O Google apresentou oficialmente o Gemini 3, sua nova geração de inteligência artificial generativa, em um lançamento que a empresa descreve como um passo significativo rumo a uma futura superinteligência artificial. A big tech afirma que o novo modelo supera seus antecessores e os principais concorrentes em testes padronizados, consolidando-se como o sistema mais avançado já produzido pela companhia. Projetado para raciocinar com mais profundidade, identificar nuances complexas e decompor problemas difíceis em etapas claras, o Gemini 3 eleva o patamar de precisão e qualidade das interações, tornando-se o motor não apenas do aplicativo próprio, mas também de produtos centrais como a Busca, o Gmail e o Google Docs.
O destaque do lançamento é o Gemini 3 Pro, que alcançou 1.501 pontos no LMArena, um dos principais padrões de avaliação de modelos generativos, superando rivais como o Grok 4.1, o Gemini 2.5 Pro e o GPT-4.5. O Google afirma que o modelo foi projetado para oferecer respostas mais diretas, inteligentes e úteis, evitando frases vazias e priorizando clareza e objetividade. A empresa também reforça avanços robustos em multimodalidade, com capacidade para processar texto, áudio e vídeo simultaneamente, além de melhorias em precisão factual e desempenho matemático. Usuários pagantes ainda contam com o “Deep Think”, que potencializa o processamento para raciocínios mais longos e detalhados.
O lançamento se insere em um momento de questionamentos sobre o futuro do mercado de IA e se o setor não estaria vivendo uma bolha, alimentada por investimentos bilionários e valorização recorde das big techs. Koray Kavukcuoglu, CTO do Google DeepMind, respondeu dizendo que o valor real da tecnologia está no aprendizado e na aplicação prática, especialmente na programação e na educação, ressaltando que o impacto de modelos avançados se torna evidente conforme usuários exploram novas formas de criar, estudar e resolver problemas.
Uma das grandes apostas do Google são as chamadas “interfaces generativas”, agora integradas ao Gemini. Em vez de retornar apenas textos, a IA passa a entregar experiências visuais, interativas e navegáveis, como roteiros de viagem que se transformam em páginas clicáveis, mapas dinâmicos e fluxos organizados. Segundo a empresa, isso aumenta a velocidade e a profundidade da aprendizagem, permitindo ao usuário explorar temas de forma mais envolvente. Pela primeira vez, esse tipo de recurso chega simultaneamente ao Gemini e ao produto mais lucrativo da empresa: a Busca. A nova aba “Modo IA” oferecerá resultados aprofundados e interativos, transformando a experiência de pesquisa em um ambiente mais rico e intuitivo.
Para o universo da programação, o Google também apresentou a plataforma Antigravity, que inaugura uma nova fase da chamada “vibe coding”, permitindo desenvolver softwares inteiros com simples comandos em texto corrido. Com o novo recurso, agentes de IA podem planejar, escrever, testar e executar programas de ponta a ponta, tornando-se parceiros ativos de desenvolvedores. Em demonstrações, o Google mostrou o modelo construindo sozinho um site completo de monitoramento de voos, reforçando o potencial de automação e aceleração de processos.
Com mais de 650 milhões de usuários mensais no aplicativo Gemini, sendo 13 milhões deles programadores, o Google disputa diretamente espaço com a OpenAI, que recentemente afirmou ter 700 milhões de usuários mensais no ChatGPT. O lançamento do Gemini 3 indica que a corrida pela liderança da inteligência artificial está cada vez mais acirrada, e que a nova geração de modelos pode redefinir tanto o uso cotidiano da tecnologia quanto o caminho rumo à tão discutida AGI.
