A calvície é uma condição que afeta milhões de pessoas e pode ter impacto direto na autoestima. Com o avanço das opções médicas e estéticas, dois métodos ganharam destaque no tratamento da perda de cabelo: o minoxidil e o transplante capilar. Embora ambos tenham o mesmo objetivo — restaurar os fios —, eles atuam de formas bastante diferentes.
O minoxidil é um medicamento de uso tópico, disponível em loções e espumas aplicadas no couro cabeludo. Ele atua estimulando os folículos ainda ativos e prolongando o ciclo de crescimento dos fios, o que ajuda a reduzir a queda e a aumentar a densidade capilar em estágios iniciais da calvície. O tratamento é contínuo: para manter os resultados, é necessário o uso regular do produto, geralmente uma ou duas vezes ao dia.
Apesar de eficaz nas fases iniciais, o minoxidil não é capaz de gerar novos fios em áreas onde os folículos já estão inativos. Nesses casos, os resultados costumam ser limitados, e a recuperação visual do volume capilar depende de alternativas mais definitivas.
Entre essas alternativas está o transplante capilar, procedimento que remove unidades foliculares de uma área doadora — normalmente na parte posterior da cabeça — e as implanta nas regiões calvas. Os fios transplantados são do próprio paciente, o que evita rejeições e proporciona um crescimento natural e permanente.
As técnicas mais modernas, como a FUE (Follicular Unit Extraction), tornaram o transplante mais preciso e menos invasivo. A recuperação é rápida, as cicatrizes são discretas e o resultado final tende a ser bastante natural. Com o tempo, os fios implantados crescem e se integram ao restante do cabelo, sem necessidade de manutenção específica.
De modo geral, o minoxidil é indicado para casos iniciais de queda capilar, quando ainda há folículos ativos, enquanto o transplante é a melhor opção para quadros mais avançados, em que há perda definitiva dos fios. Em alguns casos, o uso combinado pode ser recomendado, utilizando o medicamento para preservar os cabelos existentes e a cirurgia para repor os que foram perdidos.
Antes de iniciar qualquer tratamento, é fundamental realizar uma avaliação com dermatologista ou tricologista. Somente o especialista poderá identificar a causa da queda, o estágio da calvície e indicar a abordagem mais adequada para cada paciente.