Pela primeira vez, medicamentos análogos ao GLP-1, como a semaglutida, presente em fármacos conhecidos mundialmente (Ozempic, Wegovy e Rybelsus), foram incluídos na Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS. A decisão reconhece sua eficácia no tratamento de adultos com diabetes tipo 2 associados a comorbidades, como doença cardiovascular, doença renal crônica e obesidade.
De acordo com a OMS, a inclusão se baseia em evidências robustas de que esses medicamentos melhoram o controle glicêmico, reduzem o risco de eventos cardiovasculares, diminuem a progressão para doença renal em estágio terminal e reduzem a mortalidade em pacientes desse perfil.
No entanto, o comitê responsável descartou a indicação para pessoas com obesidade sem comorbidades, alegando que as evidências atuais ainda são limitadas e pouco maduras em relação a desfechos de longo prazo, segurança e impacto na mortalidade.
Outro desafio apontado pela organização é o alto custo desses fármacos, que pode dificultar a incorporação em sistemas nacionais de saúde. A OMS pondera, contudo, que a expiração iminente das patentes da liraglutida e da semaglutida pode abrir espaço para biossimilares, aumentando a concorrência e reduzindo os preços.