Mais de seis décadas após a morte trágica de Marilyn Monroe, um novo capítulo sombrio se abre na história da estrela. Aos 98 anos, Thomas Noguchi, o legista responsável pela autópsia da diva de Hollywood, finalmente admite: “Me precipitei.” Em sua recém-lançada biografia explosiva, “L.A. Coroner: Thomas Noguchi and Death in Hollywood”, escrita pela jornalista Anne Soon Choi, o médico conhecido como “legista das celebridades” confessa um arrependimento profundo sobre como conduziu o caso que chocou o mundo em 4 de agosto de 1962, quando Monroe foi encontrada morta em sua casa em Los Angeles.
Na época, Noguchi era apenas um novato no Departamento Médico-Legal do Condado de Los Angeles. Mesmo assim, coube a ele uma das autópsias mais polêmicas da história americana. Baseando-se em relatos policiais e no cenário do quarto de Monroe — repleto de frascos de remédio, incluindo uma garrafa vazia de Nembutal e outra quase cheia de cloral-hidrato — ele rapidamente concluiu: overdose. A causa oficial foi dada como suicídio por ingestão de barbitúricos.
Mas a história por trás dessa conclusão, segundo o próprio legista, é mais nebulosa do que parece. “Logo após finalizar o laudo, uma onda de ansiedade tomou conta dele”, revela Choi no livro. Noguchi percebeu que havia deixado passar elementos cruciais e não havia solicitado testes adicionais que poderiam ter oferecido respostas mais concretas — ou levantado novas perguntas.
De acordo com a publicação, o legista temia que sua decisão apressada o assombrasse para sempre. E parece que estava certo. “Sabia que a falta de exames mais completos poderia abrir margem para teorias, dúvidas e conspirações. E ele, como responsável pela autópsia física, ficaria com o peso nas costas”, relata a autora.
Entre os elementos ignorados na época estão detalhes que hoje soam como bandeiras vermelhas: Monroe havia recebido nova prescrição de Nembutal dois dias antes da morte e visitado seu psiquiatra na véspera do suposto suicídio. Apesar disso, nenhuma investigação mais profunda sobre a origem ou administração dos medicamentos foi feita. Não se examinou, por exemplo, se houve ingestão oral ou se as substâncias poderiam ter sido administradas por injeção.
A biografia promete causar alvoroço em Hollywood e alimentar ainda mais as teorias de conspiração que insistem em dizer que Marilyn Monroe não morreu sozinha — nem por vontade própria.







































































































































































































































































































































































































































































































































































































