PERFIL SEMANAL

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Estilismo à serviço do belo,

mundo afora

Vale a pena ver de novo

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada da vez, no Perfil Semanal é a bela e talentosa estilista Fernanda Franco. Pós graduada na Esmod-Paris, tem experiência de quase 20 anos em alta costura (noivas e festa). Trabalhou por dez anos com sua mãe, Naura Franco, e criou seu próprio Atelier em 2010. 

 

Em 2016, foi morar em Montreal, no Canadá, ingressando na equipe do Cirque du Soleil. Por lá, trabalhou com Nancy, da Les Noces Couture, a melhor estilista do Canadá e ainda fez um modelo para a primeira-dama daquele país.

Hoje, com a reabertura do Atelier, há um ano, voltou a fazer a alegria das noivinhas e de muitas mulheres que precisam de trajes de festa.  Com projeto de outro produto saindo em breve do papel.

 

Entre os programas em família, em especial com o filho Gabriel, adora ir para a casa de praia e praticar kitesurf. Confira uma conversa sobre moda e realizar sonhos!

1- O que aprendeu lá fora como estilista?

A diferença de ser estilista aqui e fora do País é que lá você tem que colocar a mão na massa. Não adianta fazer lindos desenhos sem saber como executá-los. Por várias vezes, no Cirque du Soleil, tive que montar e costurar, pois não estávamos conseguindo chegar no produto final, como o desejado. 

 

2 - Quais são as principais diferenças e semelhanças em termos de público, logística e fornecedores?
Do que sentiu mais falta quando estava fora?

Na vida pessoal, da familia e dos amigos. No profissional, o calor humano de meus clientes que tornavam-se amigos. 

 

3 - Como foi sua experiência com o Circo de Soleil?

Uma escola enriquecedora, um conto de fadas. Uma alta costura de costumes, tudo sob medida, especial para cada artista.

 

4 - Como descobriu a paixão pela profissão?

Nasci dentro de uma confecção com minha mãe como a maior culpada dessa paixão. Trabalhei com ela desde os 16 anos e, com isso, fui fazendo meu nome. O reconhecimento profissional aumentou essa paixão. 

 

5 - O mercado de roupas de noivas é muito concorrido em Fortaleza? Qual mudança você notou nos últimos anos?

Sempre foi concorrido, mas não são muitas pessoas que continuam por muito tempo. Lidar com o produto "vestido de noiva" requer disciplina, responsabilidade e muito esmero. Somos psicólogas de nossas clientes.

 

6 - Você costuma usar materiais de fora nos seus vestidos?

Muitas vezes, sim, mas não é necessário ser importado para fazer um lindo vestido. Temos matéria-prima nacional muito boa.

 

7 - Como está trabalhando no momento? 

Eu faço vestidos para noivas, 15 anos, vestidos de festa e formaturas.

 

8 - Como faz para administrar o tempo entre família e profissão?

Sou bem disciplinada, não procuro levar trabalho para casa. Então dá tudo certo.

 

9 - Quais os desafios que superou no início da carreira?

Fui muitoooooo sortuda, o nome da minha mãe ajudou muito sim, mas as pessoas já me conheciam e conheciam meu estilo, então facilmente vieram ao meu atelier.

 

10 - Quais os seus hobbies?

Velejar no período de vento. 
Tomar vinho com meu namorado e conversar.

 

11 - Para onde gosta mais de viajar? Qual o lugar mais lindo que já visitou?

Para a praia. A casa de praia é o meu refúgio. Internacional, o Lago do Garda, na Itália.

 

12-Nos dê uma dica de série e de filme

Série: As Telefonistas
Filme: Milagre da cela 7

 

13 - Pra você, família é...

A base de tudo, a prioridade da minha vida.

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Menina prodígio na

escrita de histórias fantásticas

Por Kelly Garcia

Aos 23 anos, a escritora e estudante de Direito, Lara Vainstok, tem visto seu sonho se tornar realidade. Após a publicação do seu primeiro livro, “A Busca de Ella”, lançado em formato de ebook na Amazon, Lara lançou “Castelo de Areia”, na XIV Bienal Internacional do Livro do Ceará e esgotou duas tiragens. Agora, apresentou o livro para todo o Brasil na Bienal do Rio de Janeiro. Essa obra é a primeira da trilogia Escolhidos, pertencente ao gênero de fantasia. Vem conferir com a gente essa conversa leve sobre inspiração e como realizar os sonhos na escrita.

Você passou dez anos escrevendo Castelo de Areia, seu livro de estreia. Como a escrita teve início em sua trajetória?

Eu já queria trabalhar com criação desde pequena. Quando sonhei com um castelo de areia, soube que aquela história precisava ser contada. Foi com a passagem dos anos que ela cresceu pra uma trilogia.

 

Como se inspirou para criar essa história em específico?

Eu estava completamente empolgada com Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes, Nárnia, Maze Runner... Na época, a gente não tinha nacionais atuais de fantasia tão fortes, mas tenho certeza de que Turma da Mônica teve seu papel em me inspirar.

 

Como foi para você estrear na Bienal e, de cara, já ter seu livro esgotado e fazendo o maior sucesso? Como foi esse contato com os leitores?

Foi uma surpresa enorme, mas, ao mesmo tempo, eu convivi por tanto tempo com o livro que eu sabia que iria alcançar o coração dos leitores (só não sabia que iam ser tantos).

 

Você participou da Bienal do Rio, uma das maiores do País. Como foram os preparativos? 

Nossa, foi uma loucura. Era tanta coisa pra organizar, mas fico feliz de ver a construção da minha carreira. As minhas expectativas são de estar em contato com os leitores, conversar sobre literatura, assim como foi na Bienal do Ceará. 

 

Já se aventurou em algum outro gênero literário, como a poesia ou mesmo com narrativas mais curtas, como o conto e a crônica? Em qual gênero você se sente mais confortável para criar?

Eu já escrevi um pouco de poesia e alguns contos, mas eu descobri que meu lar são nos romances, nas narrativas mais longas. De qualquer maneira, pretendo me aventurar nas narrativas curtas no futuro. De gênero, eu amo a fantasia. Acho maravilhoso misturar aventura, suspense e drama na história.

 

Quem são os autores que mais te influenciaram na escrita literária?

São muitos, mas, quando eu comecei a escrever, com certeza foi o Rick Riordan. Foi com ele que entendi como criar personagens reais, que abraçam a gente.

 

Além de escritora, você também faz Direito. O seu cotidiano profissional também ajuda na inspiração?

Diria que não inspira tanto quanto em outras carreiras porque a fantasia fica um pouco distante do Direito, mas acredito que o contato com as pessoas sempre nos inspira.

 

Como você se organiza para estar sempre lendo e escrevendo? Tem algum ritual para escrever seus textos?

Como autora e estudante de Direito, comecei compreendendo que nem sempre vamos conseguir fazer 100% de tudo, então minhas metas de leitura são mais pra me guiar do que pra se tornar uma leitura forçada. Pra escrever, gosto de ouvir música épica, assim desligo minha cabeça da realidade.

 

Depois da pandemia, aconteceu um florescer de novos escritores independentes, o que é bastante positivo. Entretanto, como você avalia o mercado editorial hoje? As pessoas continuam resistentes aos novos autores ou você avalia que houve um avanço para diversificar as leituras?

Acho que estamos caminhando, mas, como toda revolução, caminhando com passos lentos. Ainda existem muitas barreiras e é preciso luta pra que isso mude.

 

Você está com algum projeto de livro em preparação? Quer adiantar algo para o nosso público nesse sentido?

Sim! A sequência do Castelo de Areia vem aí com tudo. Como segredinho, as cores do Instagram indicam a próxima capa...

 

Nos indique um livro, um filme e uma série.

De livro, vou indicar Medos Rabiscados, da minha amiga Sofia Osório. De filme, diria qualquer um da Disney porque sou muito fã, mas, dos mais recentes, recomendo Elementos. Nas séries, eu amo Stranger Things e Cobra Kai.

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Dedicação ao Direito e

às boas dádivas da vida

Por Kelly Garcia

A nossa entrevistada desse domingo é a advogada Rachel Philomeno Gomes Juaçaba. Especialista em Gestão Portuária e Negócios Internacionais, tem mais de 20 anos de atuação especificamente na área jurídica. O início de sua trajetória no Direito se deu em Utah, nos Estados Unidos e desde então coleciona vitórias em sua profissão. Na vida pessoal, curte o tempo livre entre seus dois amores, o marido, o médico Carlos Juaçaba e o filho, já independente, além das leituras e filmes. Confira uma  conversa leve sobre Direito e recomeços.

Como você decidiu pelo Direito? Era sua primeira opção de profissão nos tempos do vestibular?

Decidi fazer Direito por vocação, logo que finalizei os estudos nos Estados Unidos, em Utah. Passei de primeira. Dessa forma, logo iniciei a faculdade, conciliando os estudos com o trabalho, o que me deu experiência, e aprofundamento. Dessa forma, fui me aprimorando, traçando as estratégias da advocacia voltada para empresas.

 

Você é especialista em gestão portuária e negócios internacionais, com mãos de 20 anos de experiência. Por que optou por essa área?

Busquei especialização no ramo Marítimo e Portuário já após vários anos de formada, por conta dos negócios que me apareciam no escritório, e que me instigavam e requeriam maior conhecimento na área. E dessa forma, protagonizei a criação de uma comissão na OAB, a de Direito Maritimo, Portuario, Aeroportuario e Aduaneiro, a qual presidi por duas gestões. Atualmente, fui nomeada presidente da Comissão de petróleo e gás da OAB-CE, comissão também criada por minha sugestão na Ordem, além de atuar como conselheira estadual naquela instituição.  Gradativamente, tenho ativado os demais ramos de atuação em meu escritório,  nessa fase pós-pandemia, que tem demandado muito trabalho de organização.

 

Como é a sua rotina? Como faz para conciliar tantas atividades?

Concilio o trabalho com as atividades domésticas, além da rotina no escritório, com os meus clientes. Além disso, invisto meu tempo no meu novo casamento, ao lado do médico Carlos Juaçaba e me divertindo com o meu filho, já independente.

 

Que conselho você daria para quem está começando a cursar a graduação em Direito?

Pra quem está iniciando, meu conselho é: Uma boa dose de criatividade, intuição e a busca por aprimoramento são essenciais na profissão. Nunca deixar de estudar!

 

Quais os seus hobbies?

Meu hobbie é a leitura, além de bons filmes.

 

O que considera o segredo do sucesso na sua área? E quais os planos para o futuro?

Na área do Direito Marítimo e Portuário, o engajamento com outros profissionais do ramo é essencial, assim como o conhecimento das terminologias diferenciadas, da lingua inglesa, e tratativas da área. Estaremos junto com a ESA, buscando ofertar cursos nessas áreas, fundamentais ao desenvolvimento.

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A modernidade e a tradição

no design de jóias autorais

Vale a pena ver de novo

Por Kelly Garcia

A designer Sandra Pinheiro, formada em filosofia e arquitetura, acredita no poder e na força das Mulheres, que por meio dos diferentes estilos de vida e nuances guiam a arte. Precursora da joalheria autoral no Ceará celebra duas décadas de sucesso. 


Com olhar visionário, ela criou sua marca homônima na capital cearense com foco em vestir mulheres determinadas, de bom gosto e que buscam versatilidade para diferentes momento do dia e ocasiões.


Sempre pensando no futuro, Sandra Pinheiro acredita que, para preservar o DNA da marca e garantir sua identidade, eé preciso participar de todo o processo de produção das joias com a mesma paixão e compromisso. Desde o desenho, a definição das formas, pedras e cores, tudo tem seu olhar apurado e bom gosto. Dessa forma, Sandra acredita que o momento atual é propício para uma maior valorização e ressignificação das joias.

 

Confira uma conversa leve sobre moda, design e propósito de vida.

Sabemos que a loja de joias era um sonho antigo seu e que tudo começou ainda nos seus tempos empreendendo na decoração. Nos conte um pouco sobre esse início.

Ser mãe era meu sonho, como o de muitas mulheres. A maternidade é transformadora e um momento de muitas mudanças na vida de qualquer mulher, e com o passar dos anos, chegam também muitas responsabilidades e novos desafios. Quando meus três filhos cresceram, percebi que era hora de voltar a se preocupar comigo e com minha vida profissional. Comecei minha trajetória empreendedora com a loja de decoração Emporium Casa, comercializando objetos que eu mesma garimpava em minhas viagens, outra paixão. Em certo momento, montei um corner num pequeno espaço na loja com algumas joias, e para minha surpresa, foi um sucesso. E, com o passar do tempo, a demanda foi crescendo. Fui aprendendo cada mais sobre joias, e como não conseguia encontrar peças do jeito que eu queria, comecei a desenhar os meus próprios modelos. Daí surgiu a ideia de criar a nova marca, especializada em joias, a Sandra Pinheiro Joalheria.

 

Quais os principais aprendizados que você teve durante todos esses anos no mercado? Hoje, o público é mais seletivo?

Empreender não foi uma tarefa fácil. Foi preciso coragem, determinação e persistência. Com a chegada de bons resultados, comecei a investir em conhecimento, fiz cursos de design e criação, li muito sobre produtos, materiais e investi em pesquisa de tendências e comportamento, enfim... fui me preparando para ter um melhor desempenho como empreendedora. Também foquei em ter uma boa equipe, pois não fazemos nada sozinhos, e hoje me orgulho do meu time. Celebrando duas décadas, percebo que o público é bem mais seletivo, diversas alterações no mercado também influenciaram a mudança no comportamento do consumidor, e a tecnologia foi um fator importantíssimo para essa transformação. Mudou não só a relação de consumo, mas a forma como nos comunicamos. A internet reduziu essa distância. Com um clique, o consumidor compra um produto a centenas de quilômetros e o recebe no conforto de sua casa. Por isso a importância de investir no digital e em redes sociais é fundamental, além de compreender de que forma meu produto estará preparado para suprir os desejos e as necessidades dos meus clientes.

 

Você também atuou na decoração de interiores. Essa área chegou a influir em algo na sua trajetória como designer? Qual era o seu sonho de profissão na infância?

Com certeza minha experiência na minha loja de decoração, Emporium Casa, influenciou a minha trajetória na joalheria, pois o design sempre esteve presente em todas as áreas e em todos os elementos que eu buscava para atender meus clientes. O design trabalha inovação, identidade, comunicação e qualidade. E com toda bagagem que adquiri observando o mercado, não foi difícil investir na minha nova profissão. Sempre pensei que seria arquiteta, por isso fiz a faculdade, porém a vida me apresentou novos caminhos, mas tenho certeza que minha formação foi fundamental para que minha trajetória fosse bem sucedida.    

 

Na sua opinião, qual o principal diferencial da Sandra Pinheiro Joias?

Minha criação é autoral, pois eu acredito que a exclusividade é muito importante para o mercado de alto luxo. Meu desafio é conhecer muito bem meu público pois isso é de suma importância para surpreendê-lo.

 

Como se inspira para criar as coleções?

Busco inspiração nas minhas paixões: a família, a moda, as viagens e a história da arte, para criar e inovar a cada peça.

 

Quais suas principais referências como empresária e designer?

Minha primeira e principal referência é minha mãe, Rosele. Muito orgulho da mulher fantástica que ela é. Admiro também Luiza Trajano e sua incrível trajetória como empresária e empreendedora social de sucesso. Marcas de joias que admiro: Tiffany, Bulgari, Cartier e Van Cleef & Arpels.

 

Como cuida do corpo e da mente? Quais seus rituais de beleza e para manter a serenidade? Quais os seus hobbys?

Eu acredito no equilíbrio entre necessidades físicas e mentais, fundamental para garantir nossa qualidade de vida. Atualmente, frequento a Clínica Mundo Akar onde participo de terapias para meu equilíbrio físico, espiritual e mental. Meus rituais diários são simples, faço meus treinos na academia, procuro ter uma alimentação saudável, bebo bastante água, tento manter o meu sono equilibrado e não pode faltar o lazer, viajo sempre que posso, curto muito meus netos que me proporcionam momentos maravilhosos... enfim, pra mim, ser feliz é o que me mantêm leve e viva!

 

Gosta de ler? Qual o livro mais recente que leu? E o filme? Nos indique uma série.

Livro mais recente que eu li: Contos Mágicos – A verdade escondida em cada um de nós
(Emanuela Gomes)
Filme: Simplesmente Complicado (Direção Nancy Meyers)
Série: Emily em Paris, gostei muito pois é bem leve e tem muita informação de moda.

 

Como cuida da espiritualidade? Tem algum santo de devoção?

A reflexão da espiritualidade é o primeiro passo para encontrar seu próprio lugar no mundo. Ser grato, praticar o perdão e a oração são meus pilares. Meu santo de devoção desde muito jovem é Menino Jesus de Praga.

 

Quais os seus projetos profissionais para o futuro?

Quero criar metas audaciosas; Não quero ter medo de inovar, calculando os riscos; Pretendo criar novos produtos que sintetizem minha identidade; Trabalhar com propósito; Valorização da diversidade, saúde e bem-estar; O empreendedorismo é, também, um lugar de empoderamento feminino e na Sandra Pinheiro somos todas mulheres, e me orgulho disso!

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A gastronomia como

vocação e paixão pra vida toda

Por Kelly Garcia

Lia Freire é pura energia e criatividade na gastronomia e no empreendedorismo. Apesar de ter percebido muito cedo que seguiria pelo caminho da gastronomia, também cursou economia e tem experiência em gestão operacional. À frente da Barbras Gastronomia, seguindo os passos de seus pais que começaram a empresa a mais de 60 anos . Apaixonada por conhecer as culturas e saberes culinários do mundo, suas muitas viagens servem não apenas para entreter e descansar, mas para aprender mais sobre sua profissão. Conheça mais sobre Lia Freire.

Como surgiu seu interesse pela gastronomia? Teve alguma relação com sua mãe? Já brincava com isso na infância?

Desde muito pequena já gostava da cozinha. Minha avó materna foi uma fonte de inspiração e me ensinou muitos dos fundamentos que uso até hoje e minha mãe foi a minha bússola!

 

Quando percebeu que isso seria sua profissão? Quais cursos fez para se especializar?

Muito cedo, mas fiz Economia e não demorou muito para me identificar com gestão operacional e, com isso, ficou claro que gastronomia seria o sentido da minha carreira. Para isso, precisei me qualificar aqui no Brasil e no exterior. Em São Paulo, Paris, Barcelona, Madrid, Lisboa e New York. Cursos de fundamentos clássicos da cozinha, elementos essenciais de uma cozinha de qualidade, entre tantos outros. Ao longo de  37 anos de vida profissional, pude ter o meu alicerce em várias escolas. Com isso, coleciono comigo conceitos, conselhos, fundamentos e dicas dos mais preciosos chefs. Devo muito a eles que sempre compartilham o que sabem para ver seguir adiante seus conceitos.

 

Você consegue viajar e não fazer pesquisa de campo? Como alia as duas coisas? Quais as descobertas mais interessantes que já fez nessas viagens?

Impossível viajar e não fazer pesquisa de campo. Não fica difícil aliar as duas coisas, pois a gastronomia encanta, diverte e através dela conhecemos a cultura e costumes locais e isso enriquece a viagem. Sobre as descobertas, cada lugar tem seu encantamento, mas Porto e minha última paixão  me surpreendeu muito, pude conhecer um vinho com um mosto de uvas cultivadas no vale do alto e outra entre pedras, deu um resultado que nunca esquecerei. E um momento especial mais recente foi fazer curso com dois chefs que eu admiro muito Juan Mari Arzak e o seu fabuloso Arzak e Andoni Luiz Anduriz com seu fantástico Mugaritz os dois em San Sebastián na Espanha experiências que aqueceram a personalidade da minha cozinha.

 

Como surgiu o projeto Barbras Gastronomia? Quais serviços vocês oferecem? Qual o diferencial de vocês?

Segue dando continuidade o que meus pais começaram a 55 anos. Fazemos um trabalho que está além de fazer festas, nosso propósito e realizar sonhos e encantar os mágicos momentos da vida.

 

Qual é o carro chefe do Barbra's Gastronomia? 

Nossas mesas delicatessens  sempre fazem a diferença nas festas. São as queridinhas dos nossos serviços.

 

Como faz para estar sempre atualizada na gastronomia?

Pesquisar sempre, viajar e estar conectado com o novo e o clássico.
    

Você gosta de mesa posta nas suas refeições do dia a dia? Como vê a importância da comunhão das refeições no cotidiano?

Sim, a refeição é o momento de compartilharmos o tempo mais precioso com quem gostamos. À mesa, temos a comida, a bebida, mas com uma mesa bem posta temos afeto, carinho e respeito. São ingredientes imprescindíveis a uma refeição.

 

Você professa alguma religião? Tem algum santo de devoção?

Sou católica, mas fundamentalmente sigo Jesus Cristo. Meu santo querido é Padre Pio e sou devota de Nossa Senhora das Graças. Mas, há alguns meses, iniciei o estudo da Kabballah que me faz buscar mais sabedoria para estar mais próxima de Deus.

 

Qual o saber culinário que mais admira na gastronomia mundial? Qual o seu prato preferido?

As mais soberbas criações são bastante simples. O mais fascinante é que o mundo está em busca do essencialmente simples, fresco, leve e sustentável. Sobre o prato preferido, eu não tenho, sempre que crio algo novo, sinto que podemos viver uma experiência diferente, isso é delicioso, saber que temos muitas possibilidades e estarmos sempre em evolução.

 

Quais os seus hobbys?

Leitura, colecionar livros de gastronomia, cinema, teatro, cozinhar com amigos e viajar.

 

Qual o lugar mais incrível que já visitou?

Acredito que sempre vemos coisas incríveis, podemos ir várias vezes a um lugar mas sempre iremos nos surpreender. Mas Giverny, na França, foi um lugar que me marcou, os jardins de Monet, os quadros vivos.

 

Pra você, família é...

A base e referencial de vida. Somos a essência de tudo se estamos unidos e fortes.

 

Que lições valiosas aprendeu na profissão e  que aplica a outras áreas da vida?

Minha profissão é fascinante, todos os dias podemos criar algo novo, precisamos de um time afinado e em perfeita harmonia, todos tem papel vital para que tudo dê certo, isso nos dá a certeza que bons resultados só vem do esforço em conjunto, do entusiasmo, compromisso e muita paixão pelo que se faz.

 

Quem é a mulher que mais te inspira?

Ao longo da minha vida tive algumas mulheres que me inspiraram muito! Minha avó e mãe foram mulheres que admiro muito e foram importantes. Mas tem uma mulher que me inspira muito com altíssimo nível de exigência, com puro refinamento e altíssimo nível de perfeição, sua força, determinação, postura ética, resiliência, firmeza e decência e intuição especial, com isso tudo Graça Dias Branco da Escóssia é a mulher que mais me inspira e me faz ver que fazer o certo te leva a excelência!

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Bom humor e talento para

brilhar nos eventos e na vida

Por Kelly Garcia

A nossa entrevistada desse domingo é a empresária e cerimonialista Priscila Cavalcanti, a dama dos eventos imobiliários. Cearense de Fortaleza,  taurina, esposa, mãe, sogra e avó exemplar. Seu "hobby" é brincar de boneca para fazer ação social em prol de crianças que aguardam adoção. Por isso, é curadora da exposição Agulha de Ouro, com 500 exemplares da Barbie.

 

Em sua profissão, assumiu, desde fevereiro, a diretoria de Eventos do Sistema Fecomércio (Sesc/Senac). Também foi fundadora e diretora-geral da Priscila Eventos & Promoções durante 34 anos. É cerimonialista pelo CNCP (Comitê Nacional de Cerimonial Público e Privado), promotora de eventos nos segmentos Social e Corporativo. Ainda cursou Ciências Contábeis na Unifor e Planejamento/Gestão em Eventos na Faculdade Estácio. Tem Especialização em Marketing e Propaganda Turística pela Escola Superior de Propaganda e Marketing em São Paulo.

 

Dinâmica que é, também é corretora de imóveis, escritora e poetisa com vários livros publicados e participação em coletâneas. Vem saber mais sobre essa profissional querida e multifacetada.

Como você descobriu a paixão pelo segmento de eventos?

Gosto de responder dando um viés do humor a essa minha paixão pelos eventos.
Digo que eu vim ao mundo para participar de uma festa. Gostei tanto, que me profissionalizei em toda tipologia de eventos (Sociais e Corporativos), tendo como carro chefe o mercado imobiliário. São 35 anos de atuação com a Priscila Eventos e Promoções, dando ênfase no segmento que mobiliza diversos setores em prol do desenvolvimento de festas profissionais.

 

Você já atuou em outras áreas?

Sim, atuei em outras áreas. Aos 18 anos, passei em um concurso público dos Correios e Telégrafos, no qual passei quase dez anos.
Mas, sempre eufórica, alcei vôos mais altos em outras profissões. Como secretária  executiva, passei por algumas empresas de alto padrão. Nessa época, conheci o Grupo Empresarial Marquise, e lá, ocupei o cargo de chefia do Setor Imobiliário e de Marketing Publicitário. Assim, deixei o casulo, virei borboleta e alcei outros vôos bem mais altos, dando alguns rasantes no segmento de eventos.

 

De que forma os seus caminhos se cruzaram com o dos eventos imobiliários?

O mercado imobiliário cearense me transformou na Dama dos Lançamentos de Empreendimentos Imobiliários de pequeno, médio e grande portes, sendo a intermediária da Construção Civil com os amigos corretores de imóveis. 

 

Como encarou esse novo desafio de estar à frente do cerimonial da Fecomércio?

Adoro trilhar desafios!
Assim, participei do processo seletivo para o cargo que havia sido criado na Federação de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), que é uma entidade sindical que congrega mais de trinta sindicatos, e mais de 150 mil empresas de atacadistas e varejistas. Então, em virtude das demandas, foi criada a Diretoria de Eventos do Sistema Fecomércio CE Sesc Senac, que abrange a meta de serviços internos, como também, de parceria com o terceiro setor, que desempenha um papel fundamental na sociedade, contribuindo para uma melhor qualidade de vida social, educacional e profissional; Lá, me identifiquei pelo caráter de equidade e seriedade diante da humanidade, dos seres capazes de enfrentar as adversidades da vida, que é a eventualidade, digamos, que são as características dos próprios eventos.
Como: comemorações, celebrações, solenidades, festas, campeonatos, desfiles, espetáculos,  shows, conferências e seminários. Assim, vamos ao encontro de todas as tipologias de eventos. Estou muito bem adaptada. Quanto à empresa Priscila Eventos, ela segue no comando do Epitácio Vasconcelos e outros colaboradores.

 

Você é uma apaixonada pelo universo das Barbies. Como começou isso? Você chegou a ter uma Barbie na infância? Como construiu a coleção Agulha de Ouro?

A minha história de vida com a Barbie, é algo muito forte, pois temos a mesma faixa etária. Eu, Priscila, nasci em 3 de maio de 1959 e ela foi fabricada em 9 de março de 1959. Portanto, a Barbie é ainda dois meses mais longeva que eu. Brinquei de bonecas na infância, com a Susi e a Amiguinha. Quem brincou com a Barbie foi minha filha Malu. Mas, devido à globalização cultural, o brinquedo veio a tona mundo afora. E, quando fui completar 50 anos, quis comemorar de forma atraente. Assim, convidei a boneca Barbie para uma Ação Social em prol das crianças carentes e portadoras de câncer.
Dessa forma, surgiu a Exposição Agulha de Ouro - Barbie. Começamos com 50 modelos da boneca. Hoje, meu acervo tem mais de 500 exemplares e são 14 anos de dedicação à causa social.
Já estivemos na CasaCor Ceará e diversas vezes no aconchego do Shopping Benfica. 

Como você cultiva a espiritualidade? E o bem-estar?

Ah! Falar da minha espiritualidade é algo fenomenal. Sou uma missionária. Mesmo leiga, tenho uma "koinonia" , digamos, uma comunhão divina com o Senhor Deus,  no sentido de companheirismo com o meu próximo. Sou escritora e poetisa há mais de quinze anos. Também sou membro de quatro academias literárias. Na Acla - Academia de Ciências, Letras e Artes Columinjuba Maranguape Ceará, ocupo a Cadeira  17 e sou segunda vice-presidente. 
Na Aljug - Academia Literária Juvenal Galeno, sou ocupante da Cadeira 44 e Diretora de Eventos; Na Albap - Academia 
Luso-Brasileira de Artes e Poesias, sou ocupante da Cadeira 49 e supervisora de eventos. Já na ACeTur -  Academia Cearense de Eventos e Turismo, sou ocupante da Cadeira número 1, e sou a presidente de honra (cargo vitalício). Já estou na minha terceira obra literária editada, e já participei de cinco antologias/coletâneas 

 

Nos fale um pouco sobre a sua história de amor com o Epitácio.

Minha história de amor com o Epitácio é bonita, ele é meu terceiro matrimônio, somos a casa e o botão, somos também, água e vinho misturados, o que nos mostra às vezes o sacrifício de saber bem viver. Até discordamos de alguns assuntos, mas o nosso amor é sem fim. São mais de três décadas de união, de amizade, realmente é um amor sem fim.

 

Quais os seus hobbies?

Ah! Meus hobbies! Em primeiro lugar, escrever diariamente crônicas, resenhas, poemas, tautogramas, poesias e ladainhas. Ah! E fazer coleção de pisantes (sapatos) já perdi a conta de quantos tenho.

 

Na escrita, quais as suas principais inspirações? Quais autores mais te inspiram?

Minhas inspirações literárias são muitas, mas vamos enumerá-las: primeiro, meu irmão, o escritor poeta Arilo Cavalcanti Júnior; Minha tia madrinha, Maria Gonçalves da Rocha Leal e meu primo, Abílio Martins. O humor de Ariano Suassuna; O romantismo de Rachel de Queiroz  é o cordel de Bráulio Bessa. 

 

1) Filme: Avatar - O Caminho da Água em cartaz desde dezembro de 2022; 
2) Livro: Turismo Religioso no Ceará de minha autoria e
3) Série: Perdidos no Espaço, assisto até hoje, na minha sala de cinema residencial,  my home theater, tenho toda coleção. Mas na atualidade, A Rainha Charlotte. (Netflix) A realeza que adora seus pets (cachorros) da raça Lulu, ela curte seu animais, fugindo da solidão da solidão a dois.

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Doçura no amor

e no empreendedorismo

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada da semana é Célia Bezerra, dona da receita mais tradicional de bem-casados de Fortaleza. Apaixonada pelo mundo dos doces e eventos desde muito jovem, aprendeu a fazer doces com a sua mãe e a avó. Esse conhecimento, passado de geração em geração, foi a base para sua paixão em levar os melhores bem casados para os eventos dos clientes. Para ela, cada detalhe é cuidadosamente pensado, pois quer proporcionar o melhor em cada celebração.

 

Casada com Jacob há mais de 50 anos, é com ele que Célia divide o cafezinho na padaria, depois da missa aos sábados. Além de viver essa história de amor, é mãe de duas filhas, que trabalham com ela. Confira uma conversa sobre doces, amor e empreendedorismo.

Você atua no ramo dos bem-casados e bolos há muitas décadas. Como tudo começou? Já foi com o tradicional doce?

Desde jovem, eu gosto fazer meus doces. Aprendi com minha vó e minha mãe. Sempre gostei de experimentar na cozinha, mas fazia tudo apenas para minha família. Até que um cerimonialista, que hoje é nosso grande amigo e parceiro, conheceu os bem-casados e nos passou o desafio de encarar os eventos. Bom, desde então, estamos trabalhando isso com bastante dedicação.

 

Como você percebeu que era hora de se profissionalizar?

Quando começaram a aumentar as encomendas. Porque chegou em um ponto em que era necessário aprender novas técnicas e contratar mais gente, dessa forma investindo na profissionalização, para melhor para atender ao público que, claro, se tornou bem maior e merece os melhores produtos.

 

De que forma estuda para se manter sempre atualizada das novidades?

Participamos de eventos com outros profissionais e fornecedores. Minhas filhas estão sempre atentas ao mercado, fazendo viagens e construindo boas relações. Recebemos, também, outros chefs e profissionais em nossa cozinha, ensinando novas ideias. E, por fim, cursos com inovações e técnicas são sempre bem vindos. 

A empresa tem tanto sucesso, que já está na segunda geração. Quais são as novidades para o público?

Em relação aos bem-casados, nossas novidades estão sempre relacionadas com novos sabores. Mas também lançamos os biscoitinhos recheados e, semana passada, uma pequena Linha de Bolos Caseiros.

 

Quais são os produtos queridinhos do público?

Os queridinhos, com certeza, são os bem casados. Foi com eles que iniciamos a nossa trajetória e construimos toda a nossa carreira. 

 

Como faz para manter a qualidade e o sabor, mesmo com tantos anos no mercado?

A gente busca sempre respeitar a qualidade dos ingredientes utilizados nas receitas, mantendo o padrão dos nossos produtos. Também somos muito rigorosos com os equipamentos e a higiene da nossa fábrica. 

 

Quais os seus hobbies?

Gosto de ir à missa com meu marido aos sábados e depois terminar o dia tomando um cafezinho na padaria. Adoro receber minha família para um almoço de domingo e aproveitar uma boa piscina. 

 

Como alimenta a espiritualidade?

Deus, só preciso de Deus para estimular minha espiritualidade.

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Literatura feminina

como missão e propósito

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada da semana é a presidente da Academia Feminina de Letras do Ceará (Afelce), Elinalva Alves. Mestre em Educação Especial e em Formação de Professores pela UECE, é professora aposentada da rede municipal de Fortaleza.

 

Também é especialista em Jornalismo, graduada em História e pertence a academias e associações literárias nacionais e internacionais.

 

Entre as agremiações literárias que faz parte, estão a Academia de Letras e Artes Lusófonas- ACLAL, Rede Sem Fronteiras,  Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno e Academia Fortalezense de Letras – AFL.

 

Também integra a diretoria da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil- AJEB, é vice-presidente – da AJEB Coordenadoria Ceará, é membro honorário da AJEB RJ, associada efetiva do Pen Clube do Brasil. 


Ainda ganhou vários prêmios literários, como os troféus “Cecília Meireles”, “Mulheres Notáveis – categoria especial” e “Carlos Drummond de Andrade”; Comendas; Excelência Cultural e Menção Honrosa.

 

Foi coautora e organizadora em inúmeras coletâneas, autora dos livros: O corajoso Menino torna-se Príncipe na Cidade Luz; Aconteceu em Paris; A Educação da criança com Deficiência Visual, todos em formatos acessíveis.
Confira uma conversa sobre inspiração e literatura.

Como você se tornou escritora? 

Cultivando o hábito de ler. Sou leitora voraz desde os tempos de criança. Quem na vida não escreveu seu diário? Outro fator importante foi o Movimento Bandeirante (MB), nos incentivando a ler e escrever, através de seus princípios filosóficos e método próprio educativo que nos acompanha para toda a vida. Inclusive foi no MB que ganhei o primeiro prêmio com valor pecuniário (Prêmio D. Jujuca Athayde) promoção da Federação de Bandeirantes do Brasil – FBB contemplando uma viagem internacional ao México no Encontro com 126 países, pensando e tratando da questão da mulher para o futuro, em 1988 destacando a preocupação e a vanguarda do Movimento Bandeirante, naquela época. Sim, o MB foi o grande incentivador para eu ser a escritora de hoje. Desde então, escrevo sempre para revistas, coletâneas, livros com conteúdos didáticos, procuro destacar o legado feminino em meus escritos em virtude da condição em que a mulher ficou relegada aos espaços domésticos por imposição social. 
  
De que forma a escrita hoje faz parte da sua vida? 

Através da participação em obras coletivas nas diversas temáticas, em conexão e associada a Academias e agremiações literárias a que pertenço no Brasil e no exterior, rompendo fronteiras com o livro e a literatura.   

 

De que forma os seus caminhos se cruzaram com os da Academia Feminina de Letras do Ceará – Afelce? 

Após o convite da presidente da Afelce, à época a ilustre escritora Argentina Andrade, hoje presidente de Honra da Afelce e também bandeirante para uma conversa sobre inclusão social na reunião mensal no ano de 2011. E lá se vão 12 anos na lida literária, indo a plagas e cenários gigantes, como a Feira do Livro de Frankfurt na Alemanha. Mas, o hábito de escrever é constante desde as atividades escolares iniciais, na graduação, especialização e pós-graduação. A escrita literária, certamente me fez aprimorar o estilo e gênero, por ser prazerosa e envolvente.    

 

Qual o papel da entidade no cenário literário cearense atual? 

Enquanto celeiro produtor desenvolve ações, reúne e divulga a literatura de mulheres, dissemina a cultura, as artes, a história. É guardiã da memória, preservando os acervos exaltando o legado, tesouros de tantas mulheres guerreiras que deixaram um cenário melhor para as escritoras de hoje. É recanto para a reflexão com tribuna livre de preconceitos, preservando nossa língua portuguesa. Igualmente podemos afirmar que a literatura tem função social bem delineada. 

 

As mulheres escrevem de uma forma única? 

Não, e nem devem. Toda escritora tem seu estilo ao narrar seus textos seja por meio do verso ou da prosa e essa variedade da escrita é o que permeia a beleza literária registrada nos livros personalizados ou nas obras coletivas.  

 

O que falta para que elas sejam mais lidas e consigam publicar os seus trabalhos? 

Oportunidade governamental por meio de políticas públicas de acesso à produção literária. Somos guerreiras, enfrentamos barreiras, inclusive, bancamos nossas publicações. Daí a escrita coletiva ser importante e usual, pois, dividimos o custo elevado da produção de livros. 

Quais são as principais ações da Afelce?

Antes de tudo, incentivamos as produções, seja coletiva ou individual, defesa das patronesses (apresentação biográfica e do legado), concursos literários, recitais, palestras temáticas e, Encontros com o Leitor, ação cujo campo e público-alvo, são os alunos das escolas públicas ou privadas, objetivando aproximar e incentivar os estudantes ao convívio com os livros, a leitura e a escrita, diminuindo a distância entre a literatura e o leitor.   

 

Como acontecem as admissões de novas integrantes? 

Conforme emana do estatuto, essa admissão se dá por meio do convite de uma acadêmica que deverá apresentar trabalhos literários publicados ou a publicar e, desejar pertencer aos quadros acadêmicos da Afelce.

 

Qual a importância de uma Academia de Letras para uma cidade?

Preservar e divulgar a língua portuguesa, a literatura brasileira, fomentar a produção literária local, regional e nacional. Produzir pesquisas, conhecer legados de gerações passadas. Usufruir dessa conquista uma vez que o espaço, outrora era primazia masculina dinamizando a vida cultural na participação maciça das mulheres pelo viés literário. 

 

Além da escrita, você também atua em outra área profissional? Qual? 

Sou professora, coordenadora atuante na área da Educação Especial com pessoas e alunos com deficiência visual e outras limitações na Associação de Cegos do Estado do Ceará – ACEC onde coloco meus préstimos voluntários a serviço do outro, essência que cultivo da escola de vida do Movimento Bandeirante: servir ao próximo, sempre.

 

Já pensou em desistir da escrita? Por quê?

Não, a escrita nos conforta a alma, reduz anseios e solidão, embora escrever exija tempo, sigo no sonho de continuar escrevendo, afinal, só se aprende a escrever, escrevendo e consciente de que a escritora, o escritor é um eterno aprendiz. A motivação é porque ela nos faz bem, nos atualiza, tecemos uma rede de amizades, acrescenta conhecimentos, nos leva à pesquisa, amplia nossa visão de mundo. 

 

Qual o recado que você deixa para as escritoras que querem publicar?

Junte-se a nós, a união é força motriz para muitas e salutares realizações. Igualmente, é bíblico: “não é bom que estejamos sozinhos”. 

 

Quais seus hobbies? 

Ler, escrever e viajar mundo afora, nem que seja através dos livros.  

 

Como cultiva a espiritualidade?

Praticando os ensinamentos deixados por Cristo, essencialmente o de amar e servir ao próximo. Reconhecer seu papel no mundo, ser solidário, ter empatia é o primeiro passo para encontrar seu próprio lugar e praticar sua espiritualidade. 

 

Nos indique um filme, uma série e um livro. 

Um filme: A noviça Rebelde; 
Uma série: A Coroa e 
Um livro: o escrito por mim: Aconteceu em Paris.

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Criatividade, classe e elegância para

decorar os melhores eventos

Por Kelly Garcia

Willfridy Mendonça sabe transbordar classe e elegância nos eventos que  abrilhanta com sua decoração. Há duas décadas no mercado, é fácil consultar muitos de seus projetos em qualquer rápida consulta sobre o mercado de decorações de Fortaleza. Ele  insere excelência em tudo que faz e deixa sua marca por onde passa.

 

Além de decorador, Willfridy também é graduado em Administração de Empresas pela Universidade de Fortaleza, desde 1999 e revelou detalhes de sua carreira e sobre como faz para se manter inspirado e atualizado em sua área. Vem ver!

Além de decorador, você também é administrador por formação. De que forma essa graduação veio a acrescentar no seu trabalho?

Me formei em Administração de Empresas pela Unifor e foi de extrema importância para o planejamento, a organização e o gerenciamento de minha empresa. No começo, foi desafiador, mas investi em cursos no Brasil e também  em Paris, Amsterdan e Barcelona, que me deram um diferencial e aprendi técnicas que abriram as portas para o Mercado de Eventos. 

 

Como vc você avalia o atual mercado de decoração cearense? Somos inovadores e diferenciados? De que forma?

Nosso mercado é muito forte e somos altamente criativos, comparando com as outras capitais, principalmente do Sudeste, onde os orçamentos de uma decoração são bem mais elevados. Aqui, nós temos que fazer uma festa com um valor muito abaixo. Porém, o resultado final fica maravilhoso. O decorador de eventos do Ceará tem que ter peças, mobílias e estar em constante atualização com seu acervo. Isto, nas outras capitais, não existe, pois é tudo alugado por empresas especializadas em mobílias, vasos e tudo que será utilizado na decoração da festa. 

 

Quais os desafios que superou no início da carreira? 

Comecei em julho de 2003, exatos 20 anos atrás. Nessa época, o mercado de Decoração de Eventos era muito restrito e fechado. Mas sempre fui muito festeiro, adorava ir às festas sociais e, como conhecia muita gente na área de eventos, foi mais fácil a aceitação. Também, quando viram as minhas decorações (este foi sempre o meu diferencial), foi mais fácil de entrar no mercado.

 

Quais são as suas principais inspirações como profissional? Quais as suas referências? 

Eu sempre gosto de inovar, pesquisar e em minhas viagens, sempre fico atento a algo que possa usar em minhas festas. Tenho um gosto clássico, mas, ao mesmo tempo, gosto de decorações leves, sem muita poluição visual, onde seja possível ver os detalhes, as peças, valorizar os arranjos, seja em um buffet, ou na casa do cliente, em uma praia ou fazenda, onde tudo é mais despojado e posso dar um toque rústico, porém elegante e chique. 

 

Como você elabora um projeto de decoração para os seus clientes?

Primeiro gosto de ouvir, tentar captar ao máximo o que o meu cliente gosta e também o que ele não gosta, assim fica mais fácil de compreender o que ele quer. Depois, faço um projeto em  3D, para ele começar a visualizar o evento juntamente com a empresa de estrutura e iluminação. 

 

Com tanta experiência, certamente você deve ter vivenciado situações emocionantes na sua profissão. Teria alguma para contar pra gente?

Ahh, tive várias! Dá até pra escrever um livro. Já tive uma noiva que descobriu um câncer seis meses antes de casar, começou a fazer a quimioterapia, adiou o casamento por um ano e meio, mas nunca desistiu de casar. Ficamos muito próximos e apoiando neste momento difícil e quando os médicos disseram que ela estava curada, fizemos o casamento dela e foi um dos casamentos mais emocionantes que já fiz. Outro que lembro bastante foi durante a pandemia, quando os noivos pegaram covid-19 e ambos foram intubados, mas depois de uns três meses ficaram curados. Quando fomos autorizados a fazer o casamento, fizemos e foi lindo! 

 

Onde você se inspira para compor os seus projetos?

Eu sempre faço o projeto, estudando a personalidade do meu cliente, seja aniversários, casamentos, corporativos... Com minha experiência, eu capto logo e começo a fazer pesquisas em sites de festas ou até em festas que já fiz e, a cada reunião com os clientes, vamos criando uma parte da festa.

Como gasta as horas livres? 

Eu adoro ficar em casa, relaxar, cuidar das minhas plantas, organizar a casa, ficar com minha família. Às vezes, junto alguns amigos para conversar, tomar um vinho e comer bem! 

 

Qual o lugar mais lindo que já esteve?

Ihhh já fui a vários! Vou dizer três locais que gosto muito: A ilha de São Miguel, nos Açores, foi um dos lugares mais lindos que já visitei, o mar, as montanhas e a vegetação deixa aquela ilha um lugar sensacional. A Toscana pra mim é uma região mágica, dirigir naquelas estradas rurais com aquela paisagem é uma terapia, sempre que posso vou pra lá. Outro local que posso ir mil vezes e acho lindo como se fosse a primeira vez é Santorini, aqueles penhascos com as casinhas brancas e o mar na ilha de Oia É de tirar o fôlego!

 

Como alimenta a espiritualidade?

Gosto muito de ficar em silêncio, principalmente logo ao acordar. É aí que faço  minha meditação diária. Faço minhas orações, planejo todo o meu dia, busco ficar longe de pessoas negativas, fazer o bem sempre e ter Deus em nossa vida e agradecer sempre por tudo! 

 

Tem algum ritual de bem-estar? Como faz para manter a mente e o corpo saudáveis?

Me alimento muito bem durante o dia, mesmo trabalhando com eventos e fazendo várias degustações durante a semana, me controlo pra não comer muitos doces e também nas degustações de vinhos. Tenho uma rotina de exercícios diários justamente para manter o corpo e a mente saudável.  Antigamente, vivia estressado, mas, hoje em dia, consigo controlar mais as minhas emoções, a maturidade me ensinou! Ter uma boa noite de sono é primordial, assim como saber administrar e organizar o tempo e ter pensamentos positivos ja é mais do que meio caminho andado para que tenhamos uma mente saudável. 

 

Nos indique um filme, um livro e uma série.

Um filme que já assisti mais de vinte vezes mas não canso é: Sob o sol da Toscana, de Frances Mayes, passa algo tão bom, leve, romântico e engraçado e com uma pitada de drama! Amo!

O último livro foi a Magia  do Silêncio, da Monja Kankyo Tannier. Esse ajudou-me com dicas, meditações, exercícios e também a diminuir o excesso de informações do nosso cotidiano, vindas de todos os lados, principalmente das redes sociais.

Uma série que comecei esta semana e estou adorando é As Leis de Lidia Poēt, um drama policial  sobre a primeira advogada da Itália.

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Sucesso e experiência na organização

de eventos que fizeram história

Por Kelly Garcia

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Nosso entrevistado da semana é o empresário Pedro Coelho Neto. Homem de negócios com uma excelente visão empresarial, Pedro tem muita experiência com eventos, foi dono das duas casas de shows mais badaladas da cidade. O Fortal, a micareta mais tradicional do Nordeste, promete ser inesquecível nessa edição, que marca as três décadas de fundação. Casado com Larissa e pai amoroso de três meninos, Pedro Neto fala um pouco da sua trajetória, hobbies e outras levezas. Confira!

Você tem muita história na organização de eventos grandes, como o Fortal.

O que o público pode esperar desse grande evento, que completa 30 anos?  

Com megaestrutura e uma experiência inesquecível, o Fortal preparou um line-up de peso com grandes nomes da música baiana que fizeram história ao longo de três décadas do evento que se consolidou como a principal vitrine do axé music fora de Salvador.

Além do corredor, os foliões também contarão com atrações nacionais e locais no Palco Arena, que vai agitar a concentração dos trios elétricos com muita animação do início ao fim da festa. O espaço vai receber nomes consagrados como Timbalada, É o Tchan, Psirico, Tuca Fernandes e muito mais! 

 

E quais as novidades deste ano do cobiçado Camarote Mucuripe?

Para a edição histórica de 30 anos do Fortal, um dos espaços mais agitados do Fortal, o Camarote do Mucuripe preparou um line-up comemorativo com a presença de grandes nomes da música, que prometem fazer a festa dos foliões com muito ritmo, emoção e alegria.

 

Com um line-up que contempla diferentes estilos musicais, os foliões do Camarote Mucuripe vão desfrutar de uma visão privilegiada do percurso dos trios no Corredor da Folia, bem como de ambientes instagramáveis, área gourmet e um completo open bar de Beats, whisky, gin, vodka, cerveja, refrigerante e água.


Qual a sua formação acadêmica e qual os eventos que já realizou?
Administração de Empresas com passgem pela TI.

São mais de 30 anos no setor de eventos, fica difícil relacionar todos os eventos, mas diria que o Fortal e também nesse momento a experiência dos Eventos em Portugal, como o Villamix, tem sido uma das partes mais marcantes.


Como você gosta de aproveitar seus fins de semana?! 

Como o nosso negócio é entretenimento, normalmente, nos nossos finais de semana, trabalhamos. Mas, pelo menos uma vez por mês, vamos para Guaramiranga. Aproveitar a boa gastronomia que Fortaleza hoje desfruta, é também uma ótima opção.


Que tipo de música costuma escutar no cotidiano, como no carro ou em casa, por exemplo?

Sou eclético quanto a música, e como estou sempre em pesquisa nos estilos musicais, ouço de tudo.

 

Qual o lugar mais incrível que já visitou?
África do Sul e a Capadócia.

 

Quais os principais aprendizados que a vida lhe trouxe?
Com Fé, Amor e Equilíbrio, tudo dar certo!

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A importância da Fisioterapia

Pélvica para a saúde da Mulher

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada da semana é a fisioterapeuta Isabelle Siqueira Lima. Apaixonada por Fisioterapia Pélvica e Obstétrica, é formada em Fisioterapia desde 2017, pela UniChristus, pós-graduada em Fisioterapia Uroginecológica Funcional pela Inspirar - Fortaleza; com formação extracurricular em Pilates Contemporâneo, Hatha Yoga, Low Pressure Fitness Nível 3, Linfotaping, Doula, Método Realign - Reabilitação Pós Parto, Avaliação do Assoalho Pélvico e Obstetrícia.

 

Atualmente, auxilia mulheres e famílias no ciclo Gestação - Parto - Pós Parto, realizando o acompanhamento da gestante com foco na redução de dores músculo-esqueléticas, inchaços corporais decorrentes do processo gestacional, incontinência urinária, preparação integral para o parto, exercícios específicos para estabilidade postural e abdominal, como também mobilidade do corpo de forma integral.

 

No parto, ela realiza todo o acompanhamento, utilizando recursos para alívio de dores e posturas específicas para facilitar o encaixe do bebê na pelve e facilitar a fluidez do trabalho de parto. No pós-parto, o foco se volta para a reabilitação do abdome e períneo.

 

Realiza mentoria, presencial e online, para casais grávidos que necessitam de orientações e ampliação de conhecimento para esse momento, a chegada de um novo ser. Atualmente, atende em Fortaleza. (Av. Desembargador Moreira, 1800, loja 28, no Shopping Romcy). Seu refúgio é a vida familiar, ao lado do marido, Breno e do filho, João Pedro. Confira uma conversa leve sobre a saúde da Mulher e a importância do autoconhecimento.

Como se deu a sua paixão pela fisioterapia? E por que você optou por se especializar em Fisioterapia Pélvica e Obstétrica?

A paixão pela Fisioterapia nasceu a partir da estética. Minha mãe é esteticista há mais de 25 anos e, em um momento da minha vida, me aproximei muito desse mundo. Já era graduada em Publicidade e Propaganda,  tinha vivenciado o mercado da comunicação por alguns anos, mas sentia que queria mais realização profissional. Meu coração não batia mais tão forte pela área da comunicação. E, assim, me aproximei da estética, fiz alguns cursos extracurriculares na área e conheci professoras incríveis que me direcionaram para a graduação em Fisioterapia.
Dentro do curso de Fisioterapia, me apaixonei por diversas áreas, mas me encantei pela Fisioterapia na Saúde da Mulher. Acabei me envolvendo em vários projetos da faculdade, sempre me vendo muito na dor de cada uma das mulheres que atendíamos sob supervisão. Pensava: “quero ajudar essas mulheres, conhecer a história de vida delas, me conectar e acima de tudo aprender com cada uma delas.” Ao longo dos anos fui percebendo que tudo que vivo hoje dentro da Fisioterapia Pélvica é o meu propósito.

 

Durante a gravidez, o corpo da mulher se modifica muito. Todas as grávidas precisam realizar os exercícios pélvicos? 

É de suma importância vivenciar a fisioterapia pélvica e obstétrica na gestação, independente da via de parto: se normal ou cesárea. Estar grávida já é fator de risco para o nosso assoalho pélvico, a sobrecarga de um útero gravídico impacta muito na nossa musculatura íntima. É necessário conhecer o novo corpo, suas mudanças progressivas, suas funções e disfunções decorrentes desse momento. 


A Fisioterapia Pélvica e Obstétrica auxilia no processo do autoconhecimento, na redução de dores decorrentes das mudanças físicas na gestação, previne incontinência urinária de esforço, oferece inúmeros benefícios para o trabalho de parto, parto e pós parto dessa mulher. E vale ressaltar que a Fisioterapia Pélvica não trabalha somente com foco na região íntima. Ela aborda o corpo da mulher como um todo, desde a sua consciência respiratória, abdominal, perineal e postural.

 

Quais os riscos de não exercitar essa parte do corpo, especialmente no período da gravidez?

Na verdade, não diria exercitar, mas sim equilibrar a região íntima. Esquecer da região do períneo nesse momento pode gerar disfunções que irão comprometer a qualidade de vida dessa mulher, como: dores na relação sexual, incontinência urinária de esforço, queda de órgãos pélvicos (queda da bexiga, por exemplo), dores pélvicas.


E não podemos esquecer de falar da região abdominal, que se distende no período gestacional para dar espaço ao bebê, gerando uma diástase fisiológica, podendo evoluir para uma diástase patológica. 

Com o passar dos anos, se não houver tonificação, é normal que as mulheres passem a ter flacidez na região do períneo, causando desde desconforto para ter relações sexuais até mesmo a incontinência urinária. Como prevenir? Quais os sintomas que a mulher deve estar atenta?  Isso acontece em mulheres jovens?

A Fisioterapia Pélvica irá auxiliar a mulher em todos os seus ciclos de vida, desde a adolescência até a menopausa e terceira idade. Os exercícios do assoalho pélvico, de forma orientada, irão auxiliar na tonificação dessa musculatura, na lubrificação e libido, pois estimulam a circulação local e proporcionam maior intimidade e respeito entre a mulher e seu corpo. Os principais sintomas que a mulher deve estar atenta são: aumento das idas ao banheiro para fazer xixi, escapes de xixi, “sensação de bola na vagina”, dor na relação sexual. E não ache que somente mulheres maduras podem apresentar esses sintomas. Eles também ocorrem em mulheres jovens que nunca engravidaram.

 

Após o parto, todas as mulheres devem procurar um profissional da fisioterapia? Ou apenas as que tiveram parto normal?

O ideal é que todas as mulheres que vivenciam um pós-parto passem por uma avaliação com Fisioterapeuta Pélvico. Os impactos que a gestação causa no assoalho pélvico independem do tipo de parto.

 

Quais os benefícios da prática de exercícios que fortaleçam a área pélvica?

Os exercícios do assoalho pélvico de forma orientada e supervisionada pelo profissional irão auxiliar na tonificação dessa musculatura, na lubrificação e libido, pois estimulam a circulação local e proporcionam maior intimidade e respeito entre a mulher e seu corpo.

 

Como você faz para estar sempre atualizada em sua área profissional?

Investir em cursos extracurriculares são fundamentais para manter a atualização na área. Realizo muitos cursos aqui em Fortaleza, São Paulo e Recife.

 

Quais os seus hobbies?

Amo ler, estudar, praticar yoga e viajar. 

 

Como alimenta a espiritualidade? Tem algum santo de devoção?

Através da leitura diária da Bíblia, da oração e da Igreja, aos domingos. Gosto muito de ler livros que trazem trechos da Bíblia e conectam com a nossa realidade. 

 

Nos indique um filme, uma série e um livro.

Dica de fime: Uptown Girls
Série: Super Mães
Um Livro: Mulheres que correm com os Lobos

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Delicadeza para seguir em frente

vale a pena ver de novo

Por Kelly Garcia

Trazemos nesse domingo um replay da entrevista com a muito querida Nélia Valença Queiroz.

Nélia é pura expressão de elegância e delicadeza. Confira nossa conversa leve sobre as delícias da vida e uma retrospectiva sobre sua trajetória, como mãe, esposa de Edson Queiroz Filho e amante dos bons livros e filmes. . Confiram uma conversa leve sobre amor, família, literatura, cinema e política.

Você é de Recife, mas gosta tanto do Ceará, que já se considera daqui. Nos fale mais sobre essa sua relação com o nosso Estado.

Nasci em Recife, capital pernambucana. Entretanto, acredito que sou tão cearense, ou mais, do que aqueles que nasceram aqui. Amo o Ceará, sua cultura, seu povo, seu jeito ingênuo e, muitas vezes, gaiato, travesso, brincalhão e alegre de ser. Dizem os estudiosos que seria uma maneira, consciente ou não, de driblar as adversidades de um estado sofrido. Particularmente, acho que é um sinal marcante de muita inteligência e sagacidade.

 

Mas por que veio justamente para o Ceará?

Meu pai era gerente de banco. Na época que haviam os tão famosos bancos mineiros. Então, ele gerenciou o Banco Mineiro da Produção. Depois, o Banco do Estado de Minas Gerais. Mais adiante, a primeira agência do Itaú aqui em Fortaleza, que ficava no centro da cidade. Minha mãe era mineira de uma cidadezinha chama Ponte Nova. Faleceu há dois anos, mas deixou um sentimento de amor e de bondade por onde passou, principalmente em seus descendentes. Absolutamente inesquecível

 

Nos fale um pouco sobre sua relação com o grande empresário Edson Queiroz Filho.  

Casei muito cedo, aos 16 anos. Edson e eu tivemos três filhos. A caçula leva o nome da minha mãe, Marília.

 

Você chegou a investir em sua carreira profissional?

Sou formada em Letras pela Universidade Estadual do Ceará, Uece, onde tive a alegria e privilégio de ser aluna do fabuloso professor Luiz Geraldo de Miranda Leão.

 

Hoje, como é a sua rotina?

Levo uma vida tranquila e simples, onde busco harmonia e serenidade. Dessa forma, consigo enxergar felicidade nas mínimas coisas. O amanhecer já é uma festa.  Pular da cama cedo e presenciar o milagre da vida e, sobretudo, de estar vivo em meio à uma pandemia é presente de Deus, não resta dúvida

 

Você gosta de política? Qual a sua visão sobre o amor?

Leio um pouco sobre política, porque não perdi a capacidade de indignar-me com umas tantas coisas.
Acho o amor a mola mestra do mundo, no sentido amplo da palavra. Vive-se por amor, constrói-se algo por amor (vide as realizações profissionais de cada um...) e a fé, que é o amor na sua essência maior, com todas as letras. A fé nos põe de pé todos os dias, está presente em tudo. Na plumagem dos pássaros, vê-se um ser superior, por exemplo. Aquela gama de cores, mesclada com tamanha beleza, nós seres humanos, não teríamos capacidade para tanto. Viver é aprender todos os dias, distante, muito distante, da arrogância e prepotência.

 

Nos indique uma série, um livro e um filme. 

O livro, citaria "Catarina, A Grande", de Robert K. Massie e "Uma Breve História do Cristianismo", de Geoffrey Blainey. Já o filme, amo "Uma Mulher, uma Vida" (com Sophia Loren). E a série: "Tempo Entre Costuras", na Netflix.

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Competência e

compromisso no Direito

Por Kelly Garcia

Nossos entrevistados da semana são os competentes advogados Frederico Cortez e Erivelto Gonçalves Jr., sócios fundadores do escritório Cortez & Gonçalves Advogados Associados e idealizadores da startup MyMarca. Com uma amizade iniciada ainda nos bancos da faculdade de Direito da Unifor, após a conclusão do curso, Cortez e Gonçalves iniciaram a parceria com um escritório em Caucaia e atuando em todo o Estado do Ceará. O sucesso veio com muita dedicação, estudo e sempre acreditando que algo muito bom estava próximo, quando após dez anos de trabalho adquiriram uma sala empresarial no magnífico BS Design Corportate Towers, localizado no coração comercial e financeiro de Fortaleza, transferindo assim toda a operação jurídica do escritório para a capital cearense. Hoje, Cortez & Gonçalves Advogados Associados é reconhecido como escritório jurídico de excelência, com grandes atuações e destaques nacionais com cases de sucesso.

Hoje, com o avanço da tecnologia, muitas pessoas estão investindo em áreas inovadoras como na criação de aplicativos e startups. Como vocês tiveram a ideia de criar a MyMarca? Como ela funciona e quais as principais vantagens para o usuário?

 

Nosso escritório advocatício tem atuação também na área do direito digital, assim na pandemia identificamos muitos novos empreendimentos e que necessitavam de um trabalho diferenciado para o registro da sua marca, com o preço justo e honesto para quem está iniciando um negócio próprio e todo o processo muito simplificado. Antes da MyMarca, o processo de registro de uma marca era complicado, burocrático e caro, chegando ao ponto de custar oito mil reais.
Assim, na MyMarca o registro de uma marca custa somente o preço único de R$ mil reais e nada mais e o cliente paga somente por fora as taxas do INPI, que é o órgão do governo federal responsável por conceder registro de marca de uma empresa ou de um produto. Essa proteção do INPI tem duração de dez anos e pode ser renovada por tempo indeterminado, bastando para tanto pagar a taxa de renovação no penúltimo ano do registro da marca. O grande diferencial da MyMarca é ter um atendimento rápido, descomplicado e que a missão é conferir dignidade empresarial para o pequeno e médio empreendedor, com a propriedade com o maior ativo do seu negócio, que é a sua marca.
Dentro da expertise do escritório na área de Direito Empresarial, a MyMarca surgiu como um modelo de startup 100% digital, onde utilizamos sistema e um formato inovador que proporcionou uma redução significativa no valor do trabalho, chegando ao ponto do preço do registro da marca pela MyMarca ser o menos da metade do que as outras empresas praticam para o mesmo trabalho realizado.

 

E no Direito, como surgiu a parceria? Vocês tinham o desejo de atuar na área desde antes da escolha pelo curso de graduação?

A nossa parceria vem desde os bancos da faculdade de Direito na Unifor, quando ainda colegas na graduação já começamos essa identidade e afinidade, com uma  amizade inicialmente e que hoje somos uma família. O exercício na área da advocacia cível foi uma convergência natural de ambos em razão da identificação com as matérias do Direito Empresarial, de Família e Sucessões, Trabalhista, Imobiliário, Digital e Cível, em geral.
A atuação do escritório tem sido destaque nacional em alguns cases de sucesso e até mesmo fora da jurisdição nacional, como foi uma ação que tivemos êxito na Argentina, envolvendo danos morais por morte de brasileiros quando em viagem ao país vizinho. Outro caso de grande sucesso, uma ação que envolveu Direito Autoral contra uma rede de lojas do segmento de vestuário por uso de uma ilustração digital que não foi autorizada pela autora intelectual da imagem, onde terminamos o litígio com um acordo no valor de R$ 400 mil. 


A parte de propriedade industrial tem levado o nome do escritório advocatício a grandes conquistas e reconhecimentos, principalmente depois que o escritório foi matéria no renomado site jurídico Conjur em ação judicial contra uma rede famosa de restaurantes do País em que tutelava para si a exclusividade de um prato culinário. Assim, a justiça deu ganho de causa ao nosso cliente, que passou a poder também comercializar também em seu estabelecimento comercial a mesma iguaria culinária e com o mesmo nome. 
No ano de 2022, fomos surpreendidos positivamente com o reconhecimento como um dos três escritórios advocatícios mais admirados do Ceará na categoria “especializado” pelo prestigiado instituto de pesquisa Editora Análise, que atual nacionalmente. E já neste ano, o escritório ficou entre os cinco mais admirados do Nordeste no “Ranking Análise Advocacia Regional” na mesma categoria de escritório especializado.

A importância desse prêmio tem seu diferencial e relevância, pois a metodologia adotada é com base aos depoimentos dos clientes dos escritórios eleitos, onde somente ao fim da pesquisa os nomes das firmas advocatícias agraciadas são divulgados. 

Quais as áreas do Direito que o escritório dá assistência?

O escritório atua na área do Direito Cível em geral, onde contamos com uma equipe especializada para atender os clientes com demandas em direito de família, inventário, trabalhista, imobiliário, administrativo, empresarial, digital com fogo na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Outro ponto forte nosso é que temos uma assessoria jurídica corporativa especializada para empresas, que inclui consultas, elaboração e análise de documentos, parecer judicial, atuação na defesa extrajudicial e judicial e no valor do tamanho do negócio. Assim, qualquer empreendedor ou empreendedora por ter acesso a um trabalho de advocacia de excelência, usufruindo de uma segurança jurídica para que a empresa possa expandir ainda mais e sem o risco de sofrer algum prejuízo.

 

Desde quando vocês estão no BS Design? Qual o diferencial do trabalho de vocês?

A mudança da sede do escritório de Caucaia para o BS Design foi um marco vitorioso em nossa carreira advocatícia, onde saímos de uma pequena sala no município de Caucaia para a compra de um espaço empresarial nessa verdadeira obra de arte que é BS Design. Em agosto de 2019, iniciamos o trabalho de projeto do escritório, idealizado pelo amigo e arquiteto Victor Mapurunga, da Corus Arquitetos. No dia 5 de novembro do mesmo ano, toda a operação do escritório Cortez & Gonçalves Advogados Associados já estava sediada no BS Design Corporate Towers.
Diante da crescente demanda das ações judiciais patrocinadas pelo nosso escritório e com a centralização dos processos em Fortaleza com novos clientes, sendo aqui na capital a sede do Poder Judiciário e o maior fórum judicial do Estado, esse importante passo foi necessário e no momento mais oportuno, justamente quando foi anunciada a construção do imponente BS Design Corporate Towers, idealizado pelo amigo, vizinho e empresário e visionário Beto Studart. Hoje, nosso escritório está à frente da proteção da marca BScash, empresa financeira do conglomerado BSPAR.
O nosso escritório tem o grande diferencial por prestar uma advocacia de excelência e exclusiva para cada caso que nos é apresentado. Não utilizamos modelos de petição ou padrões de atendimento jurídico em massa ao cliente, por entendermos que cada cliente é único e merecendo assim uma atenção única também. Assim, quando o cliente liga para o escritório, ele não é atendido por outra pessoa (estagiário, secretária ou outra pessoa) mas sim, a ligação ou e-mail é atendido/respondido pelos próprios sócios-fundadores da firma advocatícia. O próprio ambiente do escritório foi projetado para que o cliente sinta paz e tranquildade, com elementos fora do mundo jurídico, justamente para que ele já tenha a sensação de paz e segurança jurídica necessária para a sua situação antes mesmo de começar o seu atendimento.

 

Como fazem para se manterem sempre atualizados nessa área profissional?

A atualização jurídica é fundamental para o sucesso de um escritório advocatício, pois constantemente as cortes judiciais superiores apresentam julgamentos com novos entendimentos. A justiça não é estática e muda conforme as variações da sociedade e com novas leis. Então, pela manhã, nosso primeiro trabalho é acessar os sites do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). Também temos o quadro semanal “Seu Direito É Nossa Luta” no Instagram do escritório (@cortezegoncalvesadvs), onde explicamos principais temas do Direito do momento e de grande impacto de uma forma clara, objetiva e sem o peso e pressão tão presentes termos e expressões jurídicas. Em outra linha, temos um trabalho semanal de artigos de opinião jurídica escritos pelo sócio advogado Frederico Cortez em diversos portais de notícias e sites especializados, que já se tornou referência bibliográfica em obras jurídicas e trabalhos acadêmicos. Mesmo com o mundo digital, a leitura de livros físicos não ficou esquecida em nosso escritório. A mais recente aquisição foi a obra do doutrinador jurista cearense prof. Glauco Barreira Magalhães Filho, intitulada “Constitucionalismo Equilibrado - A armadura da liberdade contra a juristocracia”, que teve o prefácio assinado pelo prof. Mestre Doutor Valmir Pontes Filho.

 

Como conciliam a tecnologia com o Direito?

Na verdade, Direito e a Tecnologia são um organismo só, pois, todo o sistema do Poder Judiciário e fontes de pesquisa (doutrina, jurisprudência e notícias jurídicas) já estão ambientados no digital. Impossível hoje o profissional do Direito de sucesso não ter intimidade com as ferramentas tecnológicas, como já é fato inconteste o uso de Inteligência Artificial para auxiliar em muitas tarefas do trabalho advocatício diário.
Na palma da mão, hoje, é possível ter um escritório advocatício remoto, conforme a disposição de arquivos em formato de nuvem, acesso aos processos virtuais, aplicativos de mensagem instantânea. Com isso, nosso escritório mantém trabalho de assessoria jurídica com clientes fora do Estado, como em São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Piauí e Minas Gerais.
Enfim, o sucesso de um escritório advocatício hoje não é mais medido pelo seu tamanho físico ou estrutura, mas sim pela repercussão positiva dos feitos realizados no mundo jurídico e pelo testemunho de seus clientes.

 

Quando não estão trabalhando, como gostam de gastar o tempo livre?

Erivelto Gonçalves – Adorando a Deus e passar o tempo em família!

Frederico Cortez- Gosto de ler, praia, cinema, viajar quando possível e passar o tempo em família, pois na semana há uma exigência demasiada por parte do escritório.

 

Nos indiquem um livro, um filme e uma série.

Indicamos  “A raiz das coisas - Rui Barbosa: O Brasil no mundo” (edição revista e ampliada), como livro. Já filme,  segue a obra “Julgamento em Nuremberg” (versão original em preto e branco-1961)”. Por fim,  como série indico um especial de Getúlio Vargas, pelo aniversário de 60 anos de sua morte, produzido em 2014 para o jornal Repórter Brasil.

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A verdade como caminho

na Comunicação e na escrita

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada desse domingo é a jornalista Mirelle Costa. Formada desde 2009 pela Universidade Federal do Ceará, é mestre em gestão de negócios pela UECE, desde 2017. Atualmente é assessora de comunicação do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, Creci Ceará, sendo responsável pelo departamento de audiovisual, assessoria de imprensa e comunicação interna e institucional da autarquia federal. Possui experiência como professora de pós-graduação na área de jornalismo para tevê e mídias eletrônicas. Já foi apresentadora, produtora, editora e repórter de tevê, além de colunismo no jornal impresso. Teve passagens pela TV Assembleia (2014-2017), TV O Povo (2007-2014), Jornal O Povo (2011-2014) e TV Cidade (2007). Também trabalha com comunicação estratégica para empresas, tendo atuado na área da medicina veterinária, mercado imobiliário, saúde e eventos. Ministra cursos de extensão em telejornalismo para estudantes e profissionais da comunicação, desde 2013. É autora do livro Não Preciso Ser Fake. Possui premiações em comunicação: Prêmio Gandhi de Comunicação (2021) e Prêmio CBIC de Comunicação (2014). Confiram uma conversa sobre autenticidade e vocação.

Como a escrita e o jornalismo te conquistaram? Foi ao mesmo tempo? 

A escrita sempre me foi uma fuga e uma forma de expressão. Fugia dos olhares dos outros, da menina estranha que se descobria e queria ser aceita (por ela mesma, principalmente). Escrevia redações na escola que eram publicadas nos concursos para estudantes. O jornalismo veio a calhar. Aquele sonho pueril de mudar o mundo ganhou ainda mais força ao conhecer um pouco mais sobre filosofia e sociologia. A Universidade também me mostrou a limitação do jornalismo. Resolvi mudar o mundo começando por mim. Mudei. A menina que se escondia embaixo da cama quando a visita chegava e tinha vergonha de perguntar o preço de uma peça de roupa decidiu trabalhar em tevê e aparecer, ficar na frente da câmera e enfrentar os olhares dos outros. Ganhei muito com essa escolha. Uma criança que sabe que vai morrer, uma pessoa com deficiência que questiona o próprio existir. Conheci história de vida de pessoas anônimas que, ao relatarem suas dores, eternizaram suas vidas em mim. 

 

Qual o principal obstáculo que você enfrentou para seguir o seu caminho profissional?

Nem sempre acreditamos ser bons. Quando alguém elogia nossa roupa, o desconforto só sai de cena quando dissemos: - Foi bem baratinha. Se reconhecer bom soa soberba. Reconhecer-me uma profissional que cumpre o que me proponho a fazer foi um grande desafio. Mudar a rota foi outro. A profissão de jornalista foi uma das mais impactadas pela tecnologia. O jornalismo hoje está na tevê, no rádio, no impresso e na palma da mão. Aprender novas maneiras de fazer comunicação foi uma mudança de rota que recomendo a todos os colegas. 

 

Quais as delícias de trabalhar com comunicação, nas suas mais diversas linguagens?

Dar voz a quem não tem, publicar a dor de um mãe que não consegue matricular o filho na escola é inesquecível. O jornalista não se separa do cidadão, mas é possível também fazer comunicação sem estar em uma redação. Há seis anos, trabalho com a comunicação institucional. Zelar pela imagem de uma instituição ou órgão público é muito importante para a sociedade. No meio da pandemia, fiz uma versão da música "O Caderno",  do mestre Toquinho para os corretores de imóveis. O artista gravou a minha letra e eternizou a homenagem à categoria. Poesia e comunicação institucional podem fazer uma boa parceria. Pra mim, tudo é comunicação. Em sala de aula, partilho com os alunos sobre a necessidade de não se limitarem.

 

De que forma aconteceu a sua paixão pelo audiovisual?

A paixão chegou pelas histórias de vida. A timidez, a insegurança e o medo do julgamento foram entraves, no início, mas não me limitaram. Quando descobri a simbiose entre imagem e som, vi-me contadora de histórias. Sempre tive boas parcerias com os cinegrafistas. Meus colegas repórteres cinematográficos me ensinaram muito do que sei hoje, como noções de enquadramento, contraluz e posicionamento de câmera. Também me ensinaram muito sobre a vida, sobre a importância da parceria e do respeito. Aprendi que nem todo mestre tem mestrado e que um diploma não define ninguém. A tevê ainda exerce encantamento e credibilidade em todos nós. 

 

Hoje, você e o seu marido, o jornalista e apresentador Julião Júnior, têm um curso voltado para quem quer destravar e gravar os próprios vídeos. Como surgiu a ideia? E como as pessoas podem fazer para participar?

Foi estranho ouvir de muitos colegas, clientes e ex-gestores que eu nasci pro vídeo. Quem me conhece, sabe o quanto foi desafiador encarar uma câmera, saber onde colocar as mãos, aprender a respirar, falar e andar ao mesmo tempo e não me incomodar com o cabelo que caiu no rosto. Ensinar a partir de nossa própria experiência, de nossos aprendizados foi o que nos motivou a montar o curso. Sabemos que hoje tem muita gente falando sobre muita coisa. A impressão que tenho, às vezes, é de que há mais gente para ensinar do que para aprender, mesmo assim, lançamos um produto para quem sabe que a comunicação é a chave para tudo na vida, desde as relações interpessoais até os negócios. Eu já trabalhei com profissionais liberais de diversas áreas e sentia a dor de muitos deles: Ser bom no que faz, mas não conseguir mostrar isso na frente da câmera do celular. Isso gera frustração e dificulta que o profissional ganhe mais dinheiro, conquiste mais clientes. Ensinamos as pessoas a serem de verdade, não fazerem um personagem, mas conseguirem conquistar clientes em uma Live ou em um vídeo no instagram. 

Em 2021, você lançou seu primeiro livro de crônicas -  Não Preciso ser Fake - na Bienal Internacional do Livro de Fortaleza. Como foi a sensação desse feito? Como tem sido a recepção do público e de que forma essa obra te transformou? E qual o porquê do nome?

Meu livro foi um "grito". Eu via muita gente nas redes sociais se preocupando em dar satisfação ou agradar os outros e esquecendo de olhar pra si. O livro já foi chamado por leitores como um manifesto à autenticidade. Eu precisava escrever o Não Preciso ser Fake. Pra mim mesma! Por mim. Senti necessidade de contar a minha história e me despir de preconceitos e não aceitação. Quando joguei o livro no mundo, consegui vender oitenta livros em um mês. As pessoas se reconheciam nas histórias, reconheciam personagens seus naquelas narrativas. Eu cheguei à conclusão de que não preciso ser a Viola Davis ou a Michelle Obama para me sentir capaz de escrever e publicar um livro. Eu posso ser eu mesma, anônima, e, mesmo assim, criar conexão com leitores. A ideia central do livro é mostrar que ser de verdade é doloroso, mas vale a pena. Conheci um coletivo de autores independentes que lutavam para expor suas obras na Bienal Internacional do Livro do Ceará. Havia lançado em setembro e jamais imaginaria que em novembro, meu livro já estaria no evento. Foi um sonho realizado. Ver a praça Gilmar de Carvalho, uma homenagem ao meu querido professor, que inclusive cito no livro, e percebi que nunca estive sozinha, os meus moram em mim. 

 

Quais os seus hobbies?

Confesso que o hábito da leitura havia sido abandonado na faculdade. Agora, meu lugar de paz é em casa, na varanda, com o dedo do pé balançando a rede ao ler um bom livro. Leiam autores vivos! Leiam mulheres! Nós temos muito a dizer. Nessa jornada de autora recém descoberta, (re)conheci escritoras jornalistas, como Kelly Garcia e Erilene Firmino. Também gosto de ouvir minha playlist caótica, que mistura Mestrinho com Kell Smith e Balara (uma banda que todo mundo precisa conhecer). Adoro contemplar o por do sol, é inspirador pra mim. Tranformo minha varandinha que não cabe nem uma cadeira em um lounge com vista privilegiada para o astro rei. Desde o fim do ano passado, faço parte do coletivo Mulheres, Livros e Vinhos. Não é terapia, mas é terapêutico. Todos os meses lemos uma obra para discutir em grupo. Sem perceber, as histórias acabam nos atravessando e cada fala ou escuta mexe conosco. O vinho é uma ótima desculpa e a leitura uma maravilhosa companhia. 

 

Como alimenta a espiritualidade?

Tenho minha playlist espiritual de conexão com Deus. As vozes do Padre Fábio de Melo, da banda Adoração e vida e outros artistas são ponte para esse encontro. Posso estar até tomando banho, não importa. Deus sabe onde me encontrar e eu o busco todos os dias.

 

Nos indique um filme, um livro e uma série.

O "Extraordinário" é um filme que me emociona até hoje, além de "Lembranças de outras vidas" (esse é bem antigo). "A morte é um dia que vale a pena viver" é um livro necessário. Todo mundo (ou quase) tem medo da morte. Eu acho que já cresci entendendo que as pessoas morrem. Meu pai faleceu quando eu tinha dez dias de nascida. Eu precisava perdoá-lo por ter partido e, assim, me perdoar. O livro da Ana Cláudia Quintana Arantes me proporcionou isso. A série "Anne with an E" foi um encontro maravilhoso. Indico pra todo mundo porque fala sobre feminismo e empoderamento, além de mostrar valores como amizade e compaixão. A personagem protagonista tem uma certeza de si que encanta e inspira. Todos nós precisamos ter coragem de ser.

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O Direito como vocação na

trajetória de Gabriel Brandão

Por Kelly Garcia

Nosso entrevistado da semana é o advogado Gabriel Brandão. Sócio-fundador do escritório Gabriel Brandão Advocacia com sede na Torre Empresarial Del Paseo, atualmente, ocupa o cargo de vice-presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas Secção Ceará (ABRACRIM-CE) e também de diretor da Academia Cearense de Direito.

 

Pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal, pela Unifor,  possui pós-graduação em Direito Processual Civil pelo Instituto Intellegens e especialização em Direito Penal Econômico. 

 

Em 2023, foi escolhido pelo Anuário do Direito como um dos advogados mais admirados do Estado do Ceará (organizado pelo Grupo O Povo de Comunicação). Confira uma conversa leve sobre Direito e caminhos profissionais.

Como você optou pelo Direito? Foi algo que surgiu desde a infância e adolescência? Teve influência de alguém em específico?

A opção pelo Direito veio através da convivência íntima com alguns familiares. Meu pai, Nelson Brandão, e meu tio, Newton Padilha, eram advogados renomados com os quais eu tive a honra de conviver e aprender diariamente desde o primeiro semestre do curso de Direito. Vi ambos na labuta diária e aquilo me apaixonou. Confesso que o meu avô materno, Virgilio Machado, também teve influência nessa minha escolha. Ele também era formado em Direito, foi advogado, mas também exerceu a profissão de Delegado de Polícia, chegando a ser Secretário titular da então Secretaria do Interior e da Justiça na gestão do Governador Adauto Bezerra. 

 

E a opção pelo Direito Penal e Processual, como aconteceu?

No decorrer no curso de Direito, a matéria de Direito Penal foi a que, naturalmente, me chamou mais atenção. Na minha visão, é a área que traz mais desafios e que tem o objetivo primordial de preservar a liberdade do cidadão, um dos direitos mais importantes que existem em nosso ordenamento jurídico. 

 

Como você faz para estar sempre atualizado em sua área? Quais os cursos mais recentes que tem feito?

O Direito é muito dinâmico, principalmente nos tempos hodiernos. Procuro diariamente me atualizar na literatura jurídica mais moderna e na jurisprudência dos Tribunais Superiores, sobretudo do STJ e STF. E, claro, fazendo cursos conceituados de especialização em determinado tema. O último que fiz foi sobre Direito Penal Econômico pela FGV.

 

Qual o diferencial do seu escritório? 

Nosso escritório tem uma meta institucional indeclinável de atender os clientes de forma personalizada e rápida, a depender do perfil, mas também sem abrir mão do esmero técnico e da ética profissional, sempre buscando, o mais rápido possível, a solução dos problemas dos clientes. Entendo que essas características são o nosso diferencial. 

 

Quais os seus hobbies?

Viajar, ler, escrever e, claro, assistir os jogos do time do meu coração, o Ceará Sporting Club. 

Que sonhos ainda pretende realizar?

Pergunta difícil, pois tenho muitos sonhos ainda a serem perseguidos. Como dizia Walt Disney, “se você tem um sonho, você pode torná-lo realidade.”

Mas o principal deles é, sem dúvida, trabalhar até o último dia da minha vida para deixar um legado confortável para a minha filha. 

 

Gosta de viajar? Qual o lugar mais incrível que já esteve? 

Adoro viajar. Como dizia o saudoso poeta Mário Quintana, “viajar é trocar a roupa da alma!” Independente do local, a viagem mais incrível, pra mim, é sempre aquela que viajo com a minha família. 

 

Como cultiva o bem-estar? É adepto de exercícios e de uma rotina alimentar regrada?

Sempre preservo o meu bem-estar com boas e selecionadas companhias, além de fazer atividades físicas regulares e ter uma alimentação saudável, mas, lógico, sem abrir mão, quando possível, de comer e beber bem.

 

Nos indique um filme, um livro e uma série.

Filme: O Poderoso Chefão 
Série: Suits
Livro: 1984, de George Orwell

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Odontologia e implantodontia

como vocação

Por Kelly Garcia

Nosso entrevistado dessa semana é o cirurgião dentista especialista em implantes dentários, Darcy Mavignier. Casado, pai de três filhos, se dedica há 22 anos a Odontologia e especializou em Implantodontia. Em todo esse tempo, ele já fez mais de 7 mil implantes, reabilitando muitos sorrisos, sempre com as técnicas mais modernas e também realiza procedimentos de harmonização facial em seu consultório. Vem conferir essa nossa conversa leve sobre a importância do sorriso e vocação.

Por que você escolheu o caminho da Odontologia? Essa sempre foi a sua primeira opção?

Escolhi a Odontologia por vocação aos oito anos de idade, quando acompanhei minha mãe em um consultório dentário. Fiquei fascinado com os equipamentos, os materiais e os seus respectivos cheiros, a liberdade do profissional liberal. Desse modo, ser odontólogo sempre foi minha primeira opção.
 

Qual o diferencial do seu consultório? O que o paciente pode encontrar lá?

Na minha clínica, fazemos uma Odontologia Integrada, aonde ele praticamente não vai precisar sair de lá para fazer outros tratamentos além da Implantodontia. Fazemos canais, remoção de sisos, colocação de aparelhos corretivos, próteses, lentes, clareamento, tratamento das DTMs e harmonização facial. Além de termos o serviço mais tradicional e completo do Ceará no atendimento das urgências dentais. Temos o diferencial também de atendermos sempre no horário marcado, a vida corrida não comporta mais grandes horas de espera, atrasos. Somos conhecidos pelas reabilitações orais de sucesso que fazemos.

Quais são as técnicas de implantodontia que você usa em seu consultório? As cirurgias também são realizadas lá?

Tenho 22 anos de formado pela Universidade Federal do Ceará e sou especialista em Implantodontia. Temos mais de sete mil implantes instalados. Trabalhamos com cirurgia com carga imediata e sem corte/sangramento/sutura. Todavia, nosso diferencial na especialidade é uma larga experiência com resolução dos mais variados casos de complexidade. Contamos com uma equipe capacitada não só para tratar, mas além disso, para acolher pessoas com pontualidade, respeito, profissionalismo, honestidade e individualidade.

 

Por que você optou por se especializar em reabilitação oral? O sorriso faz muita diferença na vida da pessoa? Você poderia nos contar uma das histórias dos muitos sorrisos recuperados por você?

O sorriso mais largo vem quando a pessoa está se sentindo plena, segura. Poder reunir-se com pessoas queridas e dar boas gargalhadas sem medo, comer seus alimentos prediletos. A reabilitação oral que fazemos permite essa segurança e conforto e o ápice é exatamente esse largo e pleno sorriso.
São inúmeros os casos de pessoas que conquistaram essa felicidade. Afinal, são mais de 7 mil implantes instalados. Histórias muito bonitas, nas quais tenho orgulho em ter contribuído.


Você também faz tratamentos estéticos? Com botox e harmonização facial?

Temos uma especialista em harmonização facial na nossa equipe.

 

Quais as técnicas de reabilitação oral que você trabalha?

Tudo que é necessário para o paciente conquistar a segurança mastigatória e estética. Implantes, canais, remoção de sisos, colocação de aparelhos corretivos, próteses, lentes, clareamento, tratamento das DTMs e harmonização facial. Além de termos o serviço mais tradicional e completo do Ceará no atendimento das urgências dentais. Atendemos todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, onde o paciente pode ser atendido por um especialista para tirar sua dor.

 

Na sua opinião, qual a importância da família? Nos fale um pouco da sua.

Minha família é meu esteio, meu eixo. Sou casado e pai e três filhos. E é na minha família que encontro todos os dias o sentido da minha vida.

 

Quais os seus hobbies?
Sou faixa preta de Jiu-jítsu, que sempre foi meu hobby favorito. Gosto muito também de fazer churrasco em casa.
 

O que faz para cultivar a espiritualidade e o bem-estar?

Outro eixo da nossa vida é a fé em Deus. Acreditamos que há uma proteção superior e quanto mais tivermos Jesus como modelo e guia tudo concorrerá para o melhor na nossa vida.

 

Nos indique um filme, um livro e uma série.

Um filme que adorei, com Al Pacino, foi Perfume de Mulher. O grande livro e manual para todas as gerações sempre será a Bíblia!!

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Yoga e Eneagrama para cultivar o

autoconhecimento e o bem-estar

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada desse domingo é com Yelw Felicio, administradora de empresas por formação, yogaterapeuta e instrutora de eneagrama por vocação. Após atuar na área administrativa por 10 anos, ela resolveu seguir sua vocação de ajudar as pessoas a cultivar o seu bem-estar e passou a ensinar Yoga e Eneagrama.  O Yoga veio primeiro, há 22 anos, com muitas formações por todo o país.  
 
Entre as suas muitas formações, possui especialização em Meditação, Yoga para Gestantes e Educação Somática, métodos psicossomáticos para o desenvolvimento da consciência corporal nas abordagens de: Feldenkrais, Antiginástica, Ginástica Holística e Hanna Somatic; Fundamentos das Terapias Tradicionais Chinesas - UECE.

 

Também é pioneira no desenvolvimento do trabalho de integração em Eneagrama e Yoga, com publicação de artigo no livro: Eneagrama Sementes de autoria de Domingos Cunha e colaboradores.  Ministrou aulas e cursos por 5 anos na Clínica Ventura, de Psicologia - Centro Avançado de Práticas para o Desenvolvimento Humano em Fortaleza-CE. 

 

Sua metodologia de ensino educativo, preventivo e terapêutico, perpassa por sua própria experiência pessoal, a partir de tudo o que aprende, experimenta e vivencia. Nossa entrevistada ama ensinar as pessoas a se reconectarem com elas mesmas com auto amor, auto respeito e autocuidado.

 

Ensina Yogaterapia com abordagem em Educação Somática – métodos psicossomáticos para o desenvolvimento da consciência corporal, Meditação para desenvolver presença e ampliação da consciência como caminho para a paz interior e Eneagrama para a gestão das emoções, em abordagem Transpessoal onde corpo/mente/coração/espírito se inter-relacionam em constante comunicação.  

 

Além de atender em cursos individuais,  já ministrou formações e palestras na Enel - Companhia Energética Ceará, Sefaz  -  Secretaria de Estado da Fazenda, Associação das Religiosas da Instrução Cristã, na UFERSA - Universidade Federal Rural do Semiárido, na Medicina Preventiva da Unimed  e no Ministério Público do Estado do Ceará.  Confiram uma conversa sobre bem-estar e autoconhecimento.

O Eneagrama traz com ele uma sabedoria antiga e atual e que ajuda muito no autoconhecimento. Como você se interessou pelo tema? Já atuava em alguma área próxima?

O Yoga entrou na minha vida em 2001, bem antes do Eneagrama! Assim como o Eneagrama, o Yoga também é um caminho de autoconhecimento e eu já vinha trilhando essa jornada em direção a mim mesma, a minha essência. Porém, em um determinado momento, eu tinha consciência de alguns padrões de pensamentos e emoções que se repetiam em mim e começaram a me incomodar, mas não tinha clareza sobre: Por que esses padrões de repetiam? De onde isso vinha? Teria relação com o quê?  O que verdadeiramente a minha alma sentia falta? E quando o nosso desejo está alinhado ao verdadeiro desejo do nosso coração, os caminhos se abrem para isso, o universo conspira a favor para trazer até nós o próximo passo que irá nos ajudar na jornada. Então, conheci o Eneagrama em 2011 e de lá para cá ele faz parte da minha vida!     

 

Você percebe que as pessoas hoje tem buscado mais por conhecimento? Como o Eneagrama pode ajudar nisso?

Bom, acho que é bem relativa essa busca por conhecimento nos dias atuais, porque, com as redes sociais, as pessoas têm acesso à muita informação, e, nesse contexto, acho que muita coisa fica na superficialidade sem um verdadeiro aprofundamento. Vejo que estamos passando por uma fase crítica em nossa jornada evolutiva como Ser Humano. Atualmente, vivemos os maiores índices de doenças e transtornos psicoemocionais. Fomos capazes de evoluir muito, tecnologicamente falando, mas vejo uma estrada ainda longa em nossa evolução como espécie humana. Ainda há muita falta de consciência e conhecimento sobre o que é ser, Ser Humano! Essa compreensão envolve um crescimento com amadurecimento para saber lidar com as próprias emoções, porque a maior parte das nossas atividades, seja pensar, agir ou sentir, são induzidas pelos nossos sentimentos. Assim como também envolve a busca por respostas acerca de perguntas sobre: Quem sou eu? De onde vim? Por que estou aqui? Qual o propósito? As respostas a essas questões só podem ser encontradas através de um caminho espiritual que conduz a pessoa em direção  à sua essência e essa é a jornada que o Eneagrama nos oferece, onde a pessoa humana é o centro do processo.  

 

Qual a origem do Eneagrama?

Acredita-se que o Eneagrama surgiu no século IV, em Alexandria, cidade do Egito localizada na região do Mediterrâneo onde reuniam-se os saberes de diversas tradições antigas. Veja que é uma sabedoria muito antiga, porem sempre muito atual. No início do século passado, o Eneagrama foi resgatado e trazido para o ocidente por Gurdjieff,  e, posteriormente, nas décadas de 60 e 70, os estudos da moderna psicologia avançaram com as obras de Oscar Ichazo, psicólogo boliviano e Cláudio Naranjo, psiquiatra chileno.  
Em verdade, o Eneagrama está em um processo de evolução continua. É importante ressaltar que o Eneagrama não foi inventado, mas sim se desenvolve e cresce ao longo dos tempos, através de um processo profundo de escuta e observação do funcionamento do comportamento humano.  
É um símbolo Universal, representado por uma figura geométrica que nos oferece um verdadeiro mapa de navegação interior, nos dando orientação e uma maior compreensão sobre o funcionamento do nosso universo interior. 

 

E O Eneagrama tem relação com a psicologia? De que forma ele se relaciona com a saúde mental?

Sim, podemos dizer que o Eneagrama está em uma ponte entre a Espiritualidade e a Psicologia. Como falei anteriormente ao longo dos tempos, sobretudo na forma como aprendemos o Eneagrama hoje, conhecimentos da psicologia foram sendo integrados ao Eneagrama exatamente por ele nos oferecer meios que nos permitem ver e entender melhor a nós mesmos e aos outros, apontando para nossas principais questões psicológicas, e os nossos pontos fracos e fortes nas relações interpessoais. E sobretudo porque depende da disposição da própria pessoa para realizar uma autoanálise honesta consigo mesma, fator que muitas vezes pode travar o processo terapêutico quando a pessoa não alcança a tomada de consciência necessária na terapia.    

           

O curso é voltado para qual público? O que as pessoas poderão aprender com isso?

O curso é para todos os públicos. O mais importante para participar dessa jornada de  autoconhecimento é ter a motivação para se conhecer!


Entregaremos aos participantes possibilidades concretas de transformação:  

 

  1. Descobrir qual é o seu Tipo de personalidade, para compreender seus dinamismos internos, sobre suas tendências e reações;
  2. Aumento da auto percepção e do autogerenciamento entre pensar, sentir e agir;  
  3. Expandir seus horizontes e ampliar sua consciência;
  4. Caminhos práticos e objetivos para o desenvolvimento das suas potencialidades, orientando  melhor as habilidades, como também acolher e lidar melhor com suas maiores dificuldades e limites que geram estagnação e impedem de avançar, mudar o foco, transformar, realizar...;
  5. Melhoria nos relacionamentos na dimensão pessoal e no relacionamento interpessoal,  compreendendo melhor a si mesmo e aos outros, o Eneagrama inspira compaixão;  
  6. Iluminar o seu caminho, criando um verdadeiro itinerário de crescimento pessoal, com recursos para saber  tomar consciência dos momentos em sua vida em que está entrando em uma zona de desequilíbrio e saber voltar ao seu eixo, seu centro, aprendendo a lidar melhor com situações de estresse e a atenuar conflitos;
  7.  Uma jornada de Luz e Sombra, que lhe ensina a fluir entre a sua Personalidade e a sua Essência divina.  

 

Esse curso pode ajudar também na gestão de pessoas em empresas?
Através desse curso oferecemos uma Mentoria do Ser a Luz do Eneagrama ensinando a pessoa a humanizar seus conflitos internos e auto gerenciar melhor as suas emoções. Vejo que, da mesma forma com que colocamos energia para gerenciar bem uma empresa, ou a sua casa também é imprescindível saber gerenciar a sua casa interior, fazer a faxina interna de muitos pensamentos e emoções que bloqueiam a respiração e a capacidade de atenção plena, de foco, de presença! Qualquer gestor, líder ou colaborador de uma empresa que esteja trilhando esse caminho de desenvolvimento através do seu próprio auto cuidado, com todo certeza terá maiores habilidades para se comunicar, lidar com conflitos, traças melhores estratégias, desenvolver pessoas e muitas outras habilidades quando ele mesmo se trabalha.

 

Sua mãe também atua na promoção da saúde como cirurgia plástica. Ela te influenciou de alguma maneira nesse caminho profissional?

A minha mãe me educou sempre dizendo: minha filha faça sempre o bem! Isso foi se infiltrando na minha mente. Com relação ao meu caminho profissional, mas, na verdade, eu é quem fui com o tempo trazendo ela para o caminho espiritual! Mas ela sempre me apoiou muito em todas as minhas escolhas e eu sou muito grata por isso!  

 

Quais os seus hobbies?

Em meus momentos de lazer, adoro estar com a minha família, ir à praia, tomar um banho de mar, ler, nadar, cuidar das minhas plantinhas, assistir um bom filme com meu marido, tomar um vinho com amigos, e amo todos as oportunidades para viajar.  
  
Como faz para cultivar a espiritualidade? E o bem estar físico?

Praticar Yoga, meditar e a oração fazem parte do meu estilo de vida, da minha rotina diária de purificação e limpeza interior que para mim são vitais, essenciais. Também adoro caminhar, sinto que exercito o meu olhar, a forma como vejo e percebe os lugares, as coisas quando estou caminhando, vejo por um ângulo diferente.     

 

Indique um filme, um livro e uma série.

Filme: Como estrelas na terra 

Livro: Mulheres que correm com os lobos – Clarissa Pinkola Estés 

Série: Uma nova mulher

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Cirurgia vascular como

vocação e missão

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada dessa semana é a cirurgiã vascular Marianna Mendonça de Almeida Thiers Cals. Aos 24 anos, concluiu a graduação em Medicina e em 2011 iniciou sua residência médica em Cirurgia Geral, seguida da cirurgia vascular, ambas em São Paulo. Atua também na área da cirurgia endovascular, ecografia vascular e fleboestética. 


É casada com o administrador Bruno Cals de Oliveira, que, atualmente, divide sua rotina de trabalho entre São Paulo e Fortaleza, e é mãe da Sofia e Bruno Filho.

 

É sócia da VY`A  Concept Clinic, juntamente com a dermatologista Priscila Távora e a endoscopista Raíssa Eufrásio. Confira uma conversa sobre Medicina, Estética e cuidados para manter o bem-estar.

Você atua na área de cirurgiã vascular, com muita competência, e recentemente inaugurou sua clínica, a VY'A Concept Clinic. Como você percebeu que tinha vocação para a Medicina? O que a fez optar pela cirurgia vascular?

Desde muito criança dizia a todos que seria médica. E, ao contrário do que possa se pensar, naquela época não havia qualquer parente ou amigo próximo da família que fosse médico, e nunca fui induzida a escolher esta profissão pelos meus pais (sou filha de arquiteta e de corretor de imóveis). Desde pequena gostava de cuidar, confortar e aliviar o dor do próximo. Durante a residência de cirurgia geral (pré-requisito para cirurgia vascular), me apaixonei pela grande campo de atuação nessa especialidade, onde posso exercer desde a parte diagnóstica (com o doppler vascular), quanto o tratamento clínico e cirúrgico das doenças venosas (varizes, tromboses) e arteriais (obstruções e aneurismas..).

 

Na nossa sociedade, pernas bonitas são muito valorizadas, especialmente nesse tempo em que as pessoas estão sempre buscando sua melhor versão. O que fazer para prevenir os indesejados vasinhos e varizes? E quais são os principais tratamentos indicados?

O principal fator de risco para varizes é a genética. Quando os pais têm varizes, a probabilidade de o filho ter varizes chega a 90% aproximadamente. Porém algumas medidas podem ser feitas para prevenir, tais como: controle do peso, evitar: o sedentarismo, uso de anticoncepcionais, cigarro... Hoje em dia, graças ao avanço da Medicina e das tecnologias, muitos tratamentos de varizes são realizados em consultório, com retorno imediato às atividades laborais e sem necessitar de repouso. Dentre os tratamentos, temos o laser transdérmico, a escleroterapia, espuma, flebectomia.

 

É verdade que usar meias de compressão ajuda a melhorar a circulação? E a alimentação, também influi? 

Sim, no caso de doenças venosas (varizes). Já quando há obstrução no sistema arterial (sangue que sai do coração, rico em nutrientes e oxigênio), a meia pode agravar a situação. Uma alimentação balanceada, uma ingesta hídrica adequada (dois litros ao dia) e dieta com baixo teor de sódio melhoram a circulação do nosso corpo.

 

Além da cirurgia vascular, o que o paciente encontra na Clínica VY'A? Quais os diferenciais?

Nosso paciente encontra uma equipe de dermatologia com foco em estética facial, corporal e capilar, ginecologia estética e funcional, endoscopista bariátrica, nutricionista, fisioterapia dermatofuncional dentre outros. Nosso diferencial está em oferecer uma visão 360 graus para nosso paciente, englobando a estética, o bem-estar e o emagrecimento saudável.

 

Como você faz para se manter sempre atualizada em sua área de atuação?

Procuro sempre ler os artigos publicados, tanto nacionais quanto internacionais e buscar novos conhecimentos em congressos e cursos.  Inclusive, estive agora no mês de abril  em Londres participando de congresso internacional (o Charing Cross) e pude acompanhar a evolução mundial no âmbito da cirurgia vascular.

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Quais os seus hobbies? 

Viajar e apreciar um bom vinho.

 

Como faz para cultivar o bem estar e a espiritualidade? 

Mantenho disciplina com  atividade física com alimentação balanceada e sempre agradeço a Deus pela dádiva da vida.

 

O que mudou na sua forma de viver depois da maternidade e do casamento? Como é sua rotina? 

Tenho um casal de filhos, a Sofia, com 5 anos e Bruno Filho, com 4. Com eles, aprendi o significado mais lindo do amor, o amor de mãe, educando, rindo, brincando e fazendo os meus filhos felizes com as coisas simples da vida. Levei e levo a maternidade de uma forma tranqüila e sempre com o lema que “sou a melhor mãe que posso ser”. Com o casamento, só melhora a cada dia, mesmo o Bruno passando a maior parte do tempo em São Paulo. É sempre uma novidade, como se estivéssemos no começo do namoro. Minha rotina se divide entre Fortaleza (com o trabalho e a educação dos meninos) e São Paulo. Todos os finais de semana estamos juntos.

 

Nos indique um livro, uma série e um filme.

As cinco linguagens do amor. Game of Thrones, A procura da felicidade.

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A arte de

lapidar sorrisos

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada da semana é a bela e competente odontóloga Lize Bezerra de Menezes. Aos 24 anos, concluiu a graduação em Odontologia em dezembro de 2021 e hoje se aprimora fazendo pós-graduação em Dentística em Goiânia. Está noiva do engenheiro de Produção Gabriel Sanford e ultimando os preparativos do casamento, que será em 2024. Filha amada de Ivana Bezerra Rangel, tem na mãe um grande exemplo de força e perseverança. Confira um papo descontraído sobre escolhas profissionais e hobbies.

Como vc optou pela Odontologia? Era um desejo desde a infância?
Quando era pequenininha, dizia que queria ser dentista ou artista. Na adolescência, descartei completamente e achei que queria Medicina ou Arquitetura. Mas no terceiro ano do Ensino Médio, fui pra uma Feira de Profissões e o relato da dentista me fez brilhar os olhos, vi que era aquilo que queria fazer: transformar vidas através do sorriso. 

 

Como está sendo atuar na área? Quais serviços seu consultório oferece?

Maravilhoso! O começo da carreira nem sempre é fácil, mas me realizo na Odontologia! Atuo como clínico geral, fazendo consultas de prevenção e diagnóstico, restaurações posteriores e estéticas, clareamento dental, lentes de contato e facetas, gengivectomia e aplicação de toxina botulínica. 

 

Você está fazendo uma pós-graduação em Dentística. O que isso irá agregar ao atendimento aos seus pacientes?

Além de me especializar no que diz respeito a estética dental, me aperfeiçoando nas lentes de contato e faceta, tanto com resina composta como com cerâmicas, a minha pós-graduação também abrange bastante a parte funcional, devolvendo saúde anteriormente à estética! Faço na Equipe Dentística, em Goiânia, é um curso bem diferenciado. 

 

Qual a área da Odontologia que você mais gosta? Pretende atuar na estética também?

A parte de poder devolver o  estético do sorriso, atrelada a devolver saúde e função é o que me faz brilhar os olhos! Também atuo na parte estética, mas meu foco mesmo são os dentes. 

 

Você está em um momento muito especial, planejando o seu casamento. Como tem sido esse período? Como você tem se sentido?

É um momento de mistos sentimentos, mas muuuuito gostoso de viver! Sempre foi meu sonho planejar essa fase e sabendo que está sendo com a pessoa certa, torna tudo ainda mais especial e emocionante. 

 

Sua mãe é uma empreendedora nata e divulgadora incansável das belezas do nosso Ceará. Você nunca pensou em empreender ou atuar em alguma área próxima ao segmento de eventos por causa dela? O que você mais admira na sua mãe?

Poderia dizer que a admiro em todos os sentidos, literalmente! Mas sua humildade, garra e determinação em todos os projetos que se propõe a participar, a disponibilidade de ajudar os outros, a bondade de coração são pontos que me inspiram desde pequena, e como mãe então… Já somos muito parecidas fisicamente e quero ser cada vez mais parecida com ela “por dentro” também. 

 

Quais os seus hobbies?

Adoro ler e posso dizer que estudar também entra nos hobbies. Gosto sempre de me manter atualizada na minha profissão. Amo viajar com a família e o namorado, sair com os amigos e curtir a praia. Recentemente, comecei a correr e já virou hobby também,  já querendo me preparar pra alguma maratona. 

 

Nos indique um filme, uma série e um livro.

Filme: Divertidamente - apesar de ser infantil, sempre me traz lições diferentes. 

Série: This is us - choro em quase todos os episódios, mas aborda assuntos lindíssimos. 

Livro: A coragem de ser imperfeito - indico pra todo mundo.

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A incansável busca pelo equilíbrio

entre beleza e naturalidade

Por Kelly Garcia

Odontólogo Júlio Alves Cruz é um apaixonado por estética. Formado em Odontologia pela Unichristus, concluiu a graduação em 2019, mas antes de concluir o curso, já havia realizado cursos na área de Harmonização Facial. Fez mais de 50 cursos pelo Brasil agora, sempre nas instituições mais renomadas, como no Instituto Tereza Scardua. Em Fortaleza, foi um dos pioneiros no Ultraformer MPT, aparelho que tem a finalidade de fazer um lifting facial não cirúrgico e bioestimular o colágeno (agendamento - (85.99105-6529).  Além de se aprimorar em sua profissão, é um cidadão do mundo e também ama viajar. Confira mais na nossa entrevista.

Como aconteceu o seu encantamento pela área da estética? E pela harmonização facial?

Aconteceu de uma forma muito simples e direta. Fui fazer um botox e na mesma hora, senti que queria trabalhar com a estética. Deu muito certo!

 

Você já chegou a atuar em outra área? Qual? Quais foram os principais aprendizados dessa época?

Além da estética, durante a faculdade de Odontologia tive a oportunidade de  trabalhar voluntariamente com idosos e amava! 

 

Quais os diferenciais do seu consultório? 

Sempre penso em levar o que há de mais moderno para meu paciente. Hoje, por exemplo, estamos com o Ultraformer MPT, com sedação consciente e estou trazendo um lançamento agora em maio para a clínica. Aguardem!

Quais foram as últimas atualizações que você fez na sua área de atuação? Sabemos que você é um apaixonado pela harmonização facial.

Estou indo no próximo dia 10 para São Paulo, para um curso de laser, que promete muitas novidades! 

 

Você acha que vale tudo na busca por um rosto perfeito? Ou existe um limite?

Eu sempre penso em naturalidade, o saber envelhecer, com naturalidade e beleza! Não gosto de exageros, e sim, tento colocar limites para meus pacientes.

 

Já aconteceu de você precisar convencer alguém a não realizar um procedimento?

Já sim. Muitas vezes, o paciente chega pensando em fazer algo, mas mostro para ele o que seria melhor naquele momento.

 

Você acha que os filtros dos aplicativos tem gerado uma insatisfação exagerada nas pessoas? Como isso se reflete na busca por procedimentos estéticos?

Com certeza. Quando usamos alguns filtros, nos tornamos outras pessoas. Então, de certa forma, isso leva o paciente à uma busca por mudança, que pode ser na melhoria da pele, aumentar o lábio, fazer um lifting facial. 

Existe uma idade mínima para modificar as linhas naturais do rosto?

A partir dos 25, já podemos fazer alguns procedimentos preventivos, como o botox preventivo e o peeling para manter uma pele perfeita. O paciente que investe nele cedo, vai sempre estar jovem. 

Além de ser um excelente profissional, você tem outra paixão: viajar! Nos fale um pouco sobre isso e nos conte a respeito de algum lugar que tenha te surpreendido. 

Meu trabalho e viajar são minhas paixões. Sempre que sobra um tempinho, estamos viajando. Essas últimas viagens foram bem marcantes porque a Suíça é um quadro pintado à mão. Já a Bolívia, com suas paisagens naturais, e a experiência de ver tudo diferente na Tailândia, a cultura deles que desperta tanta curiosidade. Eu amo!

 

Como vc alimenta a sua espiritualidade? E como cultiva o bem-estar físico? É adepto de exercícios e dieta, por exemplo?

Tenho minhas orações diárias, sou muito agradecido a Deus por tudo, não faço nada na minha vida que não seja pela permissão Dele, sempre oro pedindo sua permissão. Eu tento fazer musculação, mas não sou constante pela correria da vida, quero mudar isso. Dieta é ponto bem difícil em viagem, eu me permito a conhecer a culinária onde estou. 

 

Nos indique uma série, um filme e um livro.

Estou vendo atualmente The Crown, um filme que assisti recentemente e que marcou:  "Silêncio", um livro: O Poder do Hábito.

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Dedicação às artes nacionais

Vale a pena ver de novo

Por Kelly Garcia

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Nosso entrevistado da semana é o editor e empresário no setor cultural Max Perlingeiro. Nascido no Rio de Janeiro, em 1950, é graduado em Engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1973). Organizou diversas exposições de arte no Rio de Janeiro, em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Londres, Lisboa, Buenos Aires e Paris. Em 1980, criou a primeira editora especializada em livros sobre arte brasileira no país – Edições Pinakotheke, cujas publicações têm conquistado premiações nacionais entre eles o Prêmio Jabuti por três edições.

 

Também dirige a Pinakotheke Cultural no Rio de Janeiro, a Pinakotheke São Paulo e a Galeria Multiarte, em Fortaleza. Desde 2019 é professor do curso de Pós-Graduação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro e atua desde 1983 como administrador das mais relevantes coleções de arte no Brasil. Conheça um pouco de sua história em nossa entrevista deste domingo.

Você é extremamente conhecido por suas galerias, no Rio, Fortaleza e São Paulo. Como o universo das artes chegou até você?

A arte chegou ainda na minha juventude, há 55 anos. Em 1979, após trabalhar como funcionário de uma das maiores galerias de arte moderna do Brasil, nasceu a Pinakotheke no Rio de Janeiro, em seguida, Fortaleza e finalmente São Paulo.

 

Você já trabalhou em outras áreas? Quais?

Sou engenheiro de formação, mas nunca trabalhei com engenharia. Dei aula na minha juventude na preparação de jovens para fazer vestibular. Hoje, dou aula no Parque Lage, no Rio de Janeiro.

 

Nos fale um pouco da mostra em homenagem ao Leonilson.

Desde o último dia 25, a Galeria Multiarte está com uma exposição em homenagem ao fortalezense Leonilson, intitulada “Leonilson e a Geração 80”. 

Nosso convite é que todos venham visitar “Leonilson e a Geração 80.”, já que essa exposição reúne um acervo precioso de obras de José Leonilson de Bezerra Dias e de diversos outros artistas que participaram da marcante mostra "Como vai você Geração 80?" na Escola de Artes Visuais do Parque Lage em 1984. A mostra conta também com obras de Adir Sodré de Souza, Alex Vallauri, Beatriz Milhazes, Chico Cunha, Ciro Cozzolino, Daniel Senise, Fernando Barata, Gervane de Paula, Gonçalo Ivo, Hilton Berredo, Jorge Guinle, Leda Catunda, Luiz Zerbini e Sergio Romagnolo, que participaram do evento do Parque Lage.

 

Voltando à sua carreira, como você escolhe suas coleções?

Nossa coleção tem um componente de afeto muito grande. Temos os nossos heróis e com eles, fomos construindo uma coleção da qual gostamos muito.

 

Quais as principais peculiaridades do mercado de obras de arte? Como é a sua atuação?

O mercado de arte no Brasil é muito jovem, se comparado com os mercados em outros países. E hoje, os artistas brasileiros finalmente têm um projeção global bastante significativa.

 

Como você avalia a importância da Galeria Multiarte para Fortaleza?

Foi criada em 1987 e foram 34 anos ininterruptos de atividades, sempre fiel aos seus propósitos. Ao longo do tempo, foram apresentadas quase 100 exposições, sempre acompanhadas de um catálogo ilustrado. Artistas icônicos vieram a Fortaleza pelas mãos da Multiarte, e, nos últimos anos, através da visão extraordinária da Bia, a Multiarte virou um polo irradiador de cultura e discussões na cidade através dos Grupos de Estudo Multiarte, hoje conduzidos pelo Victor com muita competência. Simultaneamente, a Bia criou o Espaço Familia, com atividades infantis dentro das exposições. Uma ação emocionante! Na oportunidade, cabe ressaltar as parcerias com instituições no Estado do Ceará, entre outras, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o Centro Cultural Unifor, Museu de Arte da UFC, Prefeitura Municipal de Fortaleza e Prefeitura Municipal de Sobral.

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Liderança política

que vem do DNA

Por Kelly Garcia

Nosso entrevistado desse domingo é Raphael Pessoa Mota. Advogado, chegou a exercer, entre 2010 e 2012, o cargo de Secretário da Corregedoria do Tribunal do Trabalho da 7ª Região. Em 2012, foi eleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção da Região Metropolitana de Fortaleza – OAB/RMF, com sede em Maracanaú. 

 

Casado com Rafaela, com quem tem três filhos, Raphael Filho, Théo e a recém chegada, Beatriz, é super dedicado à família e ama compartilhar momentos com eles.

 

Com a militância política vocacionada em seu sangue, logo Raphael decidiu seguir os passos do seu tio, o ex-Governador do Ceará, Gonzaga Mota, e do Prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, quando, em 2016, deu início a sua caminhada político-partidária, lançando-se candidato à vereador de Maracanaú pelo MDB.

 

Em seu primeiro mandato, como vereador, Raphael se destacou por sua atuação parlamentar fortemente pautada na política pública da saúde, educação e social, com posicionamento firme na elaboração de planos municipais que direcionam a cidade para o futuro. Sempre visando a melhoria da qualidade de vida dos maracanauenses e no debate de políticas públicas para o desenvolvimento e integração de Maracanaú e Região Metropolitana.

 

Reeleito vereador, Raphael licencia-se de seu mandato, no início de 2021, para, atendendo o convite do prefeito Roberto Pessoa, assumir a Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Desenvolvimento Urbano. Na Seinfra, sob a liderança do prefeito Roberto Pessoa, Raphael está a frente de uma equipe de técnicos e colaboradores vocacionados e comprometidos com o desenvolvimento da cidade, como a requalificação de grandes avenidas e melhorias na malha viária com investimentos históricos em diversos bairros e a implantação do Programa Passe Livre. Confira um pouco sobre a sua trajetória na nossa entrevista.

Hoje você atua como Secretário de Infraestrutura de Maracanaú, mas já trilhou um longo caminho, como advogado, líder classista e vereador. Nos conte um pouco dos aprendizados dessa trajetória.

Gratidão e reconhecimento. Ninguém faz nada sozinho. Na minha trajetória, sempre fui abençoado por pessoas que me ajudaram a vencer os desafios durante minha caminhada, seja na qualidade de Secretário da Corregedoria do Tribunal do Trabalho da 7ª Região, Presidente da OAB (subsecção da RMF), Vereador de Maracanaú e, agora, Secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Desenvolvimento Urbano do Município de Maracanaú. Até na construção da minha família, fui abençoado por uma  mulher maravilhosa. Portanto, sou muito grato a todos que me ajudaram a chegar até aqui.

 

Sabemos que a política está no seu sangue dos dois lados da família, tanto do lado paterno, com a influência do seu tio ex-governador Gonzaga Mota, como do lado materno, com Roberto Pessoa. Desde a adolescência, você já se sentia atraído por esse caminho? Como teve certeza de seguir?

Desde criança, eu acho. Cresci vendo tanto o Gonzaga Mota, a quem eu chamo de Tio Totó, com o Roberto Pessoa, sempre cercado de muitas pessoas, além de outros tios que foram prefeitos e meu pai, Antunes Mota, que já exerceu os cargos de Secretário municipal e estadual, bem como de vice-prefeito de Ibaretama. Observando o trabalho de todos em atender prefeitos, lideranças, conversando, viajando pelo interior do Ceará, indo à Brasília. Vendo de perto a disposição e compromisso que sempre tiveram em atender, ajudar e resolver. Tudo isso me influenciou muito. Tive a oportunidade de conhecer políticos que foram importantes para o nosso Ceará e para o nosso país, desde a redemocratização.  Acredito que isso vocaciona a gente.

 

Você tem suas raízes familiares com origem na região da fronteira entre as cidades de Caucaia e Maracanaú. Desse lugar, o que mais te marcou?

Sem dúvida, o Leilão da Taquara, com os festejos de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. É uma tradição que começou com meu bisavô Raimundo Pessoa de Araújo, o Doca da Taquara, há 111 anos. Quando eu era criança, meus pais ou meu avô, José Pessoa de Araújo, sempre me levavam... hoje eu tenho muito orgulho de, todos os anos, ser o ajudante do leiloeiro Raimundo, puxando o leilão.  

 

Quais os seus principais projetos como secretário de Maracanaú? O que já foi feito e o que você ainda pretende realizar?

Há importantes projetos em andamento, com as diretrizes do Prefeito Roberto Pessoa. A exemplo, do Programa Passe Livre que iniciamos ano passado e que, em cerca de um ano, já garantiu a gratuidade no transporte coletivo para mais de dois milhões de usuários, entre estudantes e beneficiários do Bolsa Família. Há ainda o Programa de Transporte e Logística – Translog, que garantiu mais de sessenta milhões de dólares na requalificação de importantes avenidas do Distrito Industrial, bem como a requalificação/melhoria viária de diversas vias e avenidas em todos os bairros de nossa cidade. São recursos investidos em drenagem, pavimentação, iluminação, arborização e urbanismo. Além de melhorar o transporte de cargas para o Distrito Industrial, que é o coração da economia do Estado, este projeto garante uma nova vocação urbanística para o Distrito Industrial, porque oferece a população novas áreas de esporte e lazer. O ano de 2023 foi muito importante para os desportistas e os maracanauenses apaixonados pelo esporte, pois com compromisso e determinação no avanço das obras do Estádio Almir Dutra, recepcionamos jogos da primeira divisão do campeonato cearense. É importante registrar, ainda, a reforma e revitalização de várias unidades básicas de saúde, equipamentos da assistência social, equipamentos esportivos etc. Contudo, estamos focados em entregar a reforma do Hospital Municipal, possibilitando um avanço considerável na política pública de saúde.

Na sua opinião, qual é a maior alegria ao atuar na política?

Poder contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas. É muito gratificante ouvir de uma mãe que o filho só teve a oportunidade de fazer um curso ou uma qualificação porque agora ele pode andar de ônibus sem pagar a passagem. É muito bacana receber um abraço de agradecimento por tirar o sofrimento de famílias, com intervenções pelo poder público, que tinham suas casas invadidas pela água na quadra chuvosa. Em suma, acredito que a política, que dizer a boa política, se assemelha ao sacerdócio, participa ativamente que tem vocação. E vocação não se explica.

 

Além da sua profissão, você construiu uma bela família, ao lado da sua esposa e com seus três filhos. Quais as atividades que mais gosta de realizar com eles?

Eu gosto de tudo (rsrsrss). Gosto muito de jogar bola com os meninos, passear, ir ä praia, praticar atividades radicais, etc. Adoro cozinhar com eles... é um hábito que fazemos toda semana. Eu e os meninos vamos para a cozinha e preparamos alguma coisa especial para a Rafaela. Agora, com a mais nova, por enquanto, a gente só se agarra, mas já, já, estará nos acompanhando (rsrsrs).

 

Quais os seus hobbies?

Ultimamente, eu estou numa fase mais fitness (rsrsrs). Mas gosto muito de livros e séries. Aliás, eu sou daqueles que acompanha as novelas e ainda comento sobre o Big Brother, rsrsrs

 

Nos indique um filme, um livro e uma série.

Gosto muito de filmes baseados em história real, mas se é para indicar, e como cearense com orgulho, sugiro “O Shaolin do Sertão”. Um livro, indicaria “Sapiens - Uma breve história da humanidade”. Uma série? Gostei muito de “Suits”.

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Escrita e fotografia como fontes

de beleza e energia positiva

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada da semana é a premiada escritora, jornalista e fotógrafa Sandra Fontenelle. Jornalista por formação, escreveu três livros infantojuvenis e tem participação em antologias nacionais de crônicas, contos e poemas, sendo uma das vencedoras do Prêmio Off Flip de Literatura 2022, com a crônica poética A Toalha de Labirinto. Silêncios é o seu segundo e-book de haikais, antes veio Mundo Sensível, ambos para o público jovem e adulto e que estão disponíveis na plataforma da Amazon. Participou do 20o. Salão Internacional de Artes, da Galleryspt, em Portugal, sendo premiada pela obra fotográfica "Assinatura", como a melhor obra digital, em março deste ano. Confira uma conversa sobre escrita, inspiração, recomeços e a força da linguagem.

Como a escrita autoral se tornou importante em sua vida? Você já escrevia na infância e na adolescência?

A escrita autoral se tornou importante para mim como uma forma de consciência de um ser no mundo. Antes disso, as minhas atividades estavam mais voltadas para casa e não iam além disso. Mesmo as minhas fotografias estavam guardadas, embora fotografasse com relativa frequência. Mas o fato é que, em 2019, eu passei por sérios problemas pessoais e eu utilizei a escrita como forma de inserir no meu mundo sentimentos mais positivos, mais prazerosos. Na época, eu não tinha essa consciência, mas hoje vejo que a literatura entrou em minha vida como processo de cura. Mas eu não me utilizei da escrita para me queixar da vida, embora eventualmente isso aconteça, mas de forma sutil.  Eu normalmente expresso sentimentos bons, para elevar o espírito.
Não lembro de escrever na infância, mas na adolescência adorava as aulas de redação, tanto que ao terminar o Ensino Médio, tinha certeza que me dedicaria a uma profissão que envolvesse a escrita, daí fui para o Jornalismo.


Ao entrevistar outras jornalistas que são escritoras, percebi que, em alguns casos, o ofício as distanciou da literatura. Como foi com você?

Quando eu terminei Jornalismo na UFC, eu não tinha ciência de que queria me tornar escritora, mas eu já tinha algumas inserções na profissão e andava muito insatisfeita. Eu queria fazer algo mais lírico, mais pessoal, diferentemente do jornalismo que é mais informativo, mais objetivo e um tanto quanto impessoal. Depois disso, eu viajei para o exterior e minha vida ganhou outro rumo, dedicando-me mais à criação das minhas filhas. Vi-as crescer, tinha condições financeiras para isso, e poder acompanhá-las não tem preço. Hoje elas estão crescidas, e eu, escrevendo o que gosto.

 

Você tem três livros infanto juvenis. Como foi o processo de criação deles? Você se inspirou em alguma coisa do cotidiano?

O cotidiano me inspira muito. Não somente o meu cotidiano, mas o cotidiano que observo nas ruas, na relação com outras pessoas. Acho bem interessante essas pessoas cheias de imaginação que escrevem livros de ficção, porém devo admitir que a imaginação não é o meu ponto forte. Então, faço da realidade a matéria-prima para a minha escrita, lembrando que a realidade é riquíssima, basta um olhar mais cuidadoso para percebê-la. A criação dos meus livros infantojuvenis veio numa mescla de resgatar sentimentos bons com as experiências do cotidiano.

 

Para os Haikais, já aconteceu de alguma imagem trazer uma poesia consigo?

Muitas imagens me inspiram muitos haikais. São imagens que presencio, que vejo na internet, ou imagens que construo a partir de uma sensação do passado.

 

Com a crônica poética "A Toalha de Labirinto", você venceu a edição do Prêmio OffFlip de Literatura em 2022. Como se deu o processo de criação desse texto?

"A Toalha de Labirinto" começou quando eu não tinha consciência de nada. Explico melhor: Quando eu era criança e viajava de férias para o Aracati, via aquelas mulheres da aldeia de pescadores tecendo a renda do labirinto, enquanto os seus maridos iam pescar em alto mar. Elas ficavam em solo, cuidando da casa, das crianças e ainda arrumando tempo para a sua arte. Eu só conhecia o labirinto porque em minha casa tinha uma toalha lindíssima dessa renda, que a minha mãe usava só em ocasiões especiais. Mas quando eu vi aquele trabalho de perto, instantaneamente registrei em minha memória a minha admiração e o meu respeito por essas mulheres. Então, "A Toalha de Labirinto" foi esse resgate.

 

Você lançou seus livros na Bienal. Como foi para você essa experiência?

Participar da Bienal foi uma experiência incrível porque tive contato com o público e o contato com outros escritores. Foi muito proveitosa aquela nossa experiência de ter um estande para os autores independentes, isso fortaleceu laços e estabeleceu parcerias, além do conhecimento de gente talentosa.

 

A fotografia é uma das suas linguagens mais potentes. Como ocorreu esse contato e essa paixão pela imagem?

Quando eu estudei Comunicação Social na UFC, as disciplinas de Fotografia eram voltadas ao fotojornalismo, e eu não me interessei muito. Entretanto, quando estive na Alemanha, eu frequentei, como aluna convidada, o Curso de Cinema, da Kunsthochschule (Escola Superior De Artes), de Kassel. Foi aí que descobri a fotografia artística, (isso ainda no período analógico, rsrsrs) e de lá para cá, não parei mais.

 

Recentemente, você venceu um Prêmio Internacional de Fotografia, na vigésima edição do Salão Internacional de Artes, da Galleryspt, em Portugal e foi premiada com a melhor obra digital. Como você apura o seu olhar para registrar imagens únicas?

Acho que isso tem a ver com que você não se contentar com o óbvio. Se um objeto lhe parece belo, procure novas formas de explorá-lo além daquela que primeiro lhe venha à cabeça. E também não duvide: o belo está em toda parte, às vezes, nos pequenos detalhes, não somente naquelas paisagens deslumbrantes. O mágico pode ser descobrir o simples...

 

Você poderia nos adiantar algo dos seus novos projetos?

Eu tenho um manuscrito de crônicas/contos na gaveta, esperando a hora oportuna para publicar. Também estou começando a produzir fotozines, o que virá depois disso eu não sei dizer.

 

Que conselho você daria para as escritoras que estão iniciando nesse mundo da escrita e da autopublicação?

Bom, tenham muito cuidado com os "gaviões". Existe muita gente oportunista querendo tirar proveito do escritor iniciante, porque sabe o quanto vale para ele a publicação do seu livro. Não ceda os seus direitos autorais e, principalmente, cuidado com as falsas promessas, tudo tem que ser à base do contrato.

 

Você já teve um bloqueio criativo. Se sim, como fez para superar?

Olha, eu não escrevo sempre com a mesma frequência. Quando eu escrevo menos ou não escrevo, eu não me desespero, simplesmente deixo rolar. Acho que essas pausas que a gente dá é uma necessidade do próprio cérebro. Ultimamente, entretanto, uma coisa que quero fazer é ir atrás de experiências pela cidade: observar pessoas, lugares, comportamentos...tudo isso a que chamam vida!

 

Quais os seus hobbies?

Ler e ouvir música.

Nos indique um filme, uma série e um livro.

Filme: Philadelphia, diretor: Jonathan Demme
Série: The Crown, de Peter Morgan
livro: Ética, de Spinoza

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Dinamismo e criatividade na realização de sonhos

Vale a pena ver de novo

Por Kelly Garcia

Competente Mafrense Sousa trocou o Direito pela realização dos sonhos dos outros, como cerimonialista. Com quase três décadas dedicadas ao setor, Mafrense faz parte da história dos momentos inesquecíveis de muita gente. Diretor da Mafrense Eventos, com sede no bairro Edson Queiroz, atua nos segmentos de eventos, casamentos, aniversários, formaturas, corporativos e agora está lançando uma equipe para o infantil. Amante dos destinos exóticos, já visitou mais de 50 países e ama ler e ver filmes de arte. Confira mais sobre esse grande profissional na nossa entrevista, que, inclusive aniversariou essa semana.

Como e quando você iniciou sua trajetória como cerimonialista?

Iniciei a minha trajetória no ano de 1992, quando conheci a Marilza Pessoa do Bom Bocado, o que mudaria para sempre a minha vida profissional. Para trabalhar com ela como cerimonialista, abri mão de exercer a minha carreira no Direito, a qual era recém formado e já estudava para prestar os exames da ordem. Desde então, abracei a profissão e todos os dias agradeço pela escolha que fiz. 

 

Quais os principais aprendizados que você teve durante todos esses anos no mercado?

O meu principal aprendizado veio com o amadurecimento como ser humano e profissional. Aprendi a dar mais valor às pequenas coisas, e maior respeito ao próximo.

 

Já atuou em outras áreas? Quais? Quais eram os seus sonhos de profissões na infância?

Não atuei em outras áreas, pois estava no início de carreira, e logo me vi completamente envolvido nessa área de eventos. Mas, meu sonho de criança era ser ator.

 

Na sua opinião, qual o principal diferencial do Mafrense no mercado de eventos?

O principal diferencial da Mafrense Eventos é o processo de se reinventar o tempo todo. A gente não para e não tem se acomodado. O tempo todo estamos nos reinventando.

 

Ao longo dos anos, na sua opinião, o que mudou no ramo dos eventos e festas?

Ao longo desses anos, as festas mudaram completamente, um novo conceito foi formado. Naquela época, quando iniciei nesse caminho profissional, as festas eram planejadas pelos próprios pais. Hoje em dia, saem a cara da noivas e aniversariantes. E atualmente, as redes sociais contribuíram muito para essas mudanças.

 

Você é conhecido pela tradição e a competência em grandes eventos. Como conseguiu esse diferencial?

Na verdade, a gente permanecer no mercado há tantos anos, depois de uma nova geração de profissionais que surgiram nesse processo, não é fácil! Procuro, o tempo todo, novas ideias, novos caminhos. Minha cabeça não para, as coisas vão surgindo e vamos aprimorando.

 

Quais suas principais referências como empresário do ramo de eventos? E como cerimonialista? 

A minha principal referência vem da seriedade e do excesso de responsabilidade como encaro o meu trabalho, e com isso ganhei muitos frutos, como o respeito e a fidelização da minha seleta clientela.

 

Quais os seus hobbys?

O meu principal hobby realmente é viajar! Sou apaixonado por destinos exóticos. Afinal, já são mãos de 50 países, e muitos deles repetidos.

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Lembranças que se traduzem em versos

Vale a pena ver de novo

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada desse domingo é a escritora, professora e crítica literária Aíla Sampaio. Cearense da região do Cariri, professora da Seduc e da Unifor, com doutorado em Literatura Comparada pela UFC, tem oito livros publicados, entre eles, Literatura no Ceará (2019) e A carne do tempo (poemas, 2020/21). É apaixonada por Literatura, Cinema, Artes Visuais, vinho e viagens. Confira uma conversa descontraída sobre inspiração, escrita, memória e livros.

Você é uma autora muito atuante na cena literária, já há muito tempo, seja escrevendo seus livros ou mesmo como na comissão de concursos literários. Como isso tudo começou? Quando você se assumiu como escritora?

Como comecei a ler muito cedo, também comecei a escrever muito cedo. Sempre fui muito sonhadora, então viajava na imaginação com os Contos de Andersen e adorava a ideia de que a vida pudesse ser uma grande fantasia. Embora apaixonada pelas narrativas, foi a poesia o primeiro gênero que eu exercitei, por influência dos poetas românticos que li aos 10 anos. Participei de Concursos literários entre 1985 e 86 e lancei o meu primeiro livro em 1987 e o segundo em 1991, antes de entrar para o Curso de Letras na UECE. Passei muito tempo sem escrever, fazendo especialização e mestrado, com um senso de autocrítica muito severo. Só em 2012, quando lancei "De olhos entreabertos", comecei a me senti uma escritora. Com "A carne do tempo" veio a minha certeza. Quanto aos Concursos Literários, somente quando afirmei meu nome como professora de Literatura, passei a ser convidada para fazer parte de Comissões Julgadoras. Foram muitas. Cito especialmente a minha participação nos Prêmios Cidade de Fortaleza (na época do saudoso Claudio Pereira), Prêmio de Literatura Unifor e Prêmio Ideal de Literatura.

 

 Você é do Cariri. De que forma isso influenciou na sua escrita? Tem muitas lembranças dos tempos que morou por lá?

Morei no Cariri até os 14 anos. Foi nessa época que comecei a escrever um diário para falar do meu dia a dia e registrar memórias. Guardo as melhores lembranças das paisagens verdes, das festas no colégio, do riacho na cheia, do cheiro molhado de terra, do gado do meu pai se espreguiçando no curral, dos quintais bem varridos da minha infância. Todas essas imagens aparecem nos meus textos. Fecho os olhos e percorro aquelas estradas que me atravessam até hoje em forma de saudade.

 

 Você se considera uma pessoa saudosista? Por quê?

Sim. Sou muito ligada às minhas raízes interioranas, à figura do meu pai, que perdi aos 6 anos, então aciono sempre a minha memória para recuperar pedaços de momentos, traços, vivências. Guardo a lembrança de tudo o que a vida me obrigou a deixar pelo caminho; penso que lembrar é uma forma reviver.

 

Como vê a relação entre o fortalezense e a memória da cidade? Concorda que há um desapego? Como lida com isso?

Infelizmente, temos a cultura de desvalorizar tudo o que "envelhece". Enquanto na Europa prédios centenários são supervalorizados, aqui, vão se transformando num estorvo. Ainda hoje se fala no Castelo do Plácido, derrubado para construção de um supermercado, onde hoje fica a CeArt; mas casas antigas continuam a ser derrubadas para a construção edifícios ou são desfiguradas para se transformarem em prédios comerciais. Recentemente assistimos à demolição da belíssima edificação onde funcionava o Boteco Praia, na Beira Mar... Vejo isso como pobreza de valores, falta de lastro cultural. Uma tristeza essa visão de emergente!

 

De onde você tira inspiração para as suas poesias?

É a vida que me inspira. Sou muito sensível e tudo me toca. A escrita é o meu modo de sobreviver aos caos interior e exterior.

 

Quais são as suas principais influências como escritora?

São muitas. Na verdade, tudo o que leio me inspira. Mas vamos citar alguns escritores: na poesia, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meirelles, Hilda Hilst, Francisco Carvalho; na prosa, Machado de Assis, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Teles, Raduan Nassar e Milton Hatoum.

 

 Quais os seus hobbys?

Cinema, Leitura, café ou vinho com amigos/as e o maior de todos: viagens!

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Randal Pompeu e um novo futuro à vista

Unifor 50 Anos

Trazemos este domingo, uma valiosa conversa com o Randal Pompeu, já publicada pela Unifor, para compreender a importância e influência da Universidade de Fortaleza para a sociedade, além de celebrar os 50 anos de história de quem segue ensinando, aprendendo e fazendo acontecer. Confira alguns trechos da entrevista a seguir.


Randal Martins Pompeu assumiu a Reitoria da Universidade de Fortaleza no início de 2023, coincidindo com a celebração dos seus 30 anos de Unifor (Foto: Ares Soares)

A Unifor completa 50 anos. Qual a relevância da Universidade no desenvolvimento educacional, científico, cultural e econômico do Ceará? O que podemos destacar de contribuição nestas quatro esferas?

A relevância da Universidade de Fortaleza para o desenvolvimento educacional, científico, cultural e econômico do Ceará é bastante significativa, pois a Unifor foi criada pelo Chanceler Edson Queiroz com o propósito de melhorar os índices sociais do Ceará e do Nordeste, que eram críticos há 50 anos. Essa carência generalizada se devia à falta de oferta de ensino superior. Por já ter nascido Universidade, a Unifor sempre teve o compromisso de reverter em benefícios para a sociedade o que se produz de conhecimento no campus.

Percebemos essa contribuição nos mais de 110 mil profissionais graduados. Igualmente percebemos essa contribuição nos diversos projetos de pesquisa e de extensão, cujos resultados geram impactos positivos até mesmo em âmbito nacional, como o capacete Elmo, vital durante a pandemia de Covid-19, e as exposições do Espaço Cultural Unifor, que tem um forte viés educativo para promover o conhecimento por meio da arte.

 

De que maneira a Unifor forma profissionais cidadãos há meio século? Quais os valores e ações da Universidade neste sentido ao longo das décadas?

A formação de profissionais cidadãos está no DNA da Unifor pelas razões que motivaram sua criação, pelo então Chanceler Edson Queiroz, e pelo compromisso de ser uma Universidade cujos frutos do ensino, da pesquisa e da extensão devem chegar à comunidade externa. Importante acrescentar que os valores, hoje são extremamente valorizados pelo mercado, que estima profissionais mais humanos e éticos, além de empreendedores com propósito. Portanto, esses fundamentos hoje se encontram consolidados no dia a dia da nossa comunidade acadêmica.

 

Quais as perspectivas para o futuro da Universidade de Fortaleza e o que podemos esperar dela nos próximos anos?

Estamos muito atentos à implantação de processos inovadores na Unifor, tanto na gestão como no ensino, na modalidade presencial e a distância. Assim como à internacionalização da instituição, tendo em vista a excelência da formação do nosso aluno e a sustentabilidade da Universidade. Naturalmente, para atingir todas essas metas, podemos prever que teremos muito trabalho pela frente.

 

Depois de 30 anos como colaborador, o que a Unifor representa pessoalmente para o senhor?

Tendo em vista que, como colaborador, eu vivo a Unifor há 30 anos — seja na condição de professor, coordenador, diretor, chefe de gabinete, Vice-Reitor e agora Reitor —, posso dizer que esta Universidade representa muito mais do que um ambiente de trabalho para mim, até porque também fui aluno aqui. É o lugar onde eu cresci como profissional e ser humano, onde eu conheci e sigo convivendo com pessoas extraordinárias, com quem ensino e aprendo diariamente.

 

Aos 50 anos, o que a Universidade de Fortaleza tem de mais relevante para celebrar?

Sem dúvida, é importante reconhecer as realizações alcançadas ao longo de cinco décadas, tantos sonhos e projetos de vida concretizados com o apoio da Unifor. Porém, o que temos de mais relevante para celebrar neste momento são as perspectivas de realizações futuras, os próximos 50 anos. Ainda há muito a realizar, os desafios são imensos. Mas encaro com positividade o futuro, pois já estamos trabalhando em sinergia com professores, colaboradores e gestores, sempre com o apoio inestimável do Conselho Curador da Fundação Edson Queiroz, instituição mantenedora da Universidade de Fortaleza.

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Uma paixão que se

tornou ofício e propósito

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada desse domingo é a talentosa designer de joias e ceramista Suzane Farias, que tornou-se joalheira por paixão. A cearense, autodidata, produz joias contemporâneas de forma artesanal desde 2004.

 

Dentre as suas principais coleções, estão a Aldemir Martins e a Lino Villaventura. O reconhecimento de seu trabalho veio com premiações em concursos, como o 2º Lugar - Categoria Joias Comerciais no 3º prêmio EMBRARAD em abril de 2007, com o conjunto Gérbera. Ainda a classificação no XV Prémio IBGM de Design de Joias em 2010 - categoria Joia com lapidação diferenciada com o pendente Pião, e, em 2019, como finalista na Categoria Joias de materiais alternativos do 1º. Prêmio Design Experience, com o anel Multi Bolas. 

 

Seu trabalho também esteve presente em diversas exposições no Brasil e também em Paris, Madri, Berlim, New York e Punta Del Leste entre outras.

 

Em 2021, a designer iniciou uma nova fase do seu trabalho, onde une joias e cerâmica. Além de joias, nessa nova fase, ela passou a criar peças utilitárias e decorativas, que ela intitula de joias para casa. 

 

Confira uma conversa leve e descontraída sobre inspiração e propósito.

Sabemos que você é advogada por formação e que vem de uma família com muitos membros nessa área de atuação. Como decidiu dar o start em sua trajetória como joalheira?

As joias chegaram na minha vida por acaso. Sempre fui apaixonada por elas e principalmente pelas pedras. Comecei fazendo peças para mim e daí não parei mais. Saí do Direito, troquei de nome. Até então, era conhecida como Suzane Machado e passei a usar o Farias em homenagem à minha mãe e ao apoio que recebi dela na época. Isso aconteceu por volta de 2004 .

 

No design de jóias, você é autodidata. Como escolhe os cursos e formações para estar sempre atualizada e com a criatividade afiada?

No começo, estudei bastante para entender como era o trabalho do designer de joias, como era o processo de criação, as coleções, enfim, como tudo funcionava. Participei de alguns pequenos cursos de aperfeiçoamento de desenho, mas hoje estou ampliando o leque, tudo de arte me interessa! No momento, estou fazendo um curso de escultura, de torno e permaneço nas aulas semanais de cerâmica.

 

Entre suas criações, você homenageou vários artistas e monumentos de nossa terra. Entre os artistas, Aldemir Martins e Lino Villaventura, assim como fez uma peça inspirada no Theatro José de Alencar. Você acha importante essa valorização do que é nosso?

Sempre achei. Desde o início, meu olhar sempre foi voltado para o que é nosso! Para minha terra, minhas raizes. Também sempre procurei valorizar o que é daqui. Profissionais, colaboradores, lapidários, os daqui sempre estiveram em primeiro lugar nas minhas escolhas!

Nesses quase 20 anos trabalhando com jóias, foram muitas as peças premiadas. Nos fale um pouco sobre esse reconhecimento.

O reconhecimento para mim é combustível! Me faz querer continuar e acreditar que estou no meu melhor caminho. 

 

Em 2021, você decidiu iniciar uma nova fase em sua trajetória de designer, juntando jóias e cerâmica. E também começou a fazer peças utilitárias e decorativas. Como decidiu dar esse novo passo? E como tem sido esse novo aprendizado?

A cerâmica chegou na minha vida num momento de muitas mudanças e de muita reflexão e veio para ficar! Estou completamente apaixonada pelo universo e cheia de planos. Sei que ainda estou no começo do aprendizado, mas vislumbro muitas realizações ao longo desse caminho. 

Pode adiantar pra gente algum de seus novos projetos nessa área?

Atualmente estou fazendo um curso de escultura e ainda esse ano pretendo trazer novidades!

 

Como faz para sempre estar de bem com a vida? Gosta de meditação, atividade física?

Dentre as mudanças que implementei na minha vida nos últimos tempos, está a meditação. Atividade física, eu já prático há alguns anos de forma regular e é nítida demais a diferença que isso fez e faz na minha vida em todos os sentidos! Hábitos que adquiri e não deixo mais!

 

Qual a mulher que mais te inspira? Por que?

Sem a menor dúvida, a mulher que mais me inspira até hoje é minha mãe!  Ela é daquelas mulheres que realizam! Daquelas que agregam, que unem, e isso para mim é admirável! 

 

Nos indique uma série, um filme e um livro.

Uma das mudanças que implementei  na minha vida, é não assistir mais TV. Mas, assisto a um bom filme de vez em quando, claro! Indico MILAGRE NA CELA 7, filme lindo e emocionante! Séries, vejo menos ainda, mas me indicaram e achei bem divertida EMILY EM PARIS. Livros, tenho sempre alguns na minha cabeceira. Recomendo “Histórias lindas de morrer “ de Ana Claudia Quintana Arantes. Vale muito a pena a leitura! E coloquei na cabeceira ontem Vicent Van Gogh : Minha história, que acredito também seja uma excelente dica de  leitura.

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Direito como paixão

e propósito de vida

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada da semana é a advogada Cyntia Mirella da Costa Farias Sales. Coordenadora Adjunta do Observatório da Educação Jurídica no Estado do Ceará, pela OAB/CE, é professora, mestre, doutora e pós-Doutora em Direito. Hoje, aplica todos esses conhecimentos no escritório LCG Advocacia e como professora. Nos momentos de folga, ama estar rodeada da família, ao lado das filhas Isabella e Letícia e do marido Davi e participando de movimentos católicos. Confira uma conversa leve sobre o Direito e como ele influi na vida de todos nós.

Como você decidiu pelo Direito? Era sua primeira opção de profissão nos tempos do vestibular?

O Direito sempre foi uma grande paixão para mim e, por isso, minha primeira e única opção. À época em que fiz o vestibular, minha irmã e minha mãe cursavam Direito. Meu padrinho é advogado e por doze anos foi presidente da OAB – Subseção Arapiraca/AL, de modo que sempre estive rodeada de familiares e amigos que vivem o Direito e que buscam a efetiva Justiça.   
 
Desde a graduação, você tem sempre buscado se aprimorar. Nesse sentido, fez Mestrado em Direito Constitucional na Unifor, Doutorado em Filosofia do Direito na PUC-SP e Pós-Doutorado em Direito Econômico das Relações Internacionais na Unifor. Você tem alguma área preferida no Direito?

O Direito como um todo me envolve. Sou sócia do Escritório LCG Advocacia e nele temos ampla abrangência, com foco no Direito Preventivo Empresarial, Trabalhista, Comercial e de Família, sendo este último, em especial, o meu maior afeto.
 
Você também é professora de Direito. Ademais, é Coordenadora Adjunta do Observatório da Educação Jurídica no Estado do Ceará, pela OAB/CE. Quais são as delícias e desafios dessa área de atuação?

Atuar no Direito é estar em constante estudo. Porque as leis mudam de acordo com a dinâmica social e, por esta razão, estão sempre se reformulando. Comecei a atuar profissionalmente como professora de Direito. Dei aulas em São Paulo e aqui em Fortaleza. Atualmente, dedico todo o meu conhecimento adquirido no Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado à prática na advocacia. Associar tanto estudo à aplicação prática faz toda a diferença! Contudo, para manter o fomento aos estudos, coordeno, juntamente com outros colegas, o Observatório da Educação Jurídica no Estado do Ceará, pela OAB/CE, grupo pioneiro no nosso Estado onde atuamos em diversos projetos interessantíssimos como Congressos, Palestras, idas à Universidades e Faculdades não só na nossa capital, mas em todo o Estado do Ceará. 

 

Você também é advogada e sócia no Escritório LCG Advocacia. Como faz para conciliar tantas atividades?

Quando trabalhamos com amor isto deixa de ser um trabalho. Buscar a Justiça por meio do Direito e pensá-lo como um todo humaniza meu dia a dia e transforma toda ação em pretensão de satisfação ao meu cliente. No Escritório LCG Advocacia, somos um time onde os conhecimentos e forças de trabalho se somam. Do mesmo modo, sempre que sou solicitada ao trabalho na OAB/CE que trata do Ensino Jurídico no Estado do Ceará me preenche. Quando morava em São Paulo, escrevi uma Cartilha chamada OAB VAI À ESCOLA aprovada pelo governador para ser distribuída em todas as escolas públicas do Estado de São Paulo. Saber o Direito é um direito de todos.  
 
Que conselho você daria para quem está começando a cursar a graduação em Direito? 

Dedique-se! Permita-se conhecer o Direito em sua amplitude! Não se limite a decorar normas, artigos e súmulas. O Direito é muito maior que isto! A vida de todos nós é baseada em regras de convivência onde o Direito é uma condição sine qua non, indispensável. Entender o Direito permite irmos além dos códigos, porque nossa vida está fundamentada em valores onde o Direito nos permite ter acesso a eles.

 

Quando você não está atuando no Direito, o que gosta de fazer?

Estar rodeada da minha família é, se dúvidas, o que me causa mais prazer! Sou casada há quase doze anos com o Davi que, somados há sete anos de namoro, significam 19 anos de amor, companheirismo, paixão, respeito, admiração e amizade. Com ele tive duas lindas filhas: a Isabella, de sete anos, e a Leticia, de quatro anos. Ademais, estar com meus pais, sogros, irmã, cunhados, sobrinhas e amigos, me completa! Somos uma família unida no amor de Deus e participamos de dois Movimentos Católicos: a Equipe de Nossa Senhora e o Caná.    

 

Quais são seus grandes exemplos como juristas?

Foram muitos os professores e juristas que me inspiraram e continuam inspirando ao longo da minha jornada. Mas resumirei citando meu padrinho José Ventura de Farias, por sua bravura e paixão pelo Direito; à Professora Maria Helena Diniz, com quem tive a honra de ser sua aluna no Doutorado e tanto me ensinou; e ao professor Boaventura de Sousa Santos por ser múltiplo: um professor universitário, cientista social, jurista, autor de diversas obras, filósofo da ciência, ativista e poeta. 

 

Nos indique um filme e um livro.

Um filme que sempre me alegra a alma ao assistir é Um lugar chamado Notting Hill, pois é leve onde aborda o amor, a aceitação às diferenças, a cumplicidade, complexidade e a simplicidade da vida.

Já um livro de cabeceira para mim é o Justiça: O que é fazer a coisa certa, de Michael J. Sandel, em que consiste em uma das leituras mais modernas e provocativas aplicadas na Universidade de Harvard propondo-nos a um desafio de meditar sobre conflitos cotidianos mostrando como uma abordagem mais segura da filosofia pode nos ajudar a entender a política, a moralidade e também a rever nossas convicções valendo como um convite oportuno para renunciarmos a disputas políticas e avaliarmos se somos capazes de ter uma discussão sensata sobre em que tipo de sociedade realmente queremos viva.

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Pioneirismo e maestria nos

procedimentos estéticos e na cirurgia plástica

Por Kelly Garcia

A médica cirurgiã plástica Yhelda Felício é a nossa entrevistada desse domingo.  Influenciada pelo gosto materno por aprimorar a beleza feminina, já que a sua mãe, conhecida como Madame Izaura, foi a primeira esteticista de Fortaleza, ela optou pela Medicina como caminho profissional há mais de quatro décadas. Pioneira em Cirurgia Íntima e em muitos procedimentos como a atual Harmonização Facial, a médica já atuou em muitos consultórios e hospitais fora do País e segue se aprimorando para levar o que  há de mais moderno para os seus pacientes. Confira uma conversa leve sobre medicina, estética e os desafios de cultivar o belo sem exageros nesse tempo pós moderno de tanto imediatismo.

Você conta com mais de quatro décadas de experiência na cirurgia plástica. Certamente muita coisa deve ter mudado em todos esses anos. Nos conte algumas dessas mudanças, especialmente no perfil dos pacientes.

Realmente, a mudança é enorme! Com o advento da internet, o paciente hoje nos procura com o "diagnóstico" feito e às vezes nos sugerem "tratamentos", de acordo com o modismo da vez. O profissional tem que estar muito bem atualizado e seguro de seus conhecimentos, pois está muito em voga nomearem procedimentos básicos e lançarem como novos procedimentos. Na verdade, esses tratamentos nada têm de novo, apenas o nome. São alguns exemplos: harmonização facial, lipo HD e cirurgia plástica funcional. Outra questão importante é que um paciente somente deve se submeter a um tratamento cirúrgico se tiver saúde física e mental. Posso afirmar que aproximadamente 50 por cento dos pacientes não estão aptos para se submeter a uma cirurgia plástica exatamente por esses motivos. O  imediatismo faz a maioria querer apertar em um botão ou tomar uma pílula para receber transformações instantâneas, principalmente, físicas. E isso não existe.

 

Por que você escolheu ser médica? E por que optou pela cirurgia plástica?

Meu saudoso pai, Raimundo Felicio Neto, queria ser médico. Porém, perdeu seus pais muito jovem e era arrimo de família. E nesse tempo, só havia Faculdade de Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro, portanto sem chance de realizar o seu sonho. Talvez o seu desejo tenha me influenciado. Minha mãe, Izaura de Alencar Felicio, foi pioneira em Fortaleza como esteticista. Foi ela quem trouxe para Fortaleza os produtos Avon, dos Estados Unidos e Dr. Payot, da França. Madame Izaura, como era conhecida, cuidava da beleza e da aparência das mulheres elegantes de nossa sociedade. Me criei  no ambiente da beleza e da estética. Talvez ela tenha me transmitido o desejo e o amor no cuidar, que ela fazia com maestria. Os conselhos de beleza que ela escrevia no jornal local e ensinava no Senac, até hoje nos são úteis. Minha querida mãezinha era uma mulher de vanguarda.

 

É verdade que hoje os homens também estão procurando mais os consultórios de cirurgias plásticas e estéticas? Quais são os procedimentos mais procurados por eles?

Iniciamos com 1 por cento de cirurgias plásticas em homens. Porém, após um ano, já conseguimos 30 por cento de nossa clientela masculina. A Lipoescultura com seringa abdominal e de flancos, pela procura de um corpo atlético, tipo "tanquinho" é o procedimento campeão entre eles. Em segundo lugar, o tratamento de ginecomastia. . Também o homem pode receber prótese especial masculina de silicone na mama, para simular que é bastante malhado. O rejuvenescimento facial também é bastante procurado.

 

E pelas mulheres, quais são os procedimentos queridinhos?

Na mulher, o queridinho é a Lipoescultura com seringa de abdômen, flancos, culotes e glúteos. As cirurgias mamárias, tanto de redução por via axilar, que evita cicatriz na mama, como de aumento com sua própria gordura e/ou com prótese de silicone gel, estão em segundo lugar.  assim como elevação de face interna das coxas e lifting dos braços (problema do tchauzinho). Em seguida, vem o implante de silicone em pernas e/ou implante de gordura em pernas (também realizado em homens). Após a nossa entrevista no Jô Soares, tanto a cirurgia íntima como o implante de silicone em pernas teve uma acentuada procura, porém, com a pandemia todos os procedimentos reduziram consideravelmente.

 

Com o avanço da Medicina, hoje é possível até melhorar o aspecto de áreas que antes eram tabu, como a região íntima. Nos fale um pouco sobre o que pode ser feito e quais os procedimentos mais procurados nesse sentido.

O médico cirurgião plástico Pierre Fournier,  pioneiro da lipoescultura com seringa, em maio de 1989, realizou o primeiro curso no Brasil, precisamente aqui em Fortaleza em minha clínica e em mim, pois me submeti a lipoescultura com seringa no meu abdômen e flancos e recebi minha própria gordura em minha face, ou seja, a atual harmonização facial. Uma cliente minha, de 65 anos, que tinha operado as mamas e feito lifting facial comigo, soube da novidade e me solicitou receber gordura em seu púbis. Eu achei fantástica a sua ideia, então liguei para Paris e perguntei ao professor Fournier se era possível. Ele foi muito honesto e me disse que jamais havia implantado gordura em púbis, porém, seria possível, sim, implantar gordura em qualquer região do corpo que tenha gordura. Graças a Deus, foi um sucesso e aí então iniciou-se no mundo a Cirurgia Íntima. O nome foi ideia do Dr. Fournier. Realizamos a primeira Cirurgia Íntima e ele forneceu esta feliz denominação, que foi aceita por toda comunidade médica que realiza o revolucionário método. Passei a ser convidada nos quatro cantos do mundo levando a nossa experiência. Inclusive, na atualidade, é um dos procedimentos mais realizados nos Estados Unidos. E eu fui a primeira médica a apresentar a Cirurgia Íntima em Beverly Hills. Inclusive, o terceiro procedimento mais procurado pelos homens é o implante de gordura em pênis, assim como entre as mulheres, que procuram bastante corrigir a hipertrofia dos pequenos lábios e o clitóris enclausurado. O quarto procedimento cirúrgico mais procurado entre as mulheres na minha clínica também é a correção de hipertrofia dos grandes lábios e lifting na região.

 

Como faz para estar sempre atualizada em sua área de atuação?

Não paro de me atualizar. Antes da pandemia, sempre participei ativamente como conferencista em Congressos Nacionais e Internacionais. Fiz Mestrado em Cirurgia Plástica na UFC (Universidade Federal do Ceará), concluindo em novembro de 2003. Nosso estudo, totalmente original, foi sobre o  trauma em mama, como estudo comparativo entre a cirurgia mais realizada no mundo que é a técnica de Pitanguy, a técnica do T invertido X Técnica de redução e elevação mamária via axilar, de nossa autoria. Também sou Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, do ISAPS, da Sociedade Iberolatinoamericana e  recebo as revistas eletrônicas. Estou sempre em busca de aprimoramento.

 

Quais os seus hobbies?

Nado 500m no mar, no mínimo, duas vezes por semana. Gosto também de cuidar do meu jardim, com minhas rosas e minha horta, jogar "baby tênis", em que jogo com meu filho em minha casa, uma ou duas vezes por semana e praticar Yoga.

 

Você gosta de viajar? Quais os destinos que mais te marcaram?

Graças a Deus, viajei muito, conheci todos os continentes. Fui até na Albania e na Oceania, assim como no Oriente Médio, Georgia, Kingdom of Bahrain. Entretanto, depois da pandemia, o melhor mesmo é curtir minha Fortaleza, que amo de paixão.

 

Você é adepta de alguma religião? Como faz para estar sempre conectada com o sagrado?

Sou católica apostólica romana. Diariamente, início o meu dia juntinho de Deus, com, no mínimo, duas horas de orações. Também tenho o hábito de rezar o terço mariano antes de dormir.

 

E para manter o bem estar, quais são os seus hábitos?

Sempre cuido da alimentação, evito excessos, porque menos é mais. Durmo, no mínimo, seis horas diárias. Também estou sempre em dias com as prevenções médica e odontológica anuais.  Procuro conversar com Deus, ler, publicar. Operar para mim é semelhante a um tesão sexual. Dançar e tomar uma boa champanhe, principalmente com meus filhos e minha netinha.

 

Nos indique uma série, um filme e um livro.

Uma Série: Café com cheiro de mulher.  Filme: Uma linda mulher. Um livro: Bíblia Sagrada Católica.

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A vida e suas surpresas

como inspiração que se renova

Por Kelly Garcia

Nossa entrevistada da semana é a advogada, psicanalista e escritora Alana G. Alencar. Natural de Fortaleza, formada em Direito pela Universidade de Fortaleza, é também poetisa, compositora e produtora cultural. Publicou cinco livros (Trago do Verbo - 2002); (Poema Canção - 2003); (Nunca Sei Dizer Direito - 2006); (Detalhes da Alma de Alguém - 2018), Metáforas de uma Análise - 2021). Também contribuiu para uma coluna na Revista Publico A – Direito e Poesia (2012/2015) e participou  das Edições da Revista Literária Espiral nº 6, 7 e 8. 

 

Foi integrante da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ), na qual foi idealizadora e executora dos Saraus na ACLJ – 1ª Edição (Ideal Clube) 2ª Edição (Sky Lounge – BS Designer Corporate Towers) 3ª Edição (Iate Clube), 4ª Edição (Santuário das Águias – suspenso devido à pandemia). Ainda participou do Festival de Monólogos "Solos Brasileiros" em 2019 onde foi autora do monólogo intitulado “A Solidão de Ser Mistério".

 

Alana também atua como produtora dos shows de seu grupo literomusical “Soul de Áries”, com poemas e músicas autorais desde 2019. É uma das Idealizadoras do Sarau "Alucinação" (2021) e do Sarau Misturarte (2022). Confira uma conversa sobre inspiração e como as diversas linguagens da arte podem contribuir com mais beleza para a vida.

Além de ser formada em Direito e ser psicanalista, você também é poeta com cinco livros publicados. Como a escrita interage com suas profissões? 

Minha escrita é o que tenho de mais bonito. Me torna uma mulher menos dolorida às dores do mundo... assim posso levar mais leveza às outras coisas que cercam minha vida particular, incluindo o trabalho na esfera judiciária e a clínica. Já a literatura, que também contribui de forma direta, me amplia a capacidade de enxergar o que está à minha volta. 

 

Como você se inspira para criar as poesias? Qual tema mais te instiga a escrever?

Não sei exatamente o que me inspira... tenho a sensação de viver inspirada. Faço poesia toda hora. Com tudo. Por tudo. Em troca de nada. E assim tem sido... 
Escrevo o que sinto e o sentimento, seja ele qual for, é meu tema preferido... acredito que resistimos ao que nos ameaça quando conseguimos olhar para aquilo que nos atravessa a alma.

 

No tempo em que você integrava a Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, você organizou vários saraus?

Desde o ano passado, também idealizou os saraus Alucinação e Misturarte. Como você se encontrou como produtora cultural? 

Trabalho com a produção de saraus desde 2002. Sou uma criatura extremamente criativa e a necessidade de fazer acontecer meus livros me levou a produzir os respectivos lançamentos. Uma coisa vai puxando a outra. Adoro festa. Adoro gente arrepiada. Adoro ver as pessoas tomadas pelo encanto da arte... isso me mantém produzindo. 

 

Você acha que Fortaleza é uma cidade bacana para organizar eventos? 

Apesar dos pesares, sim. É difícil... mas é bacana. A gente encontra no caminho gente que quer ajudar e quer ver acontecer.

 

Quais os desafios?

Os maiores desafios, penso, são: ir contra a falta de educação (problema social) e encontrar pessoas dispostas a investir financeiramente em artistas desconhecidos. 

 

Outra faceta sua está na música, com os shows do grupo literomusical "Soul de Áries". Como surgiu esse projeto?

Sou uma música frustrada, mas uma compositora que tem dado certo. Amo música e musicar. Gosto de estar sempre navegando entre melodias, então a Soul de Áries foi/é uma tentativa de estar perto do que amo.

 

Como autora, com a sua experiência, quais os principais desafios de se publicar livros em Fortaleza? 

Não acredito que o desafio seja de publicar livros em Fortaleza, mas sim de publicar livros. Parece que tudo neste ofício é desafiador, desde a criação intelectual até o imposto cobrado em cima do papel. Entre encontrar patrocínio para rodar o livro e enlaçar leitores, há um arsenal de desafios, seja aqui ou em qualquer lugar do Brasil.

 

O cenário literário vem mudando, na sua opinião?

Não sei. É certo de que a vida por si só já é uma constante mudança. Natural que o cenário literário também seja. Ao mesmo tempo que temos grandes escritores, tem havido, por algumas pessoas, o abandono da boa escrita. Às vezes, em meio aos diversos textos que leio, sinto que falta zelo pela língua, pela palavra. Enfim, não sei responder muito bem porque meu olhar não está voltado às pesquisas sobre essa questão.

 

Seu pai, Mano Alencar, é um dos artistas plásticos mais requisitados em Fortaleza. A arte dele influiu na sua escolha por caminhar como artista também, embora em outra linguagem?

Talvez sim. Mas não posso dizer com certeza. Ser artista, e inevitavelmente percorrer esse caminho, cada vez mais me chega como um fato que não se traduz por uma escolha.
Tive acesso à arte (todas elas) desde muito cedo, então isso pode ter contribuído para que meu caminho fosse, por mim, reconhecido mais cedo.

 

Quais suas principais influências como escritora?

Álvaro de Campos. 

 

E como cantora?

Canto de teimosa. Mas não sou cantora. Tenho influência de muitos cantores para os meus poemas (e letras), como Belchior, Caetano, Chico, Raul Seixas, Cazuza, Diana, Odair José e tantos outros...

 

Você está escrevendo algum livro? Pode adiantar algo pra gente dos seus novos projetos?

Sim! Espero lançar esse ano meu primeiro livro de Contos, Tristes Flamboyants. 

 

Nos indique uma série, um livro e um filme.

Série: Os Bórgias. Livro: Frankenstein, de Mary Shelley. Filme: A Última Estação.

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A memória e as histórias

como paixão e propósito

Por Kelly Garcia

Nossa entrevista da semana é com a empresária Gabi Michelin, idealizadora de Histórias Contadas, que é uma empresa focada no resgate e registro das memórias de histórias de vida de pessoas, famílias e organizações empresariais.  Nascida em Campinas, mora na capital paulista há quase 30 anos. Publicitária pela FAAP, com MBA em marketing pela ESPM e mestre em gerontologia social pela PUC-SP, trabalhou por 22 anos somente no ambiente corporativo na área de Consumer Insights, até descobrir sua paixão por conhecer, ouvir e registar as memórias e histórias de vida, histórias familiares. Fez disso um novo caminho. Com formação em terapia sistêmica, idealizou e fundou essa empresa, que faz o resgate das memórias de vida e histórias familiares, produzindo livros lindos e únicos. Virginiana, com três filhos, é apaixonada por flores e adesivos e quer deixar ao mundo mais amor e muitas histórias contadas. Veja mais nessa nossa conversa leve e inspiradora sobre memórias e o seu poder transformador.

Você é publicitária pela FAAP, com MBA em marketing pela ESPN e mestre em gerontologia social pela PUC-SP. Como surgiu a ideia de montar a empresa Histórias Contadas? 

Surgiu em uma das aulas de psicologia da família, no mestrado de gerontologia social. Estavamos refletindo sobre o papel do longevo nas famílias, as falas, as escutas e a falta de espaço, de momentos, de escuta sobre essas historias de vida, aprendizados, passagens. Senti um desejo imenso de dar voz à esse legado, esses saberes, de ouvir essas histórias, registrar e deixar acessível. 

 

Quais tipos de histórias vocês contam? 

Contamos todo tipo de histórias. Não há história de vida boa ou ruim, há história bem contada! A maioria das histórias que produzimos são as histórias de família, nas quais resgatamos 
as memórias desde as mais antigas gerações,  e vamos contando sobre essas trajetórias de vida, os causos vividos. Sempre tem histórias muito interessantes. Eram outros tempos não é? Outras dificuldades, batalhas.

Há muita procura também pelas histórias de vida individuais, principalmente como um presente para essa pessoa da qual vamos contar a história. Filhos que presenteiam pais, tios, ou amigos. 

Mas produzimos também livros de outros temas, como bodas de ouro, histórias das receitas familiares, etc. Outros que já fizemos são os livros com a história de marcas, empresas, principalmente as familiares. Muitas começaram pequenininhas e os avós ou pais construiram muito. Esses livros empresariais são lindos e muito usados pelas empresas nos relacionamentos com clientes e parceiros. 

 

Quanto tempo geralmente leva entre as entrevistas e o livro estar pronto? 

Depende. De forma geral, de três a oito meses, dependendo do número de contadores que participarão, do conteúdo a ser abordado,  da disponibilidade dos clientes para o projeto e também do desejo do cliente para o tamanho e profundidade de conteúdo do livro. Tem clientes que pedem por algo mais sucinto, enquanto outros gostam de muitas e muitas páginas. 

 

Como é o processo de escuta?

Nós chamamos essa escuta de "sessões de memórias". 
São conduzidas por profissionais especializados do time da Histórias Contadas, com roteiro previamente estruturado e percorrendo por todos campos importantes 
da história em questão. 
Respeito, cuidado, bom trato e delicadeza são nossas 
ferramentas. O exercício de resgate das memórias merece tal cuidado pois estão guardados num local emocional privilegiado e profundo. Cada sessão leva em torno de até uma hora e meia, podendo ser feita presencialmente ou online, pelo aplicativo Zoom. Os clientes simplesmente adoram as sessões de memórias. 

 

De que forma a terapia sistêmica influenciou nesse seu novo trabalho?

Eu fiz a formação em terapia sistêmica pois começamos a nos deparar com muitas questões, que chamamos de 'nós familiares', nas sessões de memórias. E que familia que não os têm, não é mesmo? Conhecendo a família, suas relações e olhando de forma sistêmica e amorosa para isso, conseguimos, através da escrita sensível, apresentar uma nova perspectiva para esse sistema, a perspectiva do amor e das boas relações. 
Porém, esse trabalho sistêmico não precisa acontecer em todos os projetos. Somente naqueles que o cliente deseja. 

 

Em algum momento sentiu um frio na barriga por estar mudando de área profissional?

Ainda sinto! Deixar 26 anos de experiência em pesquisa de mercado, a vida de executiva, não é facil. Mas fiz essa transição devagar, com tempo para perceber e aprender que muito do que eu trouxe de lá, eu uso aqui. Atualmente estou 100% com Histórias Contadas, um trabalho que realiza minha alma, onde encontrei meu propósito de vida. Um privilégio poder fazer essa escolha. 

Quais as delícias e desafios de se fazer um livro sobre a história de alguém? 

Os desafios... acho que o maior é não se perder no tempo, nas infinitas histórias, se não, não tem fim. Por isso, hoje, temos uma gestora de projetos na equipe que faz o cronograma acontecer direitinho! 
As delícias é todo o mais, as sessões de memórias, o planejamento gráfico, que é muito especial, pois vamos atrás de elementos gráficos da própria história... é muito personalizado mesmo! Digo que é um trabalho artesanal! 

 

Antes de atuar nessa área profissionalmente, você chegou a fazer algum livro para a sua própria família?

O primeiro livro que fizemos foi o Antônia. O livro sobre a história de vida da minha tia Nica, a Antônia.  Minha avó materna, Maria, irmã de Antônia,  faleceu no parto do meu tio. Minha mãe tinha 3 aninhos e meu outro tio tinha 5. No leito de morte de minha avó, tia Nica estava com ela e prometeu que cuidaria das 3 crianças de Maria. Prometeu para ela e fez isso por toda sua vida. O projeto 'Antônia' nasceu como um desejo de contar a hiatória de vida dessa mulher linda, guerreira, batalhadora e amorosa, mas foi também uma forma de minha mãe e seus irmãos agradecerem àquele SIM. A Tia Nica ficou tão, tão, tão feliz com seu livro. E foi aí que eu senti que este era meu novo caminho. 

 

Qual a sua relação com Fortaleza? Do que você mais gosta aqui da nossa cidade?

Eu simplesmente amo Fortaleza. É impressionante como eu me conecto com essa cidade. Me sinto bem quando estou aí, mas mais que isso. Eu fiz amizades verdadeiras aí! Pessoas que me são raras! Gosto dos passeios e programas que faço... gosto mais de ir as compras aí do que aqui em São Paulo acredita?! Ah, e o mais importante: o amor da minha vida é daí! Nos casamos em Fortaleza, numa festa linda no Iate Clube, organizada pela mestre Alódia Guimarães!

 

Pode adiantar algum detalhe dos projetos para esse ano?

O primeiro projeto é realizar muitos livros! E Fortaleza esta no meu radar... tantas histórias para contar por aí! E já aprovamos o primeiro projeto de livro de uma família de Fortaleza. Estarei mais por neste semestre! Este mês que lançamos oficialmente a "caixinha de memórias"  ... é uma caixinha produzida por MH Studios, com muitas memórias de vida, para ser dada como presente.
E para o segundo semestre, teremos outro produto presenteável, mas ainda é surpresa. 


Quais os seus hobbies?

Familia é meu hobbie. Pode ser? Amo estar com meus filhos, meu marido, meus pais, irmãs, sobrinhos... 
Ah... também faço coleção de stickers...adesivos de todo tipo!

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