Kim Kardashian voltou a provocar reações ao lançar uma peça íntima que simula pelos pubianos, dentro da sua marca Skims. A calcinha, que mistura provocação estética com discurso sobre corpo e naturalidade, repercutiu tanto nas redes quanto em debates sobre limites, empoderamento e convenções de beleza.
O anúncio compartilhado nas redes sociais despertou reações polarizadas: de quem aplaude a ousadia como forma de expressão até quem questiona se a iniciativa ultrapassa o bom senso. Alguns interpretam como tentativa audaciosa de normalizar o corpo em sua pluralidade; outros enxergam ausência de recuo diante de uma sociedade ainda marcada por estigmas e tabus. A conversa que emerge vai além da peça: fala-se de identidade, moda como linguagem corporal e a fronteira entre conforto e choque.

Kim, que construiu uma carreira que transita entre entretenimento, negócios e branding pessoal, sabe bem o poder de suas escolhas. A Skims já se consolidou como mais do que uma marca de peças básicas: tornou-se plataforma de discursos visuais, engajamentos culturais e provocações calculadas. A calcinha “peluda”, nesse caso, parece dialogar diretamente com ideias que reconfiguram como corpos são vistos, desejados ou censurados.
Vale notar que, por trás da ironia visual, a peça também espalha reflexões reais: por que corpos nus “vergonhosos” ainda geram incômodo? Quando a naturalidade vira causa de escândalo? Em que medida a moda contemporânea pode servir como instrumento de liberdade e não de choque? A resposta não é simples, mas o debate já está instaurado, e talvez esse seja exatamente o propósito.
Seja você entusiasta da marca, crítica da estética midiática ou observadora curiosa, a peça da Skims reforça que o vestuário é também palco simbólico. Em pleno 2025, ela nos lembrou que, ainda, nossos corpos são arenas de disputa entre tradição, poder e representatividade, e que cada escolha de moda carrega, silenciosamente, um discurso.
