com cuidado de não utilizar aparelhagem que proporcione calor e manobras bruscas, pois o tecido está descolado por até 21 dias.
Quais novidades você tem trazido para os seus pacientes?
Prefiro opções terapêuticas de forma mais natural, sem precisar de preenchimentos desnecessários. A técnica colabora muito para estimulação do novo colágeno, com o uso de PDRN e exsossomas, que realizam uma reparação eficaz da pele, consequentemente, rejuvenescendo naturalmente. Também oferecemos a primeira criofrequência e radiofrequência ablativa não invasiva do mundo. Possuimos tecarterapia, radiofrequência, criotecarterapia, criofrequência, criofrequência fracionada e radiofrequência fracionada, tudo isso em um único equipamento de criofrequência, que possui seis terapias diferentes, além de ser o primeiro a ter criotecarterapia no Brasil.
O nosso equipamento já tem 44 protocolos programados, podendo ser utilizados para tratamentos faciais, corporais e íntimos.
Quais os seus hobbies?
Caminhar e correr na areia da praia, assim como tomar um bom banho de mar.
Qual o seu santo de devoção? Como alimenta a espiritualidade?
Minha espiritualidade segue sempre com meu Terço Mariano e a devoção a Nossa Senhora. Sempre trago Jesus em meu coração e em minhas conversas e à noite, reflito sobre as cinco chagas de Jesus Cristo. O dia todo converso com o nosso Pai maior.
Como recarrega as energias, diante de tantas atividades?
Recarregar as energias é ficar em casa desligado de qualquer compromisso. Uma dica: cuide de seu intestino que, consequentemente, isso ajudará na beleza de sua pele. Tente elevar seu espírito por alguma forma de amor que é o Dom Supremo. Bênçãos a todos.
Quando o luxo e o artesanal
se unem em prol da elegância
Por Kelly Garcia
Dona de um estilo único e cheio de encanto, Almerinda Maria começou sua história nos anos 1980. Filha de costureira, sempre teve essa profissão como vocação e dedicou-se a resgatar a cultura nordestina e a transformá-la em moda. Hoje é um dos nomes mais lembrados no handmade fashion e uma das designers mais respeitadas do país.
No início, fazia seus trabalhos artesanais com a renda de bilro, depois com o bordado richelieu e o crochê. Com o passar do tempo, sentiu a necessidade de utilizar um material que pudesse ser associado à alta-costura e optou por criar peças em renda renascença. De lá para cá, passou a ser sinônimo de luxo, tradição e sofisticação.
Vem conhecer um pouco mais sobre ela e sua marca na entrevista da semana.
Como você se encontrou com esse universo da moda? Chegou a ter outras profissões?
Desde pequena, via minha mãe costurando e já queria aprender como ela fazia. Eu adorava ficar observando ela e fui aprendendo algumas técnicas de como fazer aquele ofício.
Como surgiu a marca?
A marca surgiu como o início da realização de um sonho em ter minha marca e fazer minha clientela. Comecei com uma boutique com roupas trazidas do Sul e Sudeste e, ao longo dos anos, fui sentindo a necessidade de produzir algo meu.
De que forma aconteceu a expansão para o mercado nacional e internacional?
Foi de maneira orgânica. Minhas clientes indicavam as amigas e assim fui ficando conhecida em Fortaleza. Alguns convites surgiram para grandes eventos, dentro e fora do Estado e, assim, a marca foi se tornando mais e mais visada, pelo produto que acabou se tornando um diferencial por unir sofisticação, tradição e modernidade.
Como você percebeu o potencial do nosso artesanato e a sua conexão com a alta costura?
Acredito que o artesanato nunca sai de moda. Às vezes, pode parecer comum, mas percebi que posso juntar o tradicional com o moderno sem perder a essência. Tudo isso foi se mesclando e cada vez mais fui percebendo o quão grandioso seria dar uma nova roupagem aos elementos tradicionais e fui desenvolvendo peças diferenciadas.
Qual o perfil das mulheres que vestem um modelo de Almerinda Maria?
O perfil da minha cliente é formado por mulheres que não tem medo de inovar, mas que também gostam de tradição, sem perder a elegância e sofisticação.
De que forma você pesquisa as tendências para a sua marca?
Muitas vezes, me baseio em algumas tendências, em plataformas de tendências. Uso alguns elementos do meu gosto pessoal e conto também com o auxílio da minha equipe de estilo. A opnião das minhas clientes também é fundamental para desenvolver as minhas criações.
Aonde o teu trabalho como empreendedora já te levou? Você imaginava chegar aonde chegou?
Meu trabalho me proporcionou muitas conquistas, mas minha maior conquista é fazer o que gosto e proporcionar satisfação às minhas cientes. Sempre imaginei que fazendo o que gosto podemos chegar longe, sou grata a Deus por tudo que conquistei e tenho conquistado até hoje.
Quais os seus hobbies?
Gosto de estar casa com minha familia e gosto de viajar com meus amigos.
Como cultiva a espiritualidade?
Minha fé é fortalecida diariamente. Gosto de pensar que todos os dias aprendemos um pouco, até mesmo com as dificuldades da vida, e sinto que minha fé se fortalece cada vez mais em algumas situações.
Nos indique um livro, um filme e uma série.
Bom, não sou muito de assistir filmes ou séries, mas um dos poucos filmes que assisti e gostei foi À procura da felicidade,. Um dos livros que tenho hábito de ler é a Bíblia Sagrada, que me ensina e me guia sempre, além de contribuir para minha fé, que é minha base em tudo que faço.