No coração de dezembro, a CAIXA Cultural Fortaleza abre espaço para um mergulho sensível, colorido e profundamente humano com o espetáculo Bertoldo, o Tubarão Que Queria Ser Gente, criação da premiada companhia amazonense Buia Teatro. Em uma época do ano marcada por encontros e reflexões, a peça chega como um presente para as infâncias, envolvendo o público em música ao vivo, formas animadas e cenas que brincam com a imaginação enquanto provocam perguntas essenciais: quem decide o que é certo? De onde vem a justiça? O que significa conviver?
Inspirado em um conto de Bertolt Brecht, o espetáculo transforma essa inquietação tão comum às crianças em poesia cênica. Bertoldo, com sua vontade de ser gente, nos convida a enxergar o mundo com outros olhos, olhos que questionam, que sentem, que tentam entender os limites e possibilidades entre poder, ética e responsabilidade. De maneira divertida e delicada, a narrativa abre caminhos para conversas que importam, aproximando adultos e pequenos pela via do afeto e do pensamento.
A cenografia colorida e imagética cria um ambiente onde tudo respira fantasia. Cada elemento do cenário reforça o convite à descoberta, fazendo do palco um oceano vivo que acolhe espectadores de todas as idades. É teatro para rir, imaginar, perguntar e, acima de tudo, sentir.
A força desse espetáculo se potencializa pela trajetória da Buia Teatro, fundada em 2015, em Manaus, por Tércio Silva e Maria Hagge. Em menos de uma década, a companhia tornou-se referência nacional no teatro voltado às infâncias, destacando-se por seu trabalho autoral e profundamente comprometido com a escuta ativa das crianças e com a valorização da cultura do Norte do Brasil. De Manaus para o mundo, o grupo já representou o país em países como Argentina, Turquia, Itália e França, acumulando reconhecimentos, entre eles o Cenym de Melhor Grupo de Teatro do Brasil (2022), além de indicações da APTR e CBTIJ/ASSITEJ Brasil.
Realizado por meio do edital Seleção CAIXA Cultural 2025, Bertoldo, o Tubarão Que Queria Ser Gente é um convite para que famílias celebrem a potência transformadora da arte. Um espetáculo que acolhe perguntas, provoca encantamentos e lembra que, quando a infância encontra a poesia, o teatro se torna um lugar onde tudo, absolutamente tudo, pode se reinventar.


























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































