Com sua escrita afiada e sempre atual, Capibaribe Neto traz uma reflexão instigante sobre “A Força do Fuxico”. O texto faz uma analogia entre o mundo da moda e o das narrativas distorcidas — os “comentários vestidos de grife”, que muitas vezes escondem falsidades bem costuradas.
O fuxico é um comentário vestido, por exemplo, com “etiquetas” Chanel, Dior, Givenchy, Valentino, Giorgio Armani Privé, Jean Paul Gautier, Valentino; dizemos “etiquetas” porque muitas dessas marcas que distinguem bom gosto e destacada elegância. Existe uma ferramenta que denuncia a imitação do original: o QR CODE! O fuxico, no caso, é um comentário falso com se procura intrigar pessoas entre si ou falar mal delas. O fuxico atende pelos apelidos de narrativa futrica, mexerico. É um remendo grosseiro, mal executado, mas de aceitação nas periferias do mau caretismo de personalidades duvidosas; traduzindo ao pé da letra: uma narrativa política, por exemplo e que não cobra, por exemplo a versão “narrative”, para não avacalhar a pretensa credibilidade do fuxico.
Muito complicado a sua gestação da sua origem nas versões “sabe da maior?”, “estão dizendo”, “segundo fontes do palácio” ou do STF… Uma narrativa oficial que grassou por aí, com etiquetas famosas, como aquelas da moda, foi a do Felipe Martins. Colaram no rapaz uma etiqueta de grife falsa, diga-se a entrada nos Estados Unidos que não colou.
Uma narrativa oficial, um fuxico do STF para reforçar as acusações do ministro de grife contra um inimigo mortal costurado na 25 de Março. A aparência da etiqueta da toga deste fuxico foi bem confeccionada, mas a verdadeira Dura Lex, com a chancela do QR CODE de controle oficial dos Estados Unidos denunciou: Felipe não entrou no país. Roberto foi o primeiro que ao descobrir que a toga é apenas um halograma ilusório de onipotência dentro da saleta onde o compadrio costuma a tramar o fuxico e chorou e pediu para sair.