


No universo dos colecionáveis, onde miniaturas fofas despertam paixões e disputas acirradas em grupos de fãs, a Pop Mart decidiu dar um salto para o mundo das joias de luxo — e não foi um salto qualquer. Para celebrar o Qixi, o Dia dos Namorados chinês, que acontece em 29 de agosto, a marca chinesa mais conhecida por seus bonequinhos dentuços e carismáticos anunciou uma parceria com a suíça Chopard. O resultado é um lançamento tão inesperado quanto o valor da etiqueta: cerca de R\$ 19 mil por um conjunto que une um personagem de 13 centímetros e um colar de ouro com diamantes. Sim, você leu certo: boneco e joia no mesmo pacote.
A estrela da vez é o Dimoo, primo do famoso Labubu, que ganhou duas versões exclusivas para a ocasião. As miniaturas vêm carregando o colar Ice Cube, uma das linhas icônicas da Chopard, inspirada em cubos de gelo, com acabamento impecável e pedrinhas que brilham como se tivessem acabado de sair de uma caixa-forte. Para quem busca exclusividade de verdade, ainda haverá uma terceira estátua — dessa vez com 29 centímetros — disponível apenas para clientes que adquirirem joias da coleção Ice Cube em pontos de venda selecionados. E claro, tudo em edição limitada, porque luxo de verdade vem sempre com o carimbo “só para poucos”.
A Pop Mart não é novata nesse flerte com o mercado premium. Já emprestou seus personagens para collabs com nomes como Sacai e Seventeen, criando peças raras que chegaram a ser arrematadas por mais de US\$ 31 mil em leilões de Pharrell Williams.
E se alguém acha que a Pop Mart vive apenas de estética, vale olhar os números: o monstrinho de olhos arregalados é uma verdadeira máquina de vendas. Só nos Estados Unidos, na TikTok Shop, a marca saltou de pouco mais de US\$ 429 mil em maio de 2024 para impressionantes US\$ 4,8 milhões no mesmo mês deste ano. Junho já bateu recorde com US\$ 5,5 milhões, e o acumulado de 2025 supera em mais de quatro vezes todo o faturamento do ano anterior. Com ações que subiram 600% em um ano e valor de mercado na casa dos US\$ 47,6 bilhões, fica claro que, para a Pop Mart, brincar nunca foi tão lucrativo — e, agora, também é coisa de luxo.