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ONTEM TEVE ESPETÁCULO

STF em cena: circo, teatro ou arena?
No novo texto de A. Capibaribe Neto, a política brasileira ganha tons de espetáculo, ironia e crítica.

No ringue, na arena (ou seria picadeiro?) do Grande Circo Brasil (ou seria Teatro?) do STF, os atores que vinham se altercando nas hermenêuticas de interpretações casuísticas, tendenciosas, jogando para a formidável plateia conseguiram se regozijar ante os aplausos da turba dividida. Como em um time de futebol de salão, quatro abusaram do compadrio do juiz que também jogava, chutando com os dois pés, marcando pênaltis ao seu bel prazer desconsiderando os clamores do VAR, mas sempre ignorado.

No time patrocinado pelo Grande Chefe, só uma jogada não estava no roteiro programado: um dos players fazer um gol contra, mas 4×1 ficou de bom tamanho. O espetáculo acabou, mas a temporada ainda promete. No time vencedor do primeiro ato, “ o capitão” rangeu os dentes com o drible do Karatê Kid, que marcou contra o que havia sido combinado no bastidores.

O trapezista, “The Big Fat man” embora exagerado na sua compleição, conseguiu ser mais engraçado que o mágico de cabelos ralos e a bailarina esguia, vestida de marinheiro, apesar da idade, nem precisou de fazer piruetas ou arriscar um espacate, agradou, mais pelo respeito à sua “septuagenariedade” que pela performance pífia. Agradou e é o que basta. Houve risos e deboche, piadas provocativas, mas faz parte de quem ganha. Faltou a fala de Maria Flor, quando desejou que um dos atores da trupe morresse e confessou seu desejo de esfregar a cara do infeliz no chão até arrancar a pele…

O espetáculo acabou, mas ao que tudo indica, a temporada promete. “Álea jacta est”! Que vença o melhor. Vem aí “As Catilinárias”, de Março Túlio Cícero. Aqui vai um “spoiler”: O que motivou o embate entre Cícero e Catilina? Os dois entraram em conflito após Cícero descobrir um complô, concebido por Catilina, que previa o assassinato de vários políticos eleitos e o incêndio da própria cidade. Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?” Baixam as cortinas e os espectadores deixam o Circo desapontados, ao som de “Magnitsky Law”.

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Por minha vasta convivência profissional durante anos com a sociedade de Fortaleza, aprendi a captar notícias em suas mais preciosas e seguras fontes. Por perceber que no contato com esses registros sociais estava a fonte de minha vocação, resolvi criar meu próprio espaço na mídia virtual, reunindo uma equipe capaz e competente.

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