Nosso entrevistado dessa semana é o artista plástico cearense Demeilson Ferreira. Com trajetória nas artes iniciada profissionalmente em 2001, o artista tem mais de mil obras pintadas e já participou de oito exposições individuais. Além disso, tem obras por todo o Brasil e também fora do país, além de ter participado de sete publicações literárias, como o livro dos 50 anos de Waldonys. Confira mais no nosso perfil.










A arte e a vida sempre andaram juntas para você? Conta pra gente quando você percebeu que era impossível viver longe da arte.
Sim. Desde muito novinho que desenho. Minha mãe até relata uns patinhos e galinhas que eu desenhava e que, segundo ela, “eram muito bem feitinhos”. Minha avó materna criava galinhas e minha mãe também, até eu herdei esse gosto por essas aves. É bem provável que essas tenham sido as minhas primeiras referências. Impossível viver longe da arte, pois existe um desejo latente de produzir o belo e as memórias afetivas.
Como você percebeu que poderia ter na arte um caminho profissional?
Minha arte ganhou um peso e chancela quando artista renomados entraram em contato para fazer elogios e com desejo de fazer permuta entre as artes.
Quais as suas inspirações e como cria seus pigmentos e o papel para pintar?
Me inspiro nas cenas rurais de Tururu, cidade onde nasceu meu pai e para onde, quando criança, sempre ia nas férias, e no cotidiano Fortalezense. Raimundo Cela e Afonso Lopes são também de grande inspiração. Como meio de experimentos, desenvolvi uma tinta natural extraída de cascas de árvore, o Barbatimão, árvore nativa da região onde eu moro. O papel artesanal de fibras naturais, eu uso para dar rusticidade e originalidade ao meu trabalho, reproduzido por um outro artista de Fortaleza.
Admiramos muito sua parceria com sua esposa, Edlania, que transborda para o profissional. Como vocês perceberam que seria possível trabalharem juntos?
Edlania é formada em finanças e administração trouxe toda sua bagagem e conhecimento para agregar na minha produção artística. Participamos de um curso de mentoria em artes para levar cada vez mais profissionalismo e fazer uma excelente entrega para o cliente.
Sua arte está presente em vários lugares do Brasil e até mesmo fora do país. Como galgou esses espaços?
A internet teve uma grande participação nessa expansão da minha arte. Conectou pessoas de fora do meu estado.
Tem algum hobby?
Poderia dizer que meu hobby é pintar, mas existe muito profissionalismo por trás disso. Talvez o meu hobby seja curtir a minha família.
Quais as principais conquistas que você já teve como artista?
Ganhei dois concursos de pintura, estive duas vezes na revista Arte, tenho mais de mil obras pintadas, fiz oito exposições individuais, sendo duas no shopping Iguatemi, sete participações em obras literárias, sendo uma no livro de 50 anos do Cantor Waldonys.
Nos fale sobre a exposição que está em cartaz atualmente e de seus projetos para esse ano.
A Exposição Luz & Cores em cartaz na B. Galeria é um marco em minha carreira, pois se trata de uma transição do papel para as telas, de formatos medianos para grandes formatos. Essa exposição propõe uma imersão sensível nas múltiplas formas da luz e suas emoções. Da dança vibrante do amanhecer aos reflexos noturnos do entardecer, esta jornada visual percorre diferentes fases, humores e atmosferas. Cada obra é um convite à contemplação — à percepção da luz como sentimento, da cor como linguagem sensível. um encontro entre o visível e o sensível, onde luz e cor revelam não somente o que se vê, mas, sobretudo, o que se sente. Pretendo nesse ano trazer uma arte mais contemporânea e conceitual.


