Empresas como o TikTok, YouTube e Snapchat são algumas das redes sociais que estão enfrentando um processo legal iniciado pela cidade de Nova York, nos Estados Unidos. A acusação é causar uma crise de saúde mental entre crianças. Entre as empresas, está a Meta, que comanda plataformas como Instagram, Facebook e WhatsApp.
Segundo a denúncia apresentada pela cidade de Nova York, diferentes redes sociais teriam explorado mecanismos psicológicos para manter os jovens conectados em nome do lucro, causando um “vício” generalizado na faixa etária. A acusação afirma que o consumo digital compulsivo está “corroendo rotinas”, causando consequências como a privação de sono, faltas escolares e ansiedade.
O processo também cita casos extremos, como o fenômeno conhecido como subway surfing, em que adolescentes se aventuram sobre vagões de metrô em movimento. Na segunda-feira (6/10), duas jovens m0rreram ao praticar a atividade propaganda nas redes.
O vício digital entre jovens também alimenta um fenômeno crescente diretamente ligado às indústrias da moda e da propaganda: o consumismo infantil. No TikTok e no Instagram, por exemplo, são milhares de vídeos de “influencers mirins” exibindo roupas novas e tutoriais impulsionam o desejo pela aquisição imediata de novidades da moda.
Além disso, a promoção desregulada de varejistas consideradas acessíveis, como a Shein, a Temu e até mesmo a Amazon, facilita a compra por parte dos menores de idade sem supervisão dos pais.
Diante da ação movida por Nova York, cresce a pressão sobre a definição legal dos limites entre entretenimento, publicidade e responsabilidade social.