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Dia do Médico. O viático que se move entre a Dor e a Esperança

No Dia do Médico, celebramos a arte de cuidar com as palavras sensíveis do cardiologista e escritor José Maria Bonfim, que nos lembra: ser médico é caminhar entre a dor e a esperança.

Dia do Médico. 18 de outubro quando a Igreja Católica celebra São Lucas. Meu médico preferido como dizia São Paulo. O escritor profícuo. O evangelista que não conheceu Jesus. Mas é o evangelista amante da misericórdia. Que se acerca com compaixão. Que acode a dor. Que se rebela contra a injustiça. Que não se arqueia com o sofrimento.

Amanhã O Papa canoniza um médico. Não seria o primeiro médico santo. Lucas o é. Médico e santo. Não me orgulho de ser médico. Não me faz mais importante. Em vez de ser uma outorga, encarna em mim, um compromisso. Somos sim. Uma ponte entre a dor e a esperança. Médico não pode pousar, sob os clarões dos holofotes. Médico deve mergulhar no atrapalhado mundo da dor e do desespero. Do gemido espremido. Do grito contido. Da crueza da doença. O médico nada contra a corrente. E na correnteza da vida, por mais que nade, um dia também vai soçobrar.

Há poucos dias atendi uma senhora pobre de São Gonçalo do Amarante. Vi nesta senhora tanta amargura que me derramei de ternura. De repente vi o debulhar de suas lágrimas. Perguntei o porquê das lágrimas. Doutor foi a primeira vez na vida que um médico me escutou. O médico será sempre esta âmbula que recolhe sofrimento, para transformar em partículas de esperança. Parabéns a todos médicos. Deus é bom!

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Por minha vasta convivência profissional durante anos com a sociedade de Fortaleza, aprendi a captar notícias em suas mais preciosas e seguras fontes. Por perceber que no contato com esses registros sociais estava a fonte de minha vocação, resolvi criar meu próprio espaço na mídia virtual, reunindo uma equipe capaz e competente.

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