Com seu estilo irreverente e linguagem metafórica afiada, Capibaribe Neto traz uma crônica que mescla sátira, crítica e simbolismo para provocar reflexão sobre poder, justiça e os bastidores do Brasil contemporâneo.
Era coisinha pouca passado da boquinha da noite de sexta-feira e um verdadeiro “filet mignon jurídico” ainda estava servido. Considerando esse prato elaborado com a carne Wagyu A5 Kobe, que pode variar de US 750aUS 2.200 por quilo, dependendo do fornecedor e da raridade, essa carne jurídica — “Daniel Varcaro a lá Master” estava servida havia dias, no famoso restaurante da Polícia Federal, valendo a bagatela 12 bilhões de reais. Ao ponto!
Um dos melhores apreciadores dessa preciosidade seria dona-magistrada Viviane Barci de Moraes, idade não divulgada, da Barci de Moraes Sociedade de Advogados, esposa do distinguido ministro aloprado Alexandres de Moraes, o presidente do mundo, mas a senhora Moraes não pôde abocanhar o prato por dar muito na vista.
Pois bem, sexta-feira, como estávamos dizendo, uma desembargadora, de nome Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), até então fora das luzes da ribalta jurídica, 68 ano, tão bonita e estilosa quanto a doutora Viviane Moraes, madeixas igualmente douradas, foi lá e abocanhou o filé “Forcaro a la Master”, com instruções bem específicas ao mestre Cuca: queria-o com tornozeleira eletrônica de grife, sem passaporte e sem contato com carnes inferiores, para disfarçar, sendo digerido sem incomômos jurídicos estomacais.
Varcaro já está solto, lépido e fagueiro. Enquanto isso, jatinho dele está lá, abastecido e com a chave na ignição. Gente, o Paraíso é aqui…! Na foto ilustrativa, a desembargadora Solange Salgado
