A Itália vive uma das maiores crises já registradas em seu sistema de saúde. O país europeu enfrenta um déficit de mais de 65 mil profissionais, segundo estimativas oficiais, e por isso intensificou a contratação de médicos, enfermeiros e técnicos estrangeiros — entre eles, brasileiros.
As ofertas são atraentes: salários que podem chegar a 7 mil euros mensais (cerca de R$ 44,6 mil), além de benefícios como passagem aérea, moradia subsidiada e cursos de idioma. A carência atinge hospitais, clínicas, casas de repouso e centros comunitários, ampliando as possibilidades de inserção para quem deseja atuar na Europa.
Há ainda uma vantagem para descendentes de italianos: quem atuar por ao menos dois anos poderá solicitar a cidadania. A medida integra a estratégia do governo de enfrentar o chamado “inverno demográfico” — fenômeno marcado pela queda populacional. Em 2024, a Itália registrou 58,93 milhões de habitantes, número em declínio.
As oportunidades abrangem não apenas hospitais e clínicas, mas também áreas como geriatria, casas de repouso, centros comunitários e projetos humanitários.
Descendentes de italianos que trabalharem por ao menos dois anos podem solicitar a cidadania italiana, transformando a experiência em um projeto de vida no país.
“A Itália está de portas abertas. O Brasil tem profissionais talentosos e a Itália tem uma necessidade urgente. O desafio é apenas ligar os dois lados da ponte”, afirmou Talita Dal Lago Fermanian, presidente da Câmara de Comércio Itália-Brasil.