Entre ironias políticas e reflexões sobre a fragilidade humana, o autor nos conduz por uma narrativa pulsante, onde o coração — literal e metaforicamente — é o protagonista.
O coração bate cerca de 100 mil vezes por dia, mas esse número número pode variar de acordo com a idade e o nível de condicionamento físico. O ritmo médio para um adulto saudável é de 60 a 100 batimentos por minuto, o que se traduz em aproximadamente 86.400 a 144.000 batimentos por dia. Cada batida conta e a válvula mitral funciona como uma porta de via única, permitindo que o sangue oxigenado passe do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo e impedindo que ele retorne quando o ventrículo se contrai. Um ser humano pode viver sem um rim ou tê-lo implantado, assim com aquele que estragou um pulmão pelo mau uso herdado de um circunstante que perdeu a vida, mas deixou explicitado que o doava em vida caso tivesse a vida abreviada. É possível viver com um coração alheio e impor a esse, caso sobreviva, as responsabilidades de manter o ritual do baticum compassado que determina o pulsar da vida dentro de outra “casinha” onde emoções passarão a bater.
Não vem ao caso. O que conta é que “o coração é um músculo traiçoeiro, cheio de surpresas. Mesmo com toda a tecnologia disponível para monitora-lo, ele pega lá as suas peças. Quer um exemplo? O cara tem o bucho trincado, cheio de músculos, bebe um monte de shakes, acorda disposto, paramenta-se para ir à academia, perfuma-se, olha-se no espelho espelho, ri um riso de selfie, desce os 25 andares do condomínio exclusivo, liga o Porshe ou o que o valha, sai orgulhoso de si mesmo e por si mesmo apaixonado. Estaciona, adentra a academia da moda e confere se estão olhando para ele e seus músculo. Faz aquecimento, exagera um pouco no Cross Fit e vai para a esteira. Dentro dele, batendo no peito, o músculo top batendo sob a batuta e controle da válvula mitral. De repente, não mais que de repente, ela sai de compasso, e pára. O do Porshe escorrega na esteira e apaga.
Enquanto isso, na Malásia, visivelmente incomodado, sentado vis-à-vis com Marco Rubio, Lula não sonha mais em convidar Trump para uma cervejinha e convence-lo a dar meia volta na frota com o maior porta-aviões do mundo, carregada de jatos invisíveis, marines bombados e tropas de elite e deixar Maduro pra lá e, de quebra, reduzir o tratifaço a quase zero. Quanto ao Bolsonaro e o Alexandre sem Mickey, fica pra depois, porque não se deve brincar com a Válvula Mitral.








































































































































































































































































































































































































































































































































































































