Em Fortaleza, o mês de setembro ganha um tom diferente. As ruas iluminadas, as ações de conscientização e as conversas abertas sobre saúde mental revelam o espírito da campanha Setembro Amarelo. Mais do que um movimento simbólico, trata-se de um convite ao cuidado coletivo e à escuta verdadeira, lembrando que ninguém precisa atravessar momentos difíceis sozinho.
A capital cearense, conhecida por seu calor humano e pela força da comunidade, tem se mobilizado com rodas de conversa, palestras em escolas, caminhadas e encontros que dão voz ao tema do suicídio e da prevenção. A cada atividade, surge uma oportunidade de quebrar o silêncio e reforçar que pedir ajuda é um ato de coragem.
Nos hospitais e postos de saúde, profissionais reforçam a importância da atenção aos sinais de sofrimento emocional. O olhar atento de um amigo, um familiar ou mesmo de um vizinho pode ser determinante para salvar vidas. Em Fortaleza, iniciativas de acolhimento psicológico vêm crescendo, com a ampliação de serviços gratuitos e grupos de apoio que oferecem escuta empática.
O clima de setembro também nos convida a refletir sobre a forma como tratamos a dor do outro. Em uma cidade marcada por encontros nas praças, pelas conversas à beira-mar e pela proximidade das relações, o apoio pode nascer em gestos simples: um convite para caminhar na Avenida Beira-Mar, uma mensagem carinhosa, ou simplesmente a disposição para ouvir sem julgamentos.
A campanha ressalta que saúde mental não é apenas ausência de doença, mas um estado de bem-estar que permite às pessoas lidar com desafios e viver plenamente. Em Fortaleza, ações conjuntas entre entidades de saúde, universidades e coletivos culturais mostram que o tema pode ser discutido de forma acessível, acolhedora e sem tabu.
Para além das estatísticas, cada história importa. O Setembro Amarelo em Fortaleza traz à tona a singularidade de cada vida e o valor da solidariedade. Ao reforçar o cuidado com a mente, a cidade se torna mais humana, mais consciente e mais disposta a transformar dor em esperança.
Se a vida, por vezes, pesa, é no coletivo que podemos encontrar leveza. Setembro Amarelo não se encerra em um mês: ele deixa um lembrete perene de que todos têm direito ao acolhimento e à escuta. Em Fortaleza, esse compromisso ganha o brilho da partilha, reforçando que falar é sempre o primeiro passo para recomeçar.